COLORADO, mostra tua Cara!

Pois meus caros Irmãos de incertezas, há algum tempo(muito, muito) uma escola de samba de Porto Alegre (Acadêmicos da Orgia) fez um samba para questionar o seu prório momento, a ausência de titulos. Tendo por simbolo o famoso Zé Carioca o samba, a certa altura dizia assim: ” O Zé você  tá diferente, a gente nem te liga quem te viu e quem te vê, há muito tempo acabaram tuas glórias, esqueceram tuas vitórias e você vem pondo culpa no azar…”

Por analogia, parte significativa da torcida vai por esse caminho. Não vou 100% nessa, mas confesso que flerto com parte essa linha de pensamento.

O que há com todos nós? A intolerância de alguns se apresenta forte de tal sorte que contagia grande parte da torcida. Com raríssimas excessões não se constroi uma equipe competitiva em um ou dois anos, isso é fato. As grande equipes do Brasil foram formadas ao longo do tempo com base em suas categorias menores e sempre que possível agregando contratações que permitissem a robustez do elenco. Acredito firmemente que se tem dois caminhos a perseguir e aí pego dois exemplos de fora para não ficar no INTER, O Flamengo dos anos 80 robusteceu a base e colheu frutos inclusive exportando talentos. Somaram-se aos valores contratações pontuais, vejamos: Raul, contratado ao Cruzeiro de Minas, Leandro, Mozer, Marinho e Junior defesa feita em “casa”. Andrade,  Adilio e Zico seguem a produção caseira, no ataque Tita  produção local, Nunes e Lico “importados”. A montagem e consolidação desse time se deu enquanto o INTER  ganhava três títulos nacionais e contabilizava um vice campeonato da América, ou seja éramos três vezes campeões brasileiros e eles não tinham nenhum. Pois bem, em 80 o Fla, na esteira de um bom planejamento iniciou suas grandes conquistas:  1980, 1982e 1983 campeonatos brasileiros; 81 a América e o Intercontinental. Essa trajetória baseada adentrou aos anos 90 e seguiu empilhando títulos com carimbo Nacional. Em um outro Patamar temos o Palmeiras Geração Parmalat. Vamos ao time titular? Veloso (prata da casa), Mazinho (Fiorentina), Antonio Carlos (Albacete), Cleber (Logroñes), Roberto Carlos (União São João), Flávio Conceição (Rio Branco), Cesar Sampaio (Santos), Zinho (Flamengo), Edmundo (Vasco da Gama), Evair (Atalanta), Edilson (Guarani), Rivaldo (Mogi Mirim). Conclusão: Ou se tem planejamento para formar ou se tem dinheiro para comprar. No primeiro caso o sucessoé duradouro na medida em que é uma idéia um projeto que se bem implantado rende frutos. O segundo é, via de regra, um sucesso efêmero na medida em que o êxito depende do cofre e assim que ele esvazia o projeto implode.

Moledo a imagem da Garra Colorada (imagem: CP)

Que caminho o INTER quer seguir? O primeiro demanda tempo, temos paciência, para ir aperfeiçoando e por fim, na sintonia fina formatarmos um produto final? Ao que me parece , Não. Temos direção capaz de sustentar, de fato  um trabalho a longo prazo, ser fiador e ser o gladiador capaz de defender a fero e fogo esse plano? Se implantado, só o tempo dirá. Temos dinheiro para sustentar uma ideia emergencial e encurtar o tempo para um resultado positivo? Me parece que não. O equilíbrio seria a solução, diriam alguns e aí eu afirmaria isso  de alguns de casa e contratações complementares que depende muito de sorte, de encaixe é quase uma utopia que eventualmente dá certo. É com base nisso que peço, INTER nos mostre o que queres fazer, mostre sua cara.

E hoje? Hoje sua cara é a força, dedicação, transpiração, corda esticada , uma pitada de talento e uma boa dose de sorte. Vamos Colorado!

TENHO DITO!

 

15 thoughts on “COLORADO, mostra tua Cara!

  1. Boa tarde.

    O grande problema é que nossos dirigentes e treinadores que passaram e principalmente o atual se preocupam demais em lapidar, em preparar os jogadores da base, preservam tanto que não colocam para jogar, viram eternas promessas.

    Nosso treinador atual, olha as atitudes com a nossa base:

    Nonato virou titular, vinha jogando bem, tanto que fizemos a terceira melhor campanha da libertadores, o que ele faz, o Patrick, se recupera de lesão e ele já saca o guri para colocar o seu bruxo.

    Sarrafiore, não vou entrar no mérito se é solução ou não, mas olha a má vontade do treinador com o guri, o Pokter, o Nico, recebem varias oportunidades, já o guri, recebe o que??????
    Entra em uma fogueira contra o Flamengo, no lugar de um zagueiro só para ser queimado.
    Agora nesse ultimo jogo, entrou aos 45 minutos do segundo tempo.
    E o principal, sabemos que nosso principal jogador tem 38 anos e que não vai jogar todos jogos, além de tudo isso, ainda coloca ele para marcar lateral e estourou, porque não trabalhou um substituto testando nesses jogos de reservas, mas que se desse tempo.

    Acho que o caminho como você falou é a base, mas acho que nosso treinador não esta capacitado para promover e comandar essa trajetória.

    Vamos torcer!

    1. Alô você Jairo!
      O que , em minha opinião, diferencia, não é o treinador mas uma filosofia e uma segurança. Minha idade permite fazer uma analogia de uma época vivida no final dos anos 70. Tinhamos uma direção de futebol muito firme e determinada que estabeleceu um rumo e um critério e dele não se afastou um milímetro, mesmo contra a “gritaria do torcedor” digamos mais imediatista. Naquela época, depois das diversas apostas em treinadores creenciados à epoca, buscou-se na base o comandante, a diferença era a filosofia implantada. Hoje também temos um treinador oriundo da base, mas não parece termos fisolofia. Como disse a um colega, depois de trocarmos 15 treinadores desde 2011 não me parece que o problema seja o treinador, sairemos do 15 para o 16, tão somente. É como o automóvel que pifa e é diagnosticado pelo mecânico, com problemas de velas. São trocados 15 jogos de velas e o carro continua pifando. A conclusão passa a ser fácil: O PROBLEMA NÃO SÃO AS VELAS.
      Coloradamente,
      Melo

  2. Salve, PRM. As duas propostas são viáveis, mas o que determina a existência de uma é a permanência da outra. O planejamento de base é o fundamental para qualquer sucesso futuro. Se analisarmos as performances de nosso Clube, com exceção da lamentável queda em 2017, sempre perseguimos de perto nosso objetivo, semelhante aos demais clubes que ornamentam nosso Campeonato Brasileiro Serie A. E sabemos o quão relevante e desgastante é a conquista do título neste País Continental. Assim sendo, deitar um olhar simplista a curto prazo, como o bombeiro de honrada profissão para apagar incêndio, a grandeza do nosso clube não merece, bem como, sua torcida, da qual faço parte, e muito me orgulho. Vamos acreditar, porque temos todas as condições para reeditar façanhas memoráveis, e que comece por hoje à noite. Abraço!

    1. Alô você Jaldemir!
      Tenho convicção que as duas situações fazem parte de um universo, entretanto é fundamental que se DEFINA, o que é prioritário? Formar ou comprar? Evidente que se for formar não se abre mão da aquisição necessária e oportuna, vide exemplo do texto (Flamengo/80) e se for adquirir não se abre mão do “garimpo” (Palmeiras/Parmalat),mas é fundamental, repito que haja DEFINIÇÃO e de maneira muito clara.
      Coloradamente,
      Melo

  3. Seca de Títulos!
    Houve um tempo, em que as Categorias de Base do INTERNACIONAL, eram tratadas com competência, com profissionais, tanto é que ficaram conhecidas como CELEIRO DE ASES !.
    Agora estão entregues a ex jogadores do Clube, que podem e foram grandes atletas, alguns apaixanados pelo Clube, mas não necessáriamente “experts” da área. Com excessoes, claro, incluindo aí o sucesso do Grande Goleiro Clemer. Acredito que no momento que profissionalizarem está área, poderemos ter um Time Profissional repleto de jogadores formados no clube e assim sendo, CAMPEOES. Nada impede que um ex jogador faça um bom trabalho, mas vamos profissionalizar está área. Lembram -se que o Grande Ídolo Fernandao foi alçado à um cargo, no qual permaneceu por muito pouco tempo ?

    1. Alô você Rudmar!
      É disso que se fala. Aquele time dos anos foi planejado. Os manarins queriam um time alto forte e veloz e foram formatando ao longo do tempo. O time começou a ser formado em 1968 com o Foguinho e só foi ar resultado efetivo, além fronteiras sete anos depois. Não há como formar um time que seja campeão e seja longevo em um ou dois anos, a não ser que se use o modêlo Parmalat, mas esse também tem curta duração, ou seja só sobrevive com muita grana o que não é o nosso caqso.
      Coloradamente,
      Melo

  4. Está na hora do Saci Colorado, comer mais uma vez o Urubú da Gávea, no Brasileirão!!!

    By Dorian Bueno

    Tomara que o Saci Colorado esteja com muita fome de jogar futebol, e também com uma vontade aguçada para acabar com este favoritismo do Urubú da Gávea, que está lá no topo da montanha curtinho os passos da sua próxima e destraída presa.

    Quero poder acreditar que um raio não poderá cair mais de três vezes no mesmo lugar. Mas se tratando de futebol, e ainda mais considerando os últimos jogos do Internacional contra o badalado e favorito Flamengo, tudo acontecerá de forma natural dentro do Maracanã.

    O Futebol do Inter está a dias com aquele cheirinho de carniça tri fedorenta, que qualquer time rubro negro seja do Paraná ou Rio de Janeiro, já estão até enjoados de degustar desta carne pouco apetitosa do futebol do Colorado.

    Ela já foi servida tanto para o Flamengo na LBA como para o Athletico-PR na CB, de forma igual com as mesmas iguarias da vazada cozinha do Inter, que parecia ser a melhor do Brasil, segunda as estatísticas.

    Quem sabe desta vez e pelo o Campeonato Brasileiro, o Colorado treinador Odair Hellmann, possa manter a escrita de ter visto os jogadores do Inter vencer o Flamengo no primeiro turno.

    Agora mais uma vez o confronto será fora do Beira-Rio, e o Time deverá jogar como um verdadeiro franco atirador dentro das linhas defensivas do adversário, porque ninguém tem feito isto. O Colorado tem que ser corajoso para assustar o Mengo, mesmo em pleno Rio de Janeiro.

    Eu acredito que esta é a melhor tática para vencer o líder do Brasileirão, e quem sabe desta vez,
    o Saci irá comer a carne do Urubú.

    Abs. Dorian Bueno, POA
    🙏🎼⚽🇦🇹

  5. O Inter é competitivo, sem dúvida, mas a forma como se desclassificou da Libertadores (primeiro tempo segundo jogo) e o vice da Copa do Brasil (sem ir pra cima, sem buscar) foi o que fez grande parte da torcida entrar na onda do “não aceito, que Inter é esse…” Há derrotas e derrotas e estas últimas foram de formas difíceis de aceitar! Abraços

  6. Olá Melo, realmente a maioria dos grandes elencos são formados a peso de muito dinheiro ou por meio da categoria de base. Mas creio que ainda tem mais uma alternativa que é a garimpagem de bons jogadores, muitas vezes encontrados no Interior paulista e outros grandes centros. Bons jogadores mas em conflito nos seus times em contrário somente a muito custo que sabemos que não dispomos de altas granas. Talvez até irrite muita gente, mas te confesso que para mim estamos num estágio mais avançado que eu esperava, depois dum recente passado trágico. Digo mais o único grande pecado que cometeram é não ter um meia armador para substituir o D’Alessandro, custou muito caro, abraço.

    1. Arioldo Roldan Leva um dois anos para se formar um time depois de uma queda como a nossa.Mas acontece que as vezes pode surgir uma oportunidade de se ganhar um título e não se pode jogar fora por erros de um TÉCNICO que não tem esquema definido,não tem jogada ensaiada,escala mal ,troca mal.lento nós passes laterais,deixa o adversário se fechar na defesa.E outras coisas não adianta dar reforços de nível pra ele.

    2. Bah meu amigo Antonio Carlo Brigoni Marques Brigoni não fizestes a leitura da posfagem. Vistes qual é a pauta? Estou propondo que se fale sobre a formação de elenco, modos diferentes de fazer para se chegar a um objetivo comum. De 2010 pra cá foram 16 treinadores e nenhum deu jeito. Qualquer ser que se propuzer a fazer uma análise não muito profunda vai concluir que depois de passarem 16 o problema não é treinador. É como um carro que entra em pane e o mecânico determina trocar o jogo de velas, aí tu trocas 16 vezes e ele continua pifando. Será que é vela?
      Coloradamente,
      Melo

    3. Alô você Arioldo Roldan! Tens razão, veja que até o exemplo que utilizei do rico Palmeiras/Parmalat não abria mão de garimpar e foi assim que trouxe dois que mesmo já profissionais eram jovens com idade talvez para Junior (Rivaldo e Roberto Carlos), mas a diretriz era comprar. Coloradamente, Melo

      1. Olá Mello,
        Acredito que devemos mesclar, assim como tu e o Roldão falaram. Investirmos melhor na base, sem se descuidar de contratações que agreguem qualidades ao time, como também garimpar em campeonatos de base no Brasil a fora, temos exemplos recente, Nonato e Sarrafiore.
        A torcida e a Diretoria precisam ter paciência, pois um time não se monta de um ano para o outro. É necessário planejamento e tempo de trabalho, embora todos queiram resultados imediatos, é algo que se constrói aos pouco.
        Esta falta de planejamento podemos sentir em um substituto para D’Alessandro, hoje com 38 anos, e em nenhum momento, as Diretorias e Técnicos que se sucederam esboçaram um plano para termos um jogador à altura para substitui-lo em sua ausência, isto ficou evidenciado e muito no jogo final da Copa do Brasil.
        Saudações Coloradas,
        Ana Cristina

        1. Alô você Ana!
          Captastes a mensagem desse seu amigo. A palavra é paciência. Acompanha a paciência, o planejamento.Prioritariamente, formar ou contratar, sem abrir mão de um ou de outro numa eventualidade.
          Coloradamente,
          Melo

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