Difícil não aceitar que existam convergências e divergências de opiniões entre os torcedores Colorados. O que mais enriquece o BAC é ter criado um espaço livre e provocar discussões sadias entre as mais diversas opiniões e os mais diversos torcedores. As convergências são em torno dos objetivos comuns, pois, apesar de formas diferentes, todos querem o melhor para o Internacional. As divergências ficam em torno de como cada um vê o presente Colorado, espelho fidedigno das arquibancadas.
Nosso Internacional atravessa, ao meu modo de ver, um mau momento e crucial em sua existência. Quem sabe o mais crítico e o mais difícil de superar. Muito pode ter sido feito, mas muito ainda falta fazer. Esse momento exige muita responsabilidade e reflexão sobre a existência de um grande clube como o nosso. Ou aceitamos pacientemente a presença do clube com participações discretíssimas ou até exalando mediocridade nas competições que participa, ou as mudanças devem acontecer já. Se alguém tem dúvidas sobre minhas afirmações, sem considerar 2016 e 2017 catastróficos, procure lembrar os resultados em todas as competições que participamos em 2018, algumas jogando contra times reservas ou com grande número de jogadores titulares poupados.
Com 71 anos de vida, há um mês dos 72 anos, nunca vi o Internacional tão pequeno, tão apático e a torcida Colorada tão distante da realidade. Não é possível aceitar que toda a tradição e história Colorada sejam deixadas de lado e se aceite esse apequenamento crescente e constante. O nosso Internacional é muito maior que é atualmente. Minha análise está baseada nos desempenhos nas campanhas efetuadas e a andamento em 2018, não apenas em um ou outro jogo, o que não significaria sem consistência alguma.
Nunca dei opiniões sobre as pessoas gestoras ou condutoras técnica do plantel, pois respeito muito as suas disposições de prestar serviço ao clube, suas qualidades pessoais como cidadãos. Sempre procuro separar as pessoas e o resultado de seus trabalhos, e opinar sobre a qualidade dos resultados de suas dedicações. Nos últimos anos e hoje, sinceramente, deixam muito a desejar. Acredito que a queda à 2ª divisão não trouxe nenhum aprendizado à gestão, pois os mesmos equívocos tem sido cometidos, com escolhas não condizentes com as necessidades prioritárias do clube. De fora, com as informações que recebemos, aparentemente, não há um planejamento de curto, médio e longo prazo, pois se continua insistindo em passos que nunca deram certo e a mesmice continua. Isso fica mais evidente com as definições nas contratações efetuadas, desde o comando técnico, quanto à qualificação do plantel. Poucos jogadores realmente acrescentaram qualidade ao plantel e o comando técnico, até hoje, não disse para que assumiu, pois ainda não temos um time competitivo e protagonista.
Quanto ao comando técnico, insisto em afirmar, não tenho nada a comentar sobre sua pessoa ou profissional, apenas chego à conclusão que suas ideias sobre futebol não trazem os resultados esperados pela torcida Colorada. Essa conclusão é devido ao tempo passado em 2018, mais do que suficiente para consolidar um trabalho e os resultados encontrados em todas as competições em que o time Colorado participou. Posso estar enganado, mas a formação de um bom time de futebol precisa uma definição dos jogadores titulares, definição de reservas para cada posição, estratégias de jogo, um padrão de conjunto só alcançado com treinamentos repetitivos e sequência de jogos, até que um “adivinhe” o posicionamento do companheiro, sem olhar, e passe a bola ou se desloque para recebê-la. Não acredito em sucesso quando as improvisações são aceitas em detrimento do jogador de origem na posição, principalmente quando contratados para isso, e, muito menos, quando se coloca em campo jogadores que nada tem a acrescentar para o desempenho da equipe. Desculpe meu entendimento, mas, sem citar nomes, como pode alguém defender os atacantes marcando na grande área (a maior parte do jogo), “onze embaixo dos paus”, como se dizia antigamente, e, na frente, ninguém com a devida rapidez para atacar. Tem escalações e substituições feitas em detrimento de outros, que, sinceramente, são muito difíceis de entender e aceitar.
Não concordo com as opiniões, principalmente por parte da imprensa e de gestores, que defendem a postura de time pequeno do Internacional, pois esquecem quanto custa a manutenção do plantel Colorado, a história do clube, sua força e sua inigualável torcida. Quem pensa assim, desculpem, não quer o bem do Internacional, muito pelo contrário e não merecem crédito de verdadeiros Colorados. A missão Colorada não é só não perder, é procurar vencer, pois sempre foi time que buscou a vitória ou, ao menos, nunca abdicou disso. Não perder é muito pouco para o Internacional e para quem sempre quis ser vencedor, assim como não condiz com os desejos da torcida Colorada. Não perder para um time que também tem perdido para clubes que não se acovardam, só para manter a 16ª posição no campeonato, por favor, não é mérito algum, isso só recrudesce a crença de inferioridade. Alguns esquecem ou fazem que esquecem que o plantel Colorado é numeroso e muito bom (pode não ser ótimo, mas é bom e de qualidade) e que clubes com custos muito inferiores, que em condições totalmente desfavoráveis, possuem personalidade, altivez e conseguem enfrentar qualquer adversário sem medo da derrota.
Para concluir, o que temos hoje e o que podemos esperar em um futuro próximo? Nada vemos como promissor e que embale nossos sonhos Colorados. Desculpem, mas as mudanças são urgentes e necessárias. Pacíficas, ordeiras e impessoais, mas são necessárias grandes mudanças de mentalidade, postura e comportamento. Está mais do que na hora de cada um assumir suas responsabilidade e deixar de jogar os fracassos nos jogadores, velha e manjada desculpa para a incompetência.
Estou aberto às opiniões contrárias, mas não tentem me convencer que estamos no caminho certo e que devo esquecer a história e tradição de nosso Internacional. Nunca irão me convencer! Aprendi a ser campeão e quero voltar a ser. Chega de “conversa fiada”, de “desculpas esfarrapadas” e de retrocesso.
Por favor, sem fanatismo, olhem o complexo do Beira-Rio, não só o magnífico estádio do Internacional, lembrem da história Colorada e vejam se hoje temos uma gestão, tanto na parte administrativa, como no comando técnico, de acordo com a grandeza desse clube e de sua torcida. Gostaria de encerrar afirmando que não estou dizendo que tudo está errado e que nada foi feito, estou apenas, como torcedor, dizendo que muito mais e melhor ainda precisa ser feito e que os erros do passado recente não precisam ser repetidos.
Perdão!
De baixa e alta tensão.
Dorian, infelizmente não tenho condições de opinar sobre o teu comentário anterior. O que posso te dizer é que nessas horas a calma, a inteligência e a prudência que sei que tu possui são muito importante. De fora, torço para que tudo termine bem para você e para as tuas pretensões justas.
Paupério, não é de agora que convergimos nessas preocupações. É flagrante a diminuição do Clube nas suas ambições, demonstrações, manifestações de seus dirigentes e colaboradores. Somos alvos de chacotas diárias em todos os ambientes que convivemos. Ouvimos e lemos entrevistas totalmente apáticas, conformadas e incompatíveis com o tamanho do Clube, não esse atual, mas aquele competitivo e honrado. Hoje as pessoas acham normal e até bom perder de pouco ou não perder, mesmo não tendo a mínima capacidade de enfrentamento, como no último clássico ou no jogo contra o Flamengo. Os jogadores assimilaram isso, como na declaração de Rodrigo Dourado, por exemplo, de que “queriam nos golear, acharam que seria fácil”. Não é nada pessoal, mas o treinador atual não reúne condições para orientar uma postura diferente, assim como o Sr. Vice de Futebol. De minha parte, considero do Presidente MM também incapaz de comandar uma reação. É um quadro preocupante. Vou ser bem franco, uma vitória no jogo seguinte não assegura uma sequência boa, pelo que observamos nos últimos tempos.
Luciano, concordo plenamente contigo. Um trabalho só pode ser analisado com consistência depois de vários jogos ou campanhas, não somente pelo resultado de um ou outro jogo. Acompanhei a vitória contra a Chapecoense procurando ver se não exagerei, mas sinceramente não consigo enxergar um trabalho tático em campo, uma equipe coesa, bem posicionada e jogadas ensaiadas (só chutões à frente como se fossem lançamentos “malucos” para qualquer um). Essa mediocridade e aceitação de ser apenas mais um participante nas competições entranha no corpo dos jogadores e isso não faz parte da história e do futuro Colorado.
Prezado Pauperio, concordo contigo. O que estão fazendo com o nosso Inter é abominável. Para dizer o mínimo. Time há cinco jogos sem conseguir fazer um gol sequer. E isso até enfrentando em casa os reservas do Cruzeiro! Nem contar que foi enchiqueirado pelos outros quatro adversários, entre os quais o poderoso Vitória! De 2017 até agora, fora do Gauchão 2 anos, fora da Primeira liga, de duas C. do Brasil, sem ganhar a Segunda Divisão. Sem ganhar nada! Dessas seis disputas só chegou à final do C. Gaúcho de 2017 perdendo para o poderoso Noia. E no Brasileirão deste ano já está flertando com o rodapé da tabela. E alguém consegue ver evolução na condução do time? Sobre treinador: essa história de dizer que o Inter trocou várias vezes de técnico e não surtiu efeito nenhum, eu contraponho com o seguinte: Quem foram esses treinadores? Argel, Falcão, Roth, Lisca, Zago, Guto e Odair. Desse mato sai coelho? Lembrem que o último estertor do Inter jogando futebol foi na Libertadores de 2015 sob o comando do Aguirre. De lá para cá é a repetição da mesmice. Faz-se a mesma coisa e se espera alcançar resultados diferentes. De todo esse tempo o time nunca teve meia cancha. Insistir com Dourado, Edenilson e Dale não vai levar a lugar nenhum. O setor fica lento, previsível, errando passes, sem resguardar a zaga e sem alimentar o ataque. Quantas vezes já vimos esse filme?
Como disse o Pauperio: mudanças são urgentes e necessárias.
Abraços
José, verdade, só quem não quer enxergar chega a conclusões diferentes. São resultados tristes de trabalhos semelhantes e que repetem os mesmos erros, trazendo prejuízos irreparáveis ao nosso Internacional. As mudanças são necessárias e um erro não justifica outro. Ou essa gestão aproveita a interrupção para a Copa do Mundo e faz as mudanças necessárias, ou ainda iremos sofrer muito. Claro, não adianta mudar por mudar, fazendo as mesmas escolhas sem critério de curto, médio e longo prazo, repetindo os mesmos erros.
Buenas Pauperio !!
Excelentes colocações.
Uma pena que as últimas administrações do nosso Inter se preocupam mais com o lado político do clube do que fazer a instituição crescer !!
Enquanto que a política estiver acima do futebol, estaremos condenado ao fracasso, infelizmente, como nesses últimos anos.
Precisamos, urgentemente, de uma mudança na filosofia dos nossos comandantes do futebol colorado.
Saudações
Charles, realmente a preocupação com o presente e futuro de nosso clube é muito grande. Não consigo ver “luz no fim do túnel” e parece que as soluções são “farinhas do mesmo saco”… Gente que pensa muito pequeno e parece desconhecer a história de nosso Internacional.
Pauperio, boa noite.
Assino embaixo.
Disse tudo!!!
Tenho 38 anos e nunca vi um Inter tão deprimente.
Sempre com desculpas, e o pior, olhar para frente e ver apenas dificuldades, não conseguir ver uma luz no fim do tunel.
A unica coisa que ainda nos resta é o amor por esse clube e o que nos faz ter apenas com o coração alguma esperança de ressurgir.
Mas no racional, esta muito difícil, para não dizer impossível.
Como todo Colorado, ainda tento me apegar nesse fio de esperança!!!
Pra Sempre INTER!!!
Jairo, só os que não querem enxergar não percebem o que está acontecendo em nosso Internacional em 2018 e nos últimos anos. Não é possível aceitar, como normal e bom, 33,3 % de aproveitamento no Campeonato Brasileiro de 2018
Onde assino embaixo Paupério??? Eu acrescentaria, com estão matando com o futuro torcedor do internacional, e com isso a instituição perde, hoje a maioria das crianças são colorados pela imposição que há em casa, pois se deixar elas escoleherem, vão escolher quem?? Os que vivem perdendo ou os que vivem ganhando?? Parece que nossos dirigentes estão pouco ligando pra isso. Contra Odair hellmann não tenho nada contra, apenas seu trabalho não está sendo, digamos entendidos pelos atletas, TEMPO ele teve, muito mais que os outros treinadores e se depois de seis meses não conseguiu se quer dar um padrão de jogo ao time é pq não serve, um parça aqui disse que não adianta estar trocando de treinador toda a hora, daí fico imaginado ele dono de uma fábrica e vendo seu empregado não conseguir conduzir determinada máquina mesmo sendo lhe mostrado várias vezes seu funcionamento e este dono vendo seus lucros decaindo o que ele iria fazer, continuar com seu funcionário ou iria demiti-lo ou trocar o mesmo de função?? FUTEBOL SE VIVE DE RESULTADO, E ESTE ANO NÃO TIVEMOS NENHUM FAVORÁVEL, ALIÁS FOMOS DESCLASSIFICADOS EM DOIS POR TIMES DIGAMOS DE BEEEEMMM MENOS EXPRESSÃO QUE O NOSSO. Podemos trocar o plantel inteiro|??? NÃO, então trocasse o óbvio, aquele que tem que conduzir o plantel com maestria e não está conseguindo fazer.
Vanderlei, 33% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro de 2018 e eliminação de todas as competições que participamos não chega? O que falta acontecer para esse pessoal acordar e partir para as mudanças necessárias. É difícil acreditar em competência quando escutamos desculpas sem nexo e sem fundamento para justificar um fracasso atrás do outro.
Alô você Pauperio!
Creio que grande parte de tuas preocupações e questionamentos, alguns meus também, são assuntos que estão tirando o sono da “alta cúpula” Colorada. Sempre acreditei que a mudança de treinador se torna infrutífera se não tivermos um BOM TIMONEIRO nesse barco. Tenho falado repetidas vezes que acredito em filosofia de trabalho e em capacitação. Para gerenciamento e para “cuidar” do vestiário temos que ter gente que REALMENTE endenda do riscado. Para o vestiário (Diretor de futebol) alguém que conheça o cheiro do éter e para o gerenciamento um profissional de inegavel saber sobre os meandros do futebol sobre quem não paire nenhuma dúvida sobre sua capacidade. O sinalizador com a dispensa do gerente Jorje Macedo é significativo.
Coloradamente,
Melo
Melo, difícil acreditar que a gestão esteja preocupada além do seus umbigos. Os erros e equívocos são repetitivos e continuam. Concordo quando defendes alguém no comando do futebol que conheça o cheiro e as manhas dos vestiários. Hoje parece “tudo guri de sacada” e que nunca jogou bola com os pés descalços. falta pulso, coragem e competência para retomar as rédeas do futebol Colorado. Desse jeito não vejo saída promissora, só mais sofrimento.