DA REGIÃO SUL, O INTER FOI O QUE MENOS TEMPO PERMANECEU NA SÉRIE B

Terminada a angustiante passagem pela série B, nós colorados ainda podemos nos conformar por termos sido, até hoje, o clube que menos tempo permaneceu lá.

E não poderia ser diferente, uma vez que a série A constitui o verdadeiro lugar do INTER o que justifica não só pela sua grandeza como também por ser o Clube que mais títulos oficiais ganhou na 1ª Divisão do futebol brasileiro, no presente século.

E para atestar nossa afirmativa de sua menor permanência na B, em toda Região Sul, realizamos uma pesquisa envolvendo os clubes dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do sul.

O resultado é apresentado a seguir, contendo o tempo de permanência na série B, sendo considerado o limite de até 10 anos com o intuído de simplificar a exposição, tendo em vista que todos os demais clubes ou excederam este limite ou sempre estiveram em categorias inferiores à A, ou seja, situando-se na B, C, D e outras.

Em decorrência temos o seguinte:

PERMANÊNCIA NA SÉRIE B;

INTER: 1 (UM) ANO (2017)

GRÊMIO: 2 (DOIS) ANOS (1992 e 2005)

ATLÉTICO PARANAENSE: 6 (SEIS) ANOS (1980, 1982, 1990, 1994, 1995, 2012)

 CORITIBA: 9 (NOVE) ANOS (1981, 1983, 1991, 1992, 1994, 1995, 2006, 2007 e 2010

Portanto, em toda a Região Sul, o INTER foi o clube que menos tempo ficou na série B.

Quanto ao NÚMERO DE VEZES EM REBAIXAMENTOS PARA A SÉRIE B a pesquisa complementar indica que o INTER foi o único rebaixado uma única vez, ao passo que os demais que caíram o foram em mais de uma oportunidade.

Ressalta-se que o Joinville figura com um único rebaixamento, mas há de se convir que o Campeonato Brasileiro existe desde 1971, portanto, já com 46 edições realizadas e o clube catarinense só esteve na Série A em 12 competições. Se não bastasse também foi rebaixado da Série B para a C em 2004.

Quanto à Chapecoense, atualmente integrante da Série A, não foi verificada nenhuma queda para a B, mas convenhamos, eis que até hoje somente disputou 6 edições da Série A. Sua grande vivência em nacionais esteve situada nas Séries B, C e D.

No mesmo contexto encontram-se as seguintes equipes: Londrina (6 participações na A), Maringá, Brasil de Pelotas e Caxias (4 participações), São Paulo de Rio Grande (3 participações) e INTER SM, Novo Hamburgo, Malutrom e Operário, com uma participação apenas.

Tanto o Colorado como o Pinheiros do Paraná tiveram participações na Série A. Contudo no ano de 1989 houve a fusão de ambos, gerando o Paraná Clube, justamente um ano após o critério instituído de acesso e de rebaixamento. E é por isso que somente a contar de 1988 aparecem clubes com queda da 1ª para a 2ª Divisão.

O gráfico a seguir, ilustrado com as cores dos clubes, apresenta todos os REBAIXADOS DA SÉRIE A PARA B, com respectivo número de ocorrências.

 

 

12 thoughts on “DA REGIÃO SUL, O INTER FOI O QUE MENOS TEMPO PERMANECEU NA SÉRIE B

  1. Bom dia Heleno, mais um belo trabalho envolvendo os três estados do sul do Brasilzão.

    Num interessante comparativo entre os clubes dessa região que mais tempo ficaram na B entre outros dados.

    Quanto ao nosso Inter, no momento nem temos muitas informações para 2018. Só esperamos que MM e Cia. estejam inspirados.

    Quase certo com Abelão de volta, ele que já fez bons e maus trabalho no Colorado.

    Uma coisa é certa, o homem tem controle de vestiário, é um técnico da velha geração, tem carisma, tá em casa.

    Sempre, esteja onde estiver, demonstra um carinho muito grande com o Inter. Isso é muito positivo!

    Grande abraço!

    1. Pois é. o INTER trabalhou 2017 para voltar à Série A, a trancos e barrancos missão cumprida.
      Considero 2018 fundamental para o INTER reintegrar-se novamente à Série A, pois a volta foi somente um primeiro passo.
      Quanto ao Abelão, embora todos os predicados citados: comando de vestiário, velha geração (??? precisamos renovar muito), carisma e está na casa não se discute.
      No entanto, acompanhando o mesmo treinador dos últimos tempos, parece que perdeu aquele ímpeto e entusiasmo de antes, talvez pelas agruras que lhe acontecerem no âmbito familiar. Vendo o Fluminense de agora, um time sem entusiasmo e limitado tecnicamente, quase foi rebaixado. É bem verdade que as peças colocadas à disposição do treinador não eram das melhores.
      Eu, particularmente, preferia sair desse marasmo e conservadorismo que se encontra o nosso time. Vejo a necessidade de uma reviravolta grande. E ressuscitar velhos ídolos nem sempre é o caminho adequado. Tome o exemplo do rival, pois voltou com o mito treinador e o melhor Presidente da história, sem alcançar seus objetivos, obtidos partir de nova mudança.
      Contudo, vamos ficar na expectativa de um 2018 mais promissor.
      Quem sabe.
      SC

    2. Heleno, para que não fique um mal-entendido a respeito do que escrevi, explico. Na verdade eu fiz uma leitura do que a mídia anda comentando, que Abel Braga está praticamente acertado com o Inter. Sem realmente colocar a minha opinião de torcedor a respeito da vinda do Abelão para o BR.
      Então vou escrever o que penso a respeito de mais esse episódio que remete para mais do mesmo. É a volta ao passado, o comodismo, Abelão chega, entrega a chave do vestiário para ele, toda uma dinâmica que deveria envolver todo o nosso departamento de futebol fica concentrada em uma só pessoa, para o bem e para o mal.

      Além de tudo, pelo que temos visto seu trabalho no Flu (quase caiu), seus métodos de treinamento estão ultrapassados, com a insistência do famigerado latereio(lateral que vira escanteio) ou faltas do meio do cobradas na área.

      Precisamos quebrar alguns paradigmas que imperam no Beira-Rio há algum tempo. Temos jogado um futebol tosco, feio, com ligações diretas, goleiro batendo tiro de meta ou dando balões, raras tabelas, infiltrações, triangulações, muita bola aérea, atacante cujo forte é defender tem cadeira cativa no time??? Abelão não é o cara ideal para mudar esse estado de coisas, penso.

      Desculpe a manifestação um pouco fora de hora, mas realmente coloquei o que penso a respeito do nosso provável treinador no momento.

      Abraço!

      1. Concordo com tua manifestação sobre o Abel. Eu particularmente não desejava o seu retorno. Ainda bem que não aconteceu.
        Só espero que o novo treinador acerte o passo.
        SC

  2. Parabéns Heleno. Estatística não nega a História. Se for para evidenciar a superioridade em relação ao co-irmão, jogo de pauzinhos, par ou impar, cinco marias, taco, bola de gude, pião, sempre será um grande prazer. Na Discriminação já damos de goleada… E outro dado relevante, é necessário rever e rever para se evitar o mesmo erro. Se outros já foram duas vezes, é porque nada aprenderam. Assim, espero que nossos dirigentes pensantes não nos façam novamente passar por este filme degradante! Com ou sem Abel.Abraço!

    1. Olha Jaldemir, a Estatística mostra os fatos ocorridos, mas é inevitável o comparativo com os outros, especialmente com o nosso maior rival.
      Agora, também não restam dúvidas que a história também serve para mostrar e orientar a gestão do Clube, com o fim precípuo de evitar os erros cometidos anteriormente.
      E, pelo amor de Deus, espero que tenham assimilado o suficiente para evitar que se repita o caos acontecido em 2016. Série B, nunca mais!
      SC

  3. Heleno, esses prazos de 10 anos são discursos ultrapassados de dirigentes como Fernando Miranda ou daquela época que me lembro pouco, mas que um Presidente dizia que assumia para pagar títulos e não para ganhar títulos…Só posso atribuir esse tipo de manifestação a dirigentes que acomodaram-se com o apequenamento do Clube em matéria de futebol. Não há planejamento estratégico e níveis de associados que não sucumbam à falência técnica do time que defende as cores e a história do Clube. E gostem ou não gostem, o bom momento do rival pressiona ainda mais os atuais dirigentes e quem aspira assumir o comando nos anos seguintes. É assim aqui no RS.

    1. Luciano,
      Independente de discursos eleitoreiros ou de dirigentes ultrapassados, no Planejamento Estratégico lidar com antevisão de prazos torna-se componente essencial,
      Não sei se recordas, lá pelo início dos anos 2000, o INTER teve um Manager contratado no futebol, de nome Medina, que afirmava que com a estrutura existente o Clube só poderia pensar em grandes conquistas num período superior a 5 anos. Acertou em cheio, 6 anos depois ganhávamos a Libertadores e Mundial FIFA,
      SC

  4. E? Sinceramente amigo, mas estamos, ultimamente, parecendo os gremistas nos 15 anos sem título (Cuja praga foi quebrada com aquele fraco sasha dançando com a bandeirinha. Até nisso o rapaz é ruim. rssss). Naquele período eles comemoravam melhor ônibus, melhor site, musa de brasileirão, lembra? Ai os carvalhanos começaram a só querer vaga na Libertadores porque o único pensamento era passar o Grêmio em conquistas do continente. Brasileirão, para os preguiçosos, dava muito trabalho. E agora, no que deu? Ficamos tentando tocar flautinha enquanto eles estão muito perto do TRI e aumentaram quilômetros no número de participações na Liberta, que os carvalhanos tanto queriam. Me desculpe amigo, mas comemorar coisas como esta ai (menos tempo na série B) pouco me interessam. Quero uma torcida fazendo bafo nessas direções incompetentes e time com ambição, ambição e ambição. Quero ser campeão brasileiro da Série A, Copa do Brasil e o escambau. O que acho que dificilmente vai acontecer tão cedo, já que estão prometendo as velhas receitas para 2018, com Abelão, vaguinhas e coisas do gênero. Já estou pensando em 2019 e tem sido assim desde 2010, estamos sempre pulando ano. Abraço.

    1. JCDias,
      Na condição de mero pesquisador, posso afirmar que vivemos uma realidade. Participamos da série B que é um fato histórico e não se trata de comemoração e sim de pura estatística de uma realidade comprovada.
      Se verificares no texto, também fiz menção da realidade do vigente Século XXI, do qual ainda somos soberanos.
      SC

  5. Heleno, resta sabermos quanto tempo levará para o INTER readquirir sua grandeza como TIME, pois como Clube isso não se discute. Eu parabenizo você pelo levantamento e pelas conclusões…Agora, pessoalmente, acho que foi uma temporada muito aquém do que se exigia para o INTER. Não vejo no curto prazo um indicativo de reversão de expectativa. No INTER as coisas sempre demoram muito para acontecer e não raras vezes esse tempo perdido manda a sua conta logo ali adiante.

    1. Luciano,
      Como tudo na vida, há momentos cíclicos.
      Eu diria que é quase impossível ficarmos sempre no auge, mas convenhamos, não precisávamos descer tanto como nas duas últimas temporadas.
      Come previste, no curto prazo não se vê uma reversão de expectativa para o INTER. Ouvi, há poucos dias, uma entrevista de ex-Presidente antevendo um período de 10 anos para se reerguer. Olha do jeito que vai não sei não e enquanto continuarem grupos ou conselheiros lá dentro na busca de promoções e/ou privilégios pessoais e não trabalharem com afinco e união dentro do Clube, vai ser muito difícil.
      SC

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