Treinadores inesquecíveis

 

Vida de treinador não é fácil, isso todos sabem. Assumir como técnico de um equipe como o Internacional, tem que ter coragem e saber ser líder para ter uma boa passagem. Como qualquer outra equipe, o Inter teve treinadores de todos os tipos: ofensivos, retranqueiros, ofensivos e retranqueiros. Listarei os treinadores mais marcantes que nosso time teve.

Teté

José Francisco Duarte Júnior (TETÉ), O PRIMEIRO DOS GRANDES

Após o avassalador Rolo Compressor dos anos 1940, em que dominamos Porto Alegre e Rio Grande do Sul; os craques desse time saíram. Ao invés de se apegarmos ao passado, o colorado buscou peças importantes para a década seguinte. Os resultados vieram (Inter foi campeão gaúcho de 1950), porém o time poderia jogar um futebol melhor e no ano seguinte, Tetê foi contratado e ficou por longos 6 anos, vendo o clube dominar o estado por esse tempo. Não era um “estrategista”, mas era rigoroso com atletas para irem bem. Queria o melhor deles e conseguiu. Devido ao seu currículo militar, ficou conhecido como o “Marechal da Vitória”, pois foi tetracampeão estadual.

Rubens Minelli

A Holanda de 1974 foi uma das equipes mais fenomenais que o futebol já viu, pois além de ter craques, os jogadores alternavam suas posições, atordoando os adversários (com exceção da Alemanha) e a preparação física era diferente. Todos ficaram impressionados, um desses foi o treinador Rubens Minelli que levou métodos dessa equipe para o colorado. Durante 2 anos, foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976) e tricampeão gaúcho (1974, 1975 e 1976), encantando todos com uma formação inesquecível: Manga; Valdir (Claúdio), Figueroa, Hermínio (Marinho Peres) e Chico Fraga; Caçapava, Falcão e Carpegiani, Valdomiro, Flávio (Dario) e Lula.

Ênio Andrade

O campeonato gaúcho de 1979 foi horroroso para nós colorados, fomos o 3º colocado da competição. Tínhamos elenco, mas faltava um técnico para colocar os jogadores para correr mesmo e veio Ênio Andrade. Com ele, o colorado jogou um futebol que lembrava o time de 1976 e o Inter foi campeão brasileiro invicto com 16 vitórias e 7 empates. A partir daí, os holofotes abriram para ele, que mesmo com passagens no sudeste, foi tricampeão brasileiro pelas equipes do Sul. Teve outras passagens pelo Inter sem o mesmo sucesso.

Muricy Ramalho

No momento que o juiz apitou o final de Paysandu 0 x 2 Inter, o então presidente Fernando Carvalho jurou, que durante o seu mandato levaria o Inter ao estrelato. A reconstrução colorada começou em 2003, quando chegou o paulista Muricy Ramalho e já que a maioria dos jogadores eram da base, o Inter voltou a ser competitivo. Foi bicampeão gaúcho, semifinalista da Sul-Americana e vice do brasileiro (daquele jeito que sabemos). Em 2006, o próximo nome da lista assumiu e o resto é história.

Abel Braga

Abelão já teve outras passagens aqui no Inter (uma delas foi entre 1988 e 1989, que vencemos o melhor Gre-Nal da história), mas não havia conquistado nenhuma taça e foi mal visto quando chegou em 2006. Só que Abel calou a boca de todos, com uma equipe segura defensivamente e letal ofensivamente, o Inter conquistou a Libertadores pela 1º vez. No Brasileirão, o Inter foi 2º e se não conquistasse a Liberta, teríamos chances de ganhar o nacional. No Mundial, ganhamos e Abel Braga mostrou ser vidente na final. Teve outras 2 passagens e diferentes das anteriores a 2006, essas foram vitoriosas sendo bicampeão gaúcho.

Abraços Messias Fortes!!

5 thoughts on “Treinadores inesquecíveis

  1. Olá Melo. Fiquei em dúvida entre o Muricy e o Daltro, mas num “unidunite” escolhi o Muricy. Legal a história do Teté, e concordo contigo, o Minelli foi o melhor treinador que tivemos e acho difícil alguém bater ele. Bela análise do time 1975/1976.
    Abraços!!

  2. Olá Messias, creio que os títulos mais relevantes, foram conquistados pelo Abel, Minelle nos tirou do ambiente puramente regional e mostrou a pujança do futebol do Sul. Enio Andrade nos levou ap terceiro titulo brasileiro e invicto, acho que sera muito improvavel alguém repetir a façanha. Mas na pior década, por mim vivenciada, o trabalho do Muricy tem uma importância enorme, devolveu a grandeza ao Clube, depois de um período de uma seca terrível e pavimentou o caminho apra conquistas a nível Internacional. Abraço.

  3. Messias, admiro muito o Muricy Ramalho, acho um excelente treinador e líder, mas o Rubens Minelli, apesar de eu não ter visto o time de 70 jogar, considero o mais importante no contexto geral, pois ele mudou os paradigmas do futebol brasileiro da época, por esse motivo e claro, devido ao nosso excelente elenco da época, uma mescla da base com contratações, fez do Inter dos anos 70, um dos maiores times da história do futebol mundial.

  4. Alô você Messias!
    Gostei da Seleção, embora, a meu juízo esteja faltando a figura de Daltro Menezes, o formador da base de equipe que foi o tá campeã.
    Sou contemporâneo de todos esses treinadores do INTER, o primeiro, Teté me apanhou ainda de fraldas. “Seu Enio é o preferido dos jogadores, Murici teve a seu favor a montagem de um time que auto-confiante entregou a Abel Braga uma boa base e esse (Abel) tornou-se o treinador mais vitorioso da história Colorada. No meu entender Rubens Minelli, foi o melhor de todos. Ele surpreendeu o Brasil jogando à Holandesa onde o que eu mais gostava era que não sofríamos, via de regra o gol saia nos primeiros minutos do jogo. Um time pragmático, tático estratégico.
    Coloradamente
    Melo

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