Sei que alguns, logo que lerem esse texto, virão com o chavão de “querem culpar os meios de comunicação” por tudo que acontece de errado, mas não posso deixar de colocar uma opinião sobre o que acontece no futebol gaúcho em comparação ao de outros Estados.
O incentivo ao conflito “on off” no futebol, restringindo o noticiário somente a dois clubes e de maneira sempre a enaltecer um e desmerecer o outro, criando conflitos e crises de origem inexistentes, bitola o desenvolvimento do esporte no Rio Grande do Sul, não só no futebol, assim como elimina qualquer possibilidade de incentivos e o surgimento de outros esportes.
Esse incentivo a “gangorra” entre os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul, Internacional e Grêmio, criando e imaginando “chifres em cabeça de cavalo”, demonstram claramente a falta de inteligência e de visão do esporte e dos interesses esportivos gaúchos. Acredito que a integridade mental das torcidas deveria ser resguardada de interesses alheios ao clube, pois as dificuldades encontradas atualmente. já são suficientes grandes para que elas encontrem a força necessária para conseguir ultrapassá-las. O futebol deveria ficar no campo prazeroso e servir de válvula de escape, de momentos de lazer, ficando no campo de realização das expectativas e das experiências vividas nos jogos de futebol.
Comparando esse tipo de comportamento esdrúxulo e totalmente contrário aos interesses do futebol no Rio Grande do Sul, com o dos meios de comunicação em outros Estados, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo, vemos que, contrariamente ao que acontece em terras gaúchas, os demais clubes são enaltecidos, mesmo que em condições desfavoráveis. Com essa política de comunicação, conseguem concentrar grandes investimentos nesses clubes, já que o retorno é garantido, mesmo que os clubes não consigam títulos, pois os investidores possuem a garantia de que não haverá nenhum trabalho de desconstrução desses clubes.
Sem bairrismo ou fanatismo, acredito ser impossível não perceber no Rio Grande do Sul a diferença que existe na divulgação desses clubes do centro do País, tanto na Internet, TV, jornais e demais meios de comunicação. Sinceramente, credito serem ridículas as análises e as diversas comparações que são divulgadas, como se todos tivessem as mesmas facilidades e as mesmas oportunidades. Dessa maneira, essa diferença injusta, verdadeiro abismo, só tenderá a crescer, esmagando o crescimento de clubes de outros Estados do País.
Caso haja dúvidas sobre o que escrevo, sinceramente não consigo entender razões lógicas que possam justificar e considerar como clubes campeões brasileiros, clubes participantes de competições que excluía a participação dos demais clubes dos Estados brasileiros. Lembrando um pouco o passado, os demais clubes não faziam parte dessas competições, por exclusão e definição unilateral dos clubes de Rio e São Paulo. Triste perceber que as definições acontecem e ninguém se posiciona contrariamente ou justifica as razões dessa aceitação. É o mesmo que convidar clubes de outros países e continentes, sem qualquer análise de mérito, e, uma vez vencendo, se considerar campeão do mundo de clubes…
Continuando esse poder imensurável e, hoje, inquestionável, de alguns meios de comunicação, exatamente pela sua maior abrangência de atuação, resultado de maior poder econômico e técnico, qualificado tecnicamente, sem dúvida, mas não imparcial, não só no futebol, mas em todas as demais áreas no Brasil, o País continuará sendo conduzido por interesses, muitas vezes contrários ao esporte brasileiro e ao povo brasileiro.
Os meios de comunicação esportiva no Rio Grande do Sul, no meu modo de ver, deveriam refletir sobre isso e procurar ser imparciais, mesmo que isso seja considerada uma utopia, entretanto, se não podem ser, ao menos deveriam defender os interesses maiores do futebol e os esportes gaúchos. Deixem de valorizar os clubes de fora e olhem um pouco mais para os clubes gaúchos, contribuindo mais para o seu fortalecimento.
Posso estar sonhando ou sob a influência a experiência de luta em meus 71 anos de vida, mas sempre acreditei nos princípios de igualdade e de justiça que norteiam o destino do esporte e o bem-estar de uma Nação. Não estou aqui ousando ou tendo a pretensão de julgar ninguém, mas apenas colocando o que penso e tendo a certeza que dessa maneira, me despeço dessa vida, sem ver uma mudança positiva na vida do esporte e no Brasil. Enquanto viver, “vou continuar fazendo a minha parte”.
Aos torcedores Colorados, por favor, permaneçam tranquilos e confiantes, pois o que está acontecendo é a ação dos “abutres de plantão” que procuram minar nosso apoio aos clube e aos atletas. Ninguém de são consciência considerava ao acesso à Série fácil, mas ele será alcançado. Esqueçam o canto dos “arautos do insucesso”, que cegos acreditam que o Rio Grande do Sul será forte, com o esporte gaúcho merece, com apenas um clube, pois eles mais uma vez ficarão decepcionados com o resultado final.
Somente considero parcial, os repórteres setorial ou seja que cobre o clube ou digamos a seleção, ou seja, por eles sempre falarem o que o clube ou a CBF querem, sempre tema prefrencia, por isso que nas coletivas ao final do jogo o repórter faz sempre as mesmas perguntas e tem sempre as mesmas respostas, isso tudo pela repetição parece ensaiado, jamais o reporter setorista irá fazer uma pergunta fora do contexto ensaiado se fizer, está fora do clube não o deixam mais trabalhar lá.
Vanderlei, tenho certeza, pelas tuas próprias palavras escritas, que tu também não acredita que o “engessamento” seja certo. No meu modo de ver, a Imprensa deveria ter liberdade total para agir e desenvolver sua atividade, mantendo a imparcialidade no encaminhamento das notícias, independente da área de atuação. Quanto a restrição de foco da tua observação, penso diferente, pois na minha opinião, ocorre hoje em qualquer atividade no Brasil.
Paupério, pertinente abordagem como de costume. Claro que percebemos os movimentos que ocorrem na mídia ou imprensa. Ligo isso também a fatores culturais e econômicos. Mesmo que muitas pessoas tentem negar, um dos grandes Clubes do RS foi formatado entre classes com maior poderio econômico e posição social, ao passo que o outro é historicamente lembrado como um Clube do Povo. No que se refere à realidade do futebol como esporte de rendimento e profissional, não coloco esses fatores como preponderantes. Vejo sim imensas dificuldades e carências que identificação de problemas que os analistas leigos de futebol, em geral nós torcedores, percebem há bastante tempo. Eu não me canso de citar exemplos de atletas que não conseguem comprovar dentro do campo as razões pelas quais estão empregados no Internacional. Se isso acontece e acontece sim, as carências estão também na Direções e nos Comandos Técnicos, para não focar apenas na gestão atual e sua Comissão Técnica. SC.
Luciano, concordo contigo, mas é preciso combater esse estado de coisas, não deixando que se perpetuem em nosso clube. Acredito que nenhum interesse pode ser maior que o do clube e da torcida Colorada.
Alô você Pauperio!
Otiam abordagem. Até nesse aspecto meu entendimento é que as gestões deveriam se modernizar. Precisamos agentes formadores de opinião para que no mínimo criem um constrangimento para aquelas “cabecinhas” que plantam até em meio a própria torcida e depois saem de perto e comentam; “O TORCEOR NÃO GOSTOU, O TORCEDOR ESTÁ VAIANDO” (MESMO QUE HAJA UM NÚMERO INFINITAMENTE MAIOR APLAUDINO, a quem eles não fazem nenhuma referência). Alás fiz um levantamento rápido entre conhecidos perguntando: já fostes inquerido por emissora de rádio a respeito de algum assunto que diga respeito ao nosso Clube? A resposta unânime (20 pessoas) NÃO. Então como sabem o que o torcdor quer ou o que o torcedor não quer?
Coloradamente,
Melo
Melo, obrigado. Você pela sua própria formação sabe que em uma “guerra” há muitas “batalhas” e o clube deveria estar apto com “armas” adequadas para enfrentar as várias “facetas do inimigo”. Qual torcedor no Beira-Rio ou frente uma TV percebe que as divulgações são desproporcionais ao tamanho das demonstrações de descontentamento. Ninguém gosta de ver o seu time não jogar bem, mas seu descontentamento não considera prejudicar e querer ver o clube mal. O torcedor, amante do futebol, aceita naturalmente as vitórias, as derrotas e os empates, lógico com sentimentos diferentes, prazerosos ou não. Infelizmente alguns torcedores se deixam levar por boatos, inverdades e por gente que nunca está satisfeita ou que “se desespera” no primeiro resultado negativo.
COLORADOS, O OUTUBRO ROSA PASSOU E AGORA É O MÊS DO AZULZINHO!!!
Este título abençoado por DEUS que de repente chegou à minha mente para começar escrever algo diferenciado, com certeza levará para os amigos muitas reflexões maravilhosas.
Como sabem o mês de Outubro passou com as ROSAS das MAMAS fazendo barulho para nós ouvir maravilhosamente o seu clamor nas ruas e nas redes sociais, reforçando que a vitória da superação é possível através da prevenção do CÂNCER DE MAMA.
Até o nosso time do coração vermelho o Internacional aderiu esta campanha iluminando as pétalas do Beira-Rio com a cor rosa, e os jogadores também vestiram esta outra camiseta para ajudar a incentivar todas as mulheres para ter conscientização deste preventivo exame.
Dando uma espiada ontem lá no Blog dos meus Amigos do Ludopédio Colorado, observei que o Gilson-PR, questionou sobre a possibilidade da direção do Internacional aderir também à campanha do mês AZUL, e os jogadores vestirem uma camiseta alusiva quem sabe até mesmo antes do próximo jogo contra o Vila Nova que também é vermelho e branco.
Homens de todas as QUERÊNCIAS DE MACHISMO aproveitem este mês de NOVEMBRO AZUL para visitar um médico de confiança e deixar desta frescura de não procurar saber como estão às possibilidades de um CÂNCER na sua vida.
Os torcedores mais afoitos logo vão dizer para não deixar de falar sobre os torcedores do time AZULZINHO do HUMAÍTA que são vice líder do Brasileirão, também estão na decisão dá LBA 2017 e praticamente classificados para a de 2018, mas isto é outro papo.
Os Gremistas e os Colorados sem preconceito precisarão ter a conscientização sem querer GRENALIZAR esta campanha, para ver se a sua PROSTADA está descoberta de cuidados profundos.
Eu vou fazer o meu exame, mas não vou pedir o telefone do médico.
Abs. Dorian Bueno – Google+Plus, POA, 09.11.2017.
Dorian, excelente postagem. Tem determinados momentos que tua inspiração floresce e tu escreves coisas bem interessantes. Parabéns! Realmente o câncer de próstata é uma preocupação que todos os homens acima dos 50 anos deveria ter, pois quando descoberta logo no início a sua cura é de quase de 100%, mas muito pequena quando já desenvolveu metástase. Seguindo tua orientação de não pedir o telefone do médico, com certeza, o exame de próstata é importante e não faz mal a ninguém. Agora, meu amigo, por favor, nada de pintar de azul o Beira-Rio, não combina…
Paupério, bem apropriado este teu texto. Sobre a questão relativamente aos critérios de se reconhecer um campeão realmente chega a ser curioso a falta de consideração de variáveis importantes. A título de exemplo, o Palmeiras vive brigando para ter um título mundial reconhecido por ter ganho um torneio em 1951, tendo derrotada a Juventus na decisão. O Corinthians é considerado Campeão Mundial aqui no Brasil sem ter passado pelo requisito de ter sido Campeão da LA (fato que ocorreu depois com um título legítimo na LA e Mundial).Por outro lado, também acho injusto que os títulos intercontinentais que eram disputados sem o patrocínio da FIFA não sejam reconhecidos. Isto seria ignorar, por exemplo, as grandes conquistas do Santos na época em que se jogava uma partida na casa do adversário na Europa e outra no Brasil, tendo inclusive, no segundo título, uma terceira partida no Maracanã. Ou ainda, as grandes jornadas do SPFC contra Barcelona e Milan. Ambos cumpriram com o requisito de terem ganho a LA. O caso do Palmeiras é uma forçação de barra sem precedentes e é mais por conta do primeiro título do Corinthians do que por qualquer outra razão. Tem também aquela pesquisa que coloca Palmeiras em primeiro e Grêmio, dos times brasileiros que mais ganharam títulos. Aí vamos ver a lista e tem cada uma de doer. Taças de torneios pré-temporada aos montes. Você está absolutamente correto nisso.
Por outro lado, eu particularmente não dou a mínima para esta questão de imprensa porque acredito que um clube bem gerenciado, com elencos bem montados e dirigidos, produzem resultados que impedem quaisquer influências externas. Acho que no RS uns dos grandes problemas é que nossos jornalistas deveriam se manifestar claramente para quem torcem. Isso lhes daria para credibilidade. As torcidas de Inter e Grêmio hoje se digladiam nas redes sociais para acusar este ou aquele jornalista de ser torcedor deste ou daquele. Não gosto das posições políticas do Juca Kfoury, mas gosto do fato dele nunca negar que é Corinthiano e até sofre um pouco com isso, porque comenta acerca daquele clube com bastante isenção. Enfim, isso é o bom da democracia, ou seja, termos visões diversas para cada fator que influência nossas paixões, sejam eles exógenos ou endógenos.
Naladar, obrigado por ter considerado bem apropriado o texto. As considerações no 1º parágrafo do teu comentário, são inquestionáveis, pois o valor de um título está no mérito de sua conquista. Um título, por si só, que não tenha o reconhecimento do mérito de vencê-lo, para mim não significa nada. Foi ótima a tua lembrança do grande Santos e de suas conquistas que mobilizaram o País inteiro.
Gostaria de acrescentar uma pequena observação quanto ao 2º parágrafo. Na minha postagem estava me referindo sobre a influência significativa da mídia na imagem de um País, Estado, um clube, uma torcida e uma pessoa. Assim como pode provocar grandes benefícios, pode ser devastador. Por acreditar, por tudo que já li, que não existe imparcialidade na imprensa, pois os expert tratam como sendo uma utopia, não aceito a condução de mentes de pessoas menos esclarecidas, de acordo com os interesses de quem investe nesses meios de comunicação ou até mesmo por interesse próprio. Essa avidez em conseguir audiência, muitas vezes, é insuportável e altamente prejudicial, pois potencializa questões menores que podem desencadear reações coletivas forjadas. Os clubes podem até ter seus meios de proteção, mas as pessoas não tem. Para alguém como nós, que temos a oportunidade de acompanhar as informações de vários órgãos de comunicação, podendo avaliar opiniões conflitantes, tudo bem, mas não é a realidade da grande maioria ou quase totalidade dos integrantes das torcidas ou da população brasileiras. Nessa gente, a verdade, é VERDADE, mesmo que seja uma inverdade. Na minha opinião, para a verdadeira democracia, deveria haver imparcialidade nos meios de comunicação, deixando as opiniões pessoais para os espaços reservados para comentários pessoais. Penso que informação, deveria ser só informação, não interpretação da informação.
Paupério, certíssimo…obrigado pelo adendo…concordo, aliás, suas observações são muito notadas nas escolhas políticas.
Ok, obrigado. estamos todos somando nesse espaço.
Paupério, quando falamos de futebol temos que ter a consiência de que se trata de PROFISSIONAIS, dizer que imprensa ganha ou perde jogo é jogar a incompetencia no colo do outro. Guto falou uma coisa certa: “Ele não leva gol, quem leva é o jogador que está em campo”mesmo que seja o escolhido por ele (Guto), dizer que o time está mal por que repórter tal, colunista tal deu sua opinião ou falou mal de tal clube ou jogador não se pode aceitar não eles profissionais e nem NÓS AMADORES, pois também damos nossos pitacos dentro ou fora, cada um com a sua opinião, agora o jogador ou clube que entrar nessa é pq tem cabeça fraca ou tão assimilando o golpe. O que temos é no nosso elenco jogadores de pouca qualidade técnica, principalmente na defesa e se juntar á eles (jogadores) entrar nessa da imprensa falar mal ou bem aí a coisa desanda, pra parafrasear (acho que é isso kkkk) o que o Guto falou “A IMPRENSA, NÃO TOMA GOL OU FAZ GOL” quem tem que resolver dentro do campo é o jogador.
Vanderlei, acredito que você não entendeu o que escrevi na postagem, mas apesar disso, acho muito simplista esse tipo de pensamento de culpar somente pessoas e não instituições. Não tenho conhecimento de alguém que tenha ou esteja culpando a imprensa pela queda de rendimento do time Colorado. As desculpas que vejo e ouço são pelas ausências devido a lesões e cartões amarelos, o que concordo plenamente. Friamente pensando, essa declaração do Guto merece essa celeuma toda? Acredito que não sendo fanático temos de ficar atentos, observar o ambiente todo e tentar enxergar as forças favoráveis e as contrárias aos objetivos do Internacional. Ninguém é santo nessa história e muitos interesses são defendidos e não é a troco de banana. Agora, um detalhe, minha opinião e você poderá ver em qualquer pesquisa na Internet, considerar imparcial a imprensa (primeira vez que estou colocando imprensa) é uma utopia.