Em vários momentos de nossas vidas ficamos muitas vezes sem entender as razões que nos colocam no dilema entre o que gostaríamos de ter e não temos e o que realmente temos. Esse dilema fica ainda mais difícil de entender e aceitar quando não encontramos razões coerentes que justifiquem isso. É preciso não confundir ansiedade com inconformismo com a realidade atual .
Tenho pensado muito em nosso Internacional. Em seu passado, presente e o que futuro lhe reserva. Será que estamos colaborando para a construção de algo maior ou destruindo, pouco a pouco, tudo que já foi feito. Será que as críticas construtivas servem para algo ou são entendidas como colocações inoportunas e destrutivas? Será que querer, nesse momento, algo maior e melhor para o nosso Internacional está errado? Será que o comportamento desejado é ser o de “vaquinha de Presépio”? Solicito desculpas a quem pensa assim, mas discordo plenamente e não penso assim.
Desde os primórdios, as críticas construtivas sempre serviram para impulsos para grandes mudanças, mas para isso, as pessoas envolvidas em gestões precisam ter um pouco de humildade, estarem qualificadas e aptas para ouvir e pensar sobre o que escutam. A manutenção de posições ou comportamentos sem uma análise criteriosa e periódica de objetivos e resultados alcançados, penso que seja um sinal de pouca inteligência ou distorção entre os objetivos e a qualidade das ações previstas ou de quem as tem a missão de implantar.
Vivi muitas alegrias com nosso Internacional nos Eucaliptos e, se houve, alguns momentos de tristezas, foram muito pequenos que até esqueci. Tenho certeza de uma coisa, desde os primeiros anos de minha vida sempre tivemos um clube e um time para nos orgulhar.
Vivi a epopeia da construção do nosso Beira-Rio, desde a terraplanagem até a inauguração. Visitas periódicas aos domingos e cada centímetro foi regado com nosso amor a esse clube. Quando muitos tentavam ridicularizar a Boia Cativa, nós percebíamos que nosso sonho estava se tornando uma realidade próxima. Muitas horas, com a família e amigos, passamos conversando e imaginando como seria nossa nova casa, apesar de todas as informações existentes. Imaginem, nem passava pela nossa cabeça, a ideia de reconstrução e esse magnífico estádio que temos hoje e que é nosso.
Durante todo o tempo de Eucaliptos nos orgulhávamos de nosso time, não importando quem usava a camisa Colorada, pois todos respeitavam o clube, a torcida e honravam quando a vestiam, se dedicando, ao máximo, em busca das vitórias. Citar nomes seria cometer um pecado muito grande, pois com certeza, esqueceria de muitos, o que seria uma injustiça e esse texto ficaria muito grande. A cada ano, cada torcedor, tinha seus ídolos, eram inquestionáveis e isso bastava. Valorizávamos as pequenas conquistas, o esforço dos jogadores e as vitórias eram consideradas “batalhas” vencidas.
Hoje, não consigo entender a forma e a velocidade utilizadas para a construção de um grande time, qualificado e competitivo, que honre o passado e nos inspire a acreditar em um futuro melhor, vitorioso e brilhante. É preciso nos fortalecemos nacionalmente e retornar de volta ao cenário internacional. Reconheço e valorizo tudo de bom que está sendo feito, mas penso ser ainda muito aquém do desejado e esperado. Vejo, posso estar enganado, o nosso Internacional dando um passo a frente e outro para atrás. Quem tem a responsabilidade de conduzir o Internacional para o futuro desejado são as pessoas mais aptas e com poder delegado para encontrar o ajuste necessário. Enquanto isso não acontece, mesmo longe de Porto Alegre, fiel ao meu amor a esse clube, não tendo nenhuma outra intenção ou pretensão, continuarei, leiga e modestamente, criticando construtivamente o que considero não ser o melhor para o nosso Internacional, mesmo que alguns não me entendam.
É importante entender que críticas construtivas só são emitidas para aqueles que acreditamos possuir a capacidade de entende-las e o potencial para aproveita-las quando acreditarem ser pertinentes e oportunas. Não se perde tempo criticando quem não quer ouvir e pensar a respeito do questionado.
Deixando muito claro a quem possa ter dúvidas sobre o meu texto, gostaria de encerrar afirmando que abomino as críticas destrutivas, assim como todas aquelas que confundem o resultado de um trabalho com as pessoas responsáveis pela sua execução, todas aquelas que trazem em seu bojo a discriminação, o ódio e a violência, os oportunistas de plantão e os “arautos de terra arrasada”.
A sensação q tens é comum hoje para muitos colorados. Para mum tambem. Mas vez ou outra vejo sinais de fumaça, em pontos distintos e distantes, provando q ha esperança e vida la pelos lados da beira rio. Torço q o fogo arda e esquente muito o comando do nosso Inter. Não podemos e nem queremos mais viver apenas de paixão!
Adriana, verdade, hoje não fosse essa paixão e esperança por dias muito melhores, não sei o que seria da torcida Colorada. Essa torcida, ao longo dos anos, já “segurou” dias bem piores e nunca deixou de apoiar, mas agora precisa renovar a crença de um grande passo. Não podemos nos contentar em não sermos campeões brasileiros em mais um ano e ficarmos procurando “entender” desculpas.
Alô você Pauperio!
É muito próprio do ser humano a resistência a mudança. Particularmente no nosso Inter, ainda vivemos sob a máxima de que “sempre foi assim”. Isso serve de anteparo para que o trabalho de mudar seja colocado de lado. A bem da verdade podemos afirmar que existem núcleos implantando coisas novas mas que andam na velocidade inversa da que queremos.
Colorada mente,
Melo
Melo, tem momentos que fico com a impressão que o nosso Internacional parou no tempo, desceu à Série B, subiu à Série A e continua dando um passo á frente e outro para atrás. Devo muito a esse clube e meu amor a ele não me permite aceitar, como normal e somente possível, o meio da tabela de classificação ou escapar de nova descida. Sinceramente, ainda não consigo enxergar um time titular respeitável, estruturado, praticando um futebol de qualidade, competitivo e com chances de ser vitorioso como a torcida Colorada quer.