Por Adriano Garcia – EL Mago
A fé e a esperança são amigas inseparáveis. Poderíamos dizer que a esperança está para a fé como o sol está para a lua. A lua não tem luz própria: reflete aquela que recebe do sol. Daí porque a lua difunde raios pálidos e isentos de calor, enquanto o sol espalha raios intensos e fúlgidos que, além de iluminar, aquecem e vivificam. O sol é a própria luz; a lua não é, reflete a luz recebida. Assim, a fé é como o sol. É força comunicativa que se irradia do coração de quem a tem e se reflete no coração de outrem, gerando nesse a esperança. O grande mestre tinha fé. Seus discípulos tinham a esperança gerada pela fé exemplificada de por ele. Assim também os corações que se aproximam do sagrado e estabelecem com ele certa comunhão, iluminam-se com a luz patente de seu espirito. A lua clareia os caminhos em noites escuras tal qual a esperança nos sustenta nas horas de trevas. O sol ilumina e fecunda a estrada da vida, como a fé fortalece as fibras íntimas da alma, robustecendo-a na caminhada para a divindade suprema. O sol é energia: movimenta, vivifica, ativa e produz. A luz amortecida da lua mostra os obstáculos; a luz brilhante e vívida do sol distingue e remove os tropeços dos caminhos da vida. A esperança faz nascer no coração do homem as boas e nobres aspirações; só a fé, porém, as realiza. A esperança sugere, a fé concretiza. A esperança desperta nos corações o anseio de possuir luz própria, conduzindo, portanto, as criaturas à fé. Mas o que tudo isso tem haver com o futebol? Caros amigos a referencia é simples; as torcidas estão agarradas em uma fé quase sem esperança. Como assim devem estar se perguntando, meus caros vamos as explicações. O campeonato maior do pais esta voltando é com ele as duvidas e anseios. Para onde ir, ate onde pode se chegar? Podemos conquistar o lugar ao sol?Estas perguntas ainda estão sem uma resposta plena. No entanto ao passar do tempo serão respondidas devidamente. O que se tem ate o momento é a esperança de quem estava no inferno e agora respira ares mais puros. A dificuldade de obter a solução para os problemas parece que segue na mesma toada. Ou seja, mesmo que Odair faca o possível e o impossível para mudar o panorama da equipe colorada, em meio as lesões, chegadas e saídas, a duvida e a incerteza sempre serão o tormento; tanto da comissão técnica quanto da direção. O inter vai tentando encontrar uma forma de jogar criar ou recuperar a identidade perdida. Depois de um fatídico ano que não sai da mente de sua torcida e que atormenta muito ainda qualquer problema se torna um tsunami devastador que vai levando tudo que encontra pela frente. Mas quanto tempo se leva para formar campeões? Não há um estudo que estabeleça um período de tempo que determine o aparecimento de uma equipe competitiva. Porem muitos falam em dois ou três anos no minimo. Ter um bom conjunto não significa ter apenas jogadores previsíveis, pois o risco da mediocridade é grande. Pessoas talentosas também podem desenvolver o sentido de conjunto, de trabalho em equipe. A Seleção montada por Saldanha em 1970 era um belo exemplo de conjunto com talentos fora-de-série. Era um “time de feras”, muito diferente do “time de dungas”, que pode vir a fazer parte do jargão corporativo, caso a integração entre os escolhidos não seja capaz de trazer os resultados desejados pelos quase 200 milhões de “clientes”. Mas, além da Integração, da força do conjunto, 10 outras características são fundamentais para formar um time de campeões, no futebol ou nas empresas: 1. Clareza sobre o gol, o propósito 2. Conhecimento do mercado / campo de atuação 3. Capacidade de cuidar do todo, não só da parte 4. Inovação 5. Foco 6. Iniciativa 7. Perseverança 8. Humildade 9. Fazer mais que o combinado e superar obstáculos 10. Paixão Nesse time de 11 características, ainda falta elencar o 12º jogador, a TORCIDA, que na empresa pode ser simbolizada pelos stakeholders – clientes, comunidade, parceiros, sociedade, etc – que possuem o grande poder de tornar vencedor um empreendimento quando se apaixonam pela sua causa e pela marca. Ou que também, inversamente, possuem a capacidade de destruir a reputação, imagem e a longevidade de qualquer empresa ou time de futebol. Essa analogia fica evidente ao escrete colorado pelo que se viu nos últimos anos. De um time formidável da era 2000 para um Ibis com grife nas temporadas passadas. Um dos maiores desafios dos líderes é o de construir um time de alta performance. Para montar um time campeão, o líder precisa integrar os membros da sua equipe, criando sinergia e obtendo o melhor de cada um a fim de superar os resultados desejados. Mas nem todos conseguem o grau de integração almejado. Alguns atingem os objetivos propostos à custa da felicidade das pessoas, em um ambiente de competição nociva e discórdia. Outros até criam excelente clima entre as pessoas, mas a equipe não consegue produzir os resultados necessários e reina entre elas uma espécie de integração improdutiva. Assim, criar times vencedores é a melhor estratégia de marketing para fechar o ano com as contas no azul. Aos montes vimos surgir equipes talhadas para não perder e anular o talento. Com sorte (na verdade uma dose enorme de treinamentos e eficiência), marcar um golzinho e levar vitórias e mais vitórias para casa. Mourinho é “apenas” o expoente de uma tendência evidente. Melhor, é a melhor e mais bem sucedida representação dessa filosofia, em que vencer está acima de qualquer encanto. Se a necessidade de ganhar títulos e produzir ídolos é fundamental para o negócio não há dúvidas. Resta prestar atenção aos próximos capítulos torcendo para que, o espetáculo possa trazer, também, bons resultados.
Caro Adriano
Normalmente nós seres humanos colocamos fé em alguma coisa que está bem fundamentada, em que se nota um trabalho sério, consciente, e, quando em função disso os bons resultados começam a aparecer.
O nosso presidente Marcelo Medeiros pegou um verdadeiro rabo de foguete, com nosso estimado Inter pela primeira vez (esperamos que seja a última) em uma segundo divisão do futebol brasileiro.
Com um plantel com excesso de jogadores, muitas carências, desvalorização acentuada de atletas em função da queda, cofres raspados, em fim, problemas de toda a ordem por demais conhecidos pela massa colorada. E claro que havia a premente necessidade da nossa volta à elite do futebol brasileiro.
Trabalhando quieto, com uma equipe alinhada e disposta a mudar àquele lamentável estado de coisas do fatídico 2016, muitas providências foram tomadas. Dezenas de atletas foram negociados (dispensados em final de contratos, cedidos por empréstimos, cedidos em definitivo livrando o clube de onerosos salários, também jogadores caros encerraram vínculos junto ao Inter, mediante negociações, entre outras inúmeras providências).
Em paralelo a isso, inúmeros jogadores vieram reforçar o clube. O objetivo número um de MM & equipe foi conseguido. Estamos no nosso verdadeiro lugar, de onde só saímos por descalabros de toda ordem ocorridos anteriormente.
O Internacional, como muitos clubes brasileiros, tem uma dívida monstruosa. Mas conforme nossos diretores, sob controle.
Começamos o brasileirão 2018 sob muitas desconfianças. Decorridas doze rodadas e estamos entre os primeiros. As oito últimas rodadas sem o D’Alessandro (estaríamos nos livrando da D’Ale-dependência?). Com uma defesa sólida, e muitas opções ofensivas, com nosso coletivo em alta, as individualidades começam a aparecer. Que continue assim. Muitos concorrentes nossos estão perdendo jogadores importantes. Mantendo o pique dessa remada, sonhar com coisas muito boas ainda em 2018 não é sonho. Dá para levar fé, e fé raciocinada, de acordo com um trabalho fora de campo bem feito e que acaba desembocando lá dentro das quatro linhas!
Grande abraço Adriano e parabéns pelo texto!
Eu não sei realmente se foi por necessidade, Odair irá inventar na escalação, mas pra quê?? Zeca tem que jogar na lateral, sem essa de invenção no que tá ganhando, parece que Odair quer aparecer com um fato novo. A posição que irá desfalcar é por onde joga vários jogadores tipo Camillo, até Juan alano pode aparecer por ali, mas pra quê inventar??? Sei Zeca já jogou por ali, mas colocar Fabiano que não vem correspondendo é tapar os pés e descobrir a cabeça, é por estas e outras que sou meio assim com o nosso treineiro e fico a pensar se é ele mesmo que escala. ENFIM BRASILEIRÃO DE VOLTA, poderia começar este fim de semana já, por quê não?? A final da copa é ao meio dia de domingo, o jogo de deisão de terceiro lugar foi as dez de sabado, nenhum atleta de clube brasileiro envolvido, tinha tudo, até tempo pra antecipar a rodada.
Alô você Adriano!
“o líder precisa integrar os membros da sua equipe, criando sinergia e obtendo o melhor de cada um a fim de superar os resultados desejados” Pincei essa frase do teu BRILHANTE texto (só para variar), ela tem uma abrangência extraordinária. Plenamente de acordo.
Coloradamente,
Melo