Chega quinta-feira, mas não chega quarta.

Como sempre se tratou nos pagos, GRENAL é GRENAL e esse, pela particularidade de ser na Libertadores da América e depois de tantos reveses, tem uma importância maior ainda. Não pode ser encarado como de “vida ou morte”, mas com toda a seriedade que um clássico merece. A Direção, a Comissão Técnica e os jogadores, com certeza, tem consciência da importância desse jogo e devem estar prontos para buscar um grande resultado. Ter sucesso ou não, dependerá muito da superação de todas as dificuldades que se apresentarem. Quanto as dificuldades do jogo, o treinador Colorado, assim como todos os jogadores, conhecem bem as características do adversário (estratégia de jogo e qualidade do time), apesar de todas as perdas devido aos tristes acontecimento proporcionado entre eles no último jogo.

Sem ter a ousadia de querer escalar um time de futebol, quanto mais do nosso Internacional, pois não tenho o mínimo conhecimento para isso, mas é da responsabilidade, principalmente nesse jogo, do treinador Colorado escalar o que de melhor tem no plantel e busque as melhores opções para fazer as substituições. Aqueles que acreditam que as críticas construtivas quanto as escalações e substituições visam “queimar” um treinador, desculpem, se trata de muita ingenuidade. O que mantém um treinador é a execução e os resultados de seu projeto e plano de trabalho. Torcedor, só opina sobre o que enxerga nos jogos, não conhece os meandros do clube e não possui as mínimas condições de avaliar um trabalho de um profissional e, muito menos, colocar ou tirar um treinador. A opinião de uma parte pequena da torcida pode até exercer alguma pressão, mas só a covardia pode explicar uma decisão de demissão injusta de um treinador que esteja fazendo um bom trabalho, mesmo que os resultados, momentaneamente não mostrem isso.

Sendo bem claro, essa estratégia de efetuar grandes mudanças na escalação do time principal, justificando que todos os jogadores do plantel tem qualidades iguais ou muito semelhantes, para mim é um grande erro, pois esse modo equivocado de pensar acaba criando ou gerando previsível instabilidade, insegurança e desentrosamento no time em campo. Na minha opinião, tenho insistido nisso, só o departamento médico ou de fisioterapia pode justificar ausências de jogadores em campo.

Para encerrar, pela idade, tive a felicidade de estar junto ao nosso Internacional nos momentos mais difíceis, mas muito diferentes dos atuais, quando, apesar dos pesares, estamos bem nas duas competições que participamos (Libertadores da América e Campeonato Brasileiro). Se o time do Internacional que entrar em campo com aquele espírito de vencedor, vibrante, exalando união, dando o máximo de si, agressivo, solidário, verdadeiramente competitivo, com certeza, independente do esforço do adversário, ao final, teremos a alegria de uma vitória de “lavar a alma”. Acredito no profissionalismo dos jogadores Colorados procurando somente jogar futebol e rechaçar qualquer tentativa de provocação ou revide de qualquer violência em campo, pois devem entender que se trata apenas de subir mais um degrau.

Aqui em Salvador, na Bahia, nessa terça-feira, como se diz, chega quinta, mas não chega quarta, tal a ansiedade, a esperança e a certeza de um grande resultado nesse GRENAL