O torcedor carbonero ficou muito triste quando Mahicon Librelato, a revelação do seu time do coração, trocou o Criciúma pelo Internacional no início de 2002. O atleta de 21 anos era o maior destaque do futebol catarinense na virada do século e mesmo atuando pouco, tornou-se um ídolo para a torcida catarinense. Mal sabíamos que o jovem jogador seria fundamental para o Inter naquele ano conturbado.
No início do ano conquistou o campeonato gaúcho, vencendo o XV de Novembro na final por 2 x 0. Como todos sabem, o nosso brasileirão foi muito ruim, devido ao elenco limitado e diversas trocas de treinadores, felizmente não caímos graças a Mahicon Librelato, que mesmo com a pouca idade, chamou a responsabilidade, marcando 7 gols na competição, dava rápidas arrancadas e dribles nos adversários. O jogador foi o primeiro ídolo de uma geração de colorados.
Na partida derradeira contra o Paysandu, Librelato deixou o dele e no final da partida, celebrou muito o triunfo e a nossa permanência no Brasileirão.
A moral do atacante estava alto, muitos clubes queriam contratá-lo e foi um dos cotados para disputar o Mundial sub-23 pela seleção brasileira em 2003. Entretanto no dia 28 de Novembro daquele ano, Mahicon sofreu um acidente de carro e veio a falecer. Foi uma tragédia muito sentida para todos nós colorados. Ao todo foram 10 gols em 28 jogos.
No antigo Beira-Rio tinha uma faixa escrita “Librelato vive 7” e concordo com o escrito. Ele não está mais com a gente, mas os seus gols, dribles estarão sempre vivos na nossa memória.
Abraços Messias Fortes
Parabéns, Messias!!!! Belo texto!!!!
Alô Paulo, alô Messias
Realmente a partida prematura do Mahicon Librelato foi muito sentida por toda torcida colorada. Já projetávamos um 2003 bem melhor. O Librelato deu vida ao nosso time. Um jovem que nas primeiras partidas conquistou a massa vermelha. Gurizão ainda, raçudo, bom de bola, goleador, de bem com a vida. Apenas onze dias depois de nos livrar do rebaixamento lá em Belém, de férias na sua linda Santa Catarina envolveu-se num acidente vindo a falecer. Ironia do destino é que dois amigos que o acompanhavam escaparam com vida.
Mas tivemos outros jogadores nossos vitimados por acidentes.
– Adílson Miranda, que jogou pelo Inter de 78 a 80, quando já estava em outro clube faleceu aos 30 anos.
– Adavílson, o “Formiga atômica”, ponta direita miudinho, mas que chutava muito forte faleceu quase na mesma época do Adílson.
– Também o Sérgio Santos Gil, conhecido como Gil, excelente meio-campista, irmão do Tonho, que jogou no Colorado. Com várias passagens em seleções brasileiras de base, aos 18 anos estava vindo de automóvel de SP para acertar com o Inter. Faleceu na Régis Bittencourt, ainda em SP.
E o que dizer da perda do grande Capitão Fernandão em trágico acidente de helicóptero, que com sua liderança, firmeza e futebol também, levou nosso Inter a uma conquista continental e no mesmo ano pintamos a Terra de vermelho.
Ficam as lembranças boas.
José A. Cardoso