Quando estamos nos aproximando nos derradeiros jogos do Campeonato Brasileiro da Série B – 2017 e do final do ano, é hora de começar a pensar em uma reavaliação criteriosa de todos os comportamentos dentro e fora do Internacional, pois nas horas mais difíceis que passamos juntos, muitos “não colocaram a cara a tapa”. Apesar de ainda não termos ganho nada, depois que as coisas melhoraram (salvo uma catástrofe não estaremos na Série A em 2018), já se percebe que começam a surgir disponíveis “mil desaparecidos” ou “críticos e algozes ferozes” que agora querem se passar como grandes apoiadores, mas que não passam de “lobos com pele de cordeiro”. Acredito que daqui à frente, o caminho é com gente qualificada, nova (não estou me referindo a idade), fiel nas horas ruins, de fibra, de novas ideias, que gerem análises reais e novos projetos. Gente que ficou solidária, que deu as mãos e seguraram com firmeza as velas durante as “tempestades” nesse “mar de dificuldades” que tomaram conta de nosso Internacional no final de 2016 e no início de 2017.
Sinceramente, acredito que os futuros colaboradores sejam escolhidos entre aqueles que sempre estiveram ao lado do clube, dos dirigentes, dos jogadores e se preocuparam com a torcida Colorada, principalmente nas horas mais difíceis. Acredito que agora é a hora de valorizar e dar força aos que “seguraram essa barra” e que foi muito difícil de superar. Conseguir sobreviver e sair da “terra arrasada” que muitos quiseram criar, superando a descrença geral e a condenação generalizada, conseguindo trazer de volta a confiança e a esperança, merecem o reconhecimento de todos. No passado recente, é inegável que certas atitudes geraram ressentimentos, que mesmo querendo esquecer e perdoar, permanecem retidos nossos corações Colorados e que ninguém consegue apagar. Por uma questão de justiça, isso deve ser levado em consideração em qualquer projeto futuro e para o bem do ambiente interno do clube. Desculpem pensar assim, mas acredito que não é hora de criar novos “inimigos”, mas também não é hora de dar chances para ressuscitar os antigos. Para o bem da verdade, o Internacional (o grupo gestão e jogadores) merecia ser criticado, o que estava errado tinha que ser combatido, mas nunca ser irresponsavelmente desmoralizado ou destruído, como alguns poucos pretenderam.
O Internacional deve ser mantido sempre de portas abertas para receber qualquer contribuição construtiva, entretanto, não pode aceitar qualquer comportamento de pessoas que se julguem “donos do clube” ou que agem às escondidas como “inimigos na trincheira”, irradiando energia negativa, criando pontos de fragilidade e fomentando a desconfiança e desunião do grupo. Não há razões que possam justificar esse tipo de comportamento, gerado pela frustração egoísta de uma perspectiva pessoal, que venha a criar dificuldades e contribuir para o insucesso dos objetivos do clube. Os verdadeiros donos do clube são a sua origem, sua história, sua identidade e os seus torcedores. Por outro lado, chegou a hora daqueles que não concordam com a sinergia criada pelo trabalho honesto em grupo em prol do clube e na busca de objetivos comuns, tentando, a todo custo, fazer prevalecer seus interesses próprios, procurar outro espaço.
Acredito que deve haver uma reavaliação das relações institucionais do Internacional e que deve ter um foco especial, pois temos vários exemplos que qualquer torcedor Colorado não gostaria de vê-los repetidos. Nessa área existe uma série de atitudes, no mínimo, questionáveis. Para não deixar simplesmente colocado no ar, as notícias publicadas quase nunca tiveram um posicionamento firme e esclarecedor dos gestores Colorados, dando margem a especulações, agressões a imagem do clube, ofensas à sua torcida e preocupação exagerada à torcida Colorada, assim como permitiram que a dúvida entrasse na cabeça de todos os leitores ou os que acompanham o futebol pela TV. Posso citar a saída do Falcão, um dos maiores, senão o maior ídolo Colorado ou as razões que levaram jogadores em atividade, ao sair do Internacional, curtirem verdadeiro “ódio” ao clube. Imagino que, por alguma razão, que desconheço, na forma de trato pessoal e/ou profissional, criam um “ranço” e que não conseguem enxergar a separação do clube com algumas atitudes de dirigentes. Outro ponto, que poderia citar como exemplo, foi o surgimento e aceitação dos “milagreiros”, dos “arautos dos atalhos”, de gente que deixou de lado a polidez, o respeito aos demais e considerava que tudo que estava sendo feito estava errado, como se houvesse solução sem compreensão das dificuldades do momento difícil, do esforço na tentativa de superação, de dedicação e muito trabalho. Em 2016 faltou a sensibilidade, o espírito de grupo, a elegância e a grandeza necessária para alguns que “tiraram o corpo fora”, “lavaram as mãos” e “jogaram treinadores e jogadores às feras”. Como evidência dessa insensatez que tomou conta de nosso Internacional basta também lembrar o tratamento que foi dado aos jogadores, injustamente considerados como os únicos “responsáveis” pela situação e queda à Série B. Não acredito que alguém de sã consciência possa acreditar que realmente foram eles os principais responsáveis. Queiram ou não, os jogadores são patrimônios do clube, conquistados muitas vezes com altos comprometimentos financeiros e suas desvalorizações desenfreada foram e são altamente prejudiciais aos interesses do clube. Fora isso, o mais importante, independente da situação, os jogadores são pessoas que devem ser respeitadas como gente e como profissionais. Nos “vestiários da vida”, em qualquer atividade, se aprende que “roupa suja se lava em casa”, com a discrição necessária e com o objetivo único de solução, sem nunca expor indevidamente ninguém e muito menos ainda buscar projeção pessoal sobre momentos de extrema fragilidade.
Deve haver algo que merece ser reavaliado nas relações humanas e/ou profissionais e precisa ser reanalisado e modificado, aproveitando esse momento de possibilidade de grande transformação e da retomada da identidade e personalidade perdida. O Internacional precisa ter gente qualificada em todas as áreas, não só para fazer a gestão, não só na margem ou dentro do campo, mas também para tratar e representar com competência os assuntos do clube, pois só dessa maneira será o Internacional que sonhamos. Muitas vezes, a insensibilidade e a incompetência demonstrada por poucos, quando tratam com os torcedores Colorados, que acreditam ser maiores que o Internacional e que passam uma imagem falsa do clube, com distanciamento e soberba, comprometem o bom trabalho que está sendo feito. Cuidado especial deveria ser dado ao tratamento dos torcedores Colorados, dentro e, principalmente, fora de Porto Alegre, que cultuam o amor ao clube e à sua história, gerando novos corações Colorados e que, mesmo longe do Rio Grande do Sul, colaboram com suas mensalidades, mesmo sabendo que possivelmente nunca poderão ir ao Beira-Rio. No meu leigo entendimento, o tratamento dos torcedores Colorados, em Porto Alegre e, principalmente, nas demais cidades e estados brasileiros, deveria ser conduzido sob orientação qualificada da área de marketing, pois o tratamento adequado de pessoas não é coisa de desavisados, deslumbrados ou de gente mal preparada.
Estamos encerrando a segunda semana de Outubro, logo estaremos no final do ano e a competência de quem atualmente dirige o clube será colocada novamente à prova. Serão novas contratações, volta de jogadores e dispensas. Existe uma grande expectativa de como irão tratar isso e sobre a existência de um projeto em andamento, por trás desse trabalho muito bem feito de “limpar o leite derramado”. Uma vez vencidas as “batalhas e a guerra” da volta à Série A, novas “batalhas e nova guerra” nos esperam em 2018. Agora, mais do que nunca, é hora da verdade, de identificar os pontos fortes, os pontos fracos e ter a coragem necessária para corrigir onde necessário, mas sem nunca subestimar as dificuldades que ainda vamos enfrentar em 2017.
Gostaria de encerrar afirmando que neste texto estão observações e sugestões de um simples torcedor Colorado, com mais de 71 anos, fruto de suas experiências vividas ou observadas e que tem como objetivo único, que nosso Internacional seja sempre o Clube do Povo do Rio Grande do Sul, honrando a sua origem, a sua história e valorizando todos aqueles que conduzem, com responsabilidade, esse clube maravilhoso e que sempre deram o máximo de si para o seu crescimento e às grandes conquistas. Reconheço que muita coisa está mudando, para melhor, mas ainda falta muito para atingirmos um patamar de excelência.
Gostaria de encerrar a postagem parabenizando a ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE FUTSAL PARA CEGOS (AGAFUC ) pela conquista, no último domingo, dia 08/10/17, o título de Campeã Brasileira de Futsal Paraolímpico de Cegos – 5 . Com a vitória na última partida, AGAFUC (RS) 2 x 0 CEDEMAC (MA), mostraram o resultado de um trabalho excelente de equipe, dirigentes e jogadores, que proporcionaram momentos de alegria e felicidade aos gaúchos de todo o Brasil. Obrigado e parabéns!
Alô você Pauperio!
Colocações muito procedentes as tuas. Objetivamente, no meu entendimento, só teremos efetividade constante quando se tiver consciência de que os mais qualificados deverão ser chamados e empossados independente dos grupos políticos a que pertencem. Deveremos erradicar a figura do amiguinho bonzinho que não tem qualificação, mas que trabalhou para a campanha. No meu entendimento a real mudança, e definitiva afirmação, começa por aí.
Coloradamente,
Melo , direto do RJ
Melo, muito acertado teu comentário. Não basta ser apenas amigo, que apesar de ser muito importante para nosso convívio, não significa qualificado e apto para exercer uma função. Não sei se estou equivocada, mas acredito que é hora de “quebrar o círculo vicioso” de “troca de figurinhas” no Internacional e buscar gente qualificada no mercado, sem os vícios adquiridos com a convivência. Precisamos oxigenar o ambiente interno com gente qualificada, profissional, com novas ideias, novas propostas e novos comportamentos.
O GUTO FERREIRA, SE LANÇAR UM JOVEM PROMISSOR QUE DÊ CERTO, VAI ENTRAR PARA A HISTÓRIA DO INTERNACIONAL!!!
Colorados, é difícil aceitar que nós não podemos modificar nada dentro do campo e somente opinar aqui do lado de fora, mesmo assim podemos dar crédito ao treinador que está nos levando novamente para conviver junto aos times da Série A.
Eu respeito e sei que em time que está vencendo não se mexe muito, para não desentrosar mesmo que a torcida não goste de algum jogador, mas fazer o que se o treinador pensa diferente.
Quando o titular é suspenso ou sai por lesão, para mim tem que entrar um substituto muito melhor do que ele, ainda mais que está ali na humildade e prontinho para assumir a posição de quem saiu.
Acrescendo que os adversários sabem como jogar contra o Internacional por que conhecem o nosso time, mas para nós ainda falta aquele jogador cria da casa que com a sua motivação e talento, crie um fato novo entrando muito bem durante a partida.
Abs. Dorian Bueno, Google+Plus, POA, 14.10.2017
Dorian, depois de tanta “queima” de jogadores, acredito que a prudência ainda è o melhor caminho. O que mais me preocupa é que “outros” já estejam prontos para adquiri-los, mesmo antes da torcida vê-los jogando e dando o justo retorno pelo alto investimento feito.