42 anos da Lenda

1978 foi um ano bom para o Internacional: a 3ª posição no Brasileirão e a conquista do Gauchão em pleno Olímpico foram importantes, mas o fato mais importante aconteceu em Goiânia no dia 18 de Março. Nem foi um título, nem mesmo um jogo e sim o nascimento de Fernando Lúcio da Costa.

Desde cedo, o guri já gostava de futebol e de sertanejo e por sorte nossa, ele escolheu a bola e não o chapéu (típico dos cantores sertanejos).

Começou no Goiás e mostrava ser um jogador com muitos gols e a idolatria da torcida esmeraldina. Isso fez com que ele fosse pra França e teve um certo destaque. Todavia no país das cores: azul, vermelho e branco; o destino fez com que ele fosse no clube das duas últimas cores em 2004.

Quando ele chegou, o Inter tinha levado um sacode do Botafogo por 5 x 1 e o próximo jogo era Gre-Nal. Como de costume, a imprensa gaúcha pressionou o Inter, essa pressão poderia ser sentida por todos, menos para Fernandão que num cruzamento de Elder Granja, marcou o 2º gol: o milésimo no clássico. O cara foi o destaque da partida, mas esse era só o início.

Ao longo de 2004 e 2005, Fernandão foi o craque da reconstrução colorada em direção ao estrelato. Fez gols importantes e se tornou o capitão daquele time de não só grandes jogadores; e sim, grandes homens.

2006 foi o ano da vida de Fernandão, se ele quisesse ser ídolo, a hora era agora. E entrou de vez no patamar de gigantes vermelhos, junto com os craques dos esquadrões dos anos 1940, 1950 e 1970. O gol contra o São Paulo e a clássica comemoração com os braços abertos, numa maneira de querer abraçar todo o mar vermelho foi histórica e a cena em que sobe no palanque levantando a pesada taça mas ainda. Pesada não só pelo peso, e sim pela determinação e a força daquele elenco naquela competição.

Veio o mundial e já que Fernandão não teve um grande rendimento dentro dos campos, foi essencial fora deles. Aquela preleção contra o Barcelona fez o Inter vencer o gigante os espanhóis, nenhum jogador fez isso numa final de mundial e nem fará, pois Fernandão era diferenciado e único. Levantou a taça mais importante da história do clube e credenciou de vez seu lugar como o maior jogador da história do Sport Club Internacional.

Nos outros 2 anos, foi um pouco abaixo do nível, mas seu lugar no coração colorado (a) já estava marcado. A sua última grande partida foi contra o Juventude, em que foi fundamental na goleada por 8 x 1. Depois foi vendido pelo Al-Gharafa.

2 anos após sua aposentadoria, treinou o Inter por poucos meses e foi demitido de uma maneira desrespeitosa com sua história. Na coletiva de despedida, falou que o clube estava acomodado e essa fala reflete o rendimento do Inter desde então…

Lá no céu, Fernandão está iluminando o colorado para voltar aos dias de glória, como ele fez. Que os jogadores honrem o manto, igual ao que ele fez.

Abraços, Messias Fortes!!!!