As pessoas tem sua parcela de responsabilidade em tudo que fazem e precisam ser inteligentes e humildes o suficiente para reconhecer quando erram. Nesse momento não há como fugir disso, é da responsabilidade da atual gestão corrigir os rumos do clube e, ao atual treinador, apesar de todas as dificuldades (longa parada devido a Pandemia do COVID-19, várias competições, expulsões injustificáveis, ausências por acúmulo de cartões, lesões, negociações e outras causas) reavaliar sua forma de realizar, com sucesso, seu projeto de futebol. Com laranjas não se pode querer fazer uma limonada, assim como, com um plantel qualificado e diversificado à sua disposição, desejar montar um time ideal, formado por jogadores que possuem as qualidades conforme suas convicções ou aspirações e, principalmente, por não estarem disponíveis ou com qualidades diferentes das desejadas. Com a certeza, por ser um bom treinador e com a experiência que possui, saberá aproveitar, ao máximo, as qualidade dos excelentes e bons jogadores que existem no plantel Colorado, identificando o que não está acontecendo como planejado e voltar a ter em mãos um time competitivo e vencedor.
Continuo acreditando que a teimosia, as convicções veladas sobre uma forma de padrão de jogo ou da importância de determinados jogadores, limita e prejudica, em alguns momentos, um bom projeto de trabalho. A identificação das dificuldades e de todas as oportunidades que aparecem em cada jogo, de maneira alguma podem ser desprezadas ou desperdiçadas. Manter a calma, reanalisar, reavaliar e fazer as correções necessárias, são fundamentais, quando as coisas não estão correndo como o esperado. Nessas horas mais difíceis é necessário um pouco de humildade, ouvir mais, manter a serenidade e refletir sobre as críticas e entender que nada está perdido, mas precisa de correções urgentes. Muitas vezes o “encaixe” do grupo pode acontecer de forma diferente do desejado, simplesmente com a utilização de um jogador menos qualificado, mas pronto para a posição, apenas modificando a forma de jogar.
Quando as coisas estavam muito mais difíceis que agora, presenciei várias reuniões de vestiário, onde os jogadores sozinhos conversavam, “lavavam a roupa” e “quebravam o pau”, no bom sentido. Saiam todos do vestiário “fechados” com um objetivo, sem ressentimentos, sem mágoas e mais unidos ainda. Sempre, uma conversa franca, honesta, cria a oportunidade de cada um, livremente, colocar sua opinião (desabafo ou crítica construtiva) e a uma rápida solução, se algo possa estar ocorrendo entre o grupo de jogadores. Nessas reuniões iniciavam com a direção e o treinador, que falavam isoladamente, passavam seus “recados” e depois deixavam o vestiário. Ninguém fora do grupo (direção, treinador e jogadores) tinha conhecimento de detalhes da reunião e ninguém ousava vazar qualquer informação.
É preciso entender, o que move a torcida Colorada são os sonhos e a esperança de conquista de títulos. Por mais que possam haver críticas, estamos muito bem situados nas duas competições que estamos participando, 2º lugar no Campeonato Brasileiro e 1º lugar no grupo da Libertadores da América. É muito cedo para fazer contas e projeções, principalmente aquelas que só servem para tumultuar o ambiente e desmerecer a qualidade do treinador e do grupo de jogadores. A única coisa que realmente nos preocupa, são essas oscilações de desempenho do time Colorado. Temos certeza que nada está totalmente perdido, desde que todos os envolvidos encarem de frente os problemas e busquem com serenidade e sensatez as soluções. Não é hora de divisões, de envolvimento com disputa das próximas eleições ou ficar “chorando as mágoas”. A hora é de pensar só no Internacional, antes que a insensatez e a falta de bom senso leve o Clube a “escorregar ladeira abaixo”. Convenhamos, nossa torcida não merece tanta ilusão, tantas frustrações e tanto sofrimento.
Como toquei em eleições, gostaria de colocar algumas observações. Aquelas antigas “lideranças” empresariais (os “donos das empresas e da verdade”) não existem mais. Hoje o que prepondera são gestões multidisciplinares, ágeis e inteligentes. Hoje, o “dono” define a diretriz, acompanha a evolução e cobra, com respeito e firmeza, os objetivos do projeto da empresa, metas, resultados e ações do grupo executor. A correta e sadia cobrança, é a mola propulsora de engajamento e de motivação à busca dos objetivos definidos, pois, afinal, cada um tem suas responsabilidades bem definidas na estrutura do clube e deve satisfações sobre os resultados de seu trabalho. Não consigo ver isso no nosso Internacional.
A maior crítica que tenho é sobre a forma de escolhas para a gestão do clube, quando se limita a reunião de um grupo de amigos e não de um projeto para o clube e de um grupo capaz e qualificado para gestão. Hoje em dia, não cabe mais amadorismo na gestão de um pequeno clube, muito menos em um grande. Está na hora de colocar gente que não se deixe levar só pelo sentimento, pelas emoções ou outros interesses. É preciso gente qualificada, profissional ou não, mas que haja profissionalmente e que faça um trabalho mais ambicioso e que traga melhores resultados. Muitas vezes fico com pena, quando vejo críticas às pessoas que se propõe a conduzir o clube, não ao seu trabalho e resultados, mas, “quem vai a chuva está sujeito a se molhar”. Que fique bem claro, me toca a amargura dos dirigentes, mas para o bem do clube e de todo a estrutura, são os únicos que não podem demonstrar fraqueza, discordâncias públicas ou desunião nos momentos difíceis. Devem deixar que as desavenças pessoais ou de gestão fiquem em quatro paredes e as lágrimas escorram debaixo do chuveiro. É preciso que fiquem serenos, busquem as correções e deixem transparecer otimismo à torcida.
Para encerar, um apelo, a hora de união de todos, pois as dificuldades são muitas e os “inimigos” estão fora do Beira-Rio e do nosso Internacional. Temos uma semana com jogos muito importantes, onde bons resultados podem “acalmar os ânimos” e “apagar esse fogo” de desunião e descrença que querem alimentar em nosso clube. Espero que todos reflitam sobre a responsabilidade e importância de cada um de nós para a união e o sucesso do Internacional. Acredito que criticar construtivamente sempre ajudará o crescimento do nosso Internacional, mas não se deixem levar por “lobos com pele de cordeiro”, intrigas e notícias falsas (fakes news).
Grande Paupério,
É impossível pensar em Inter sem que haja união, visto que, nossa fundação surgiu do entrelaçamento entre o S, o C e o I. Apesar do conflito de interesses que permeiam os gestores do clube, acredito que o amor e a paixão prevaleçam neste incêndio da fogueira das vaidades.
Concordo, plenamente, que deveríamos ter uma administração profissional, mas para isto acontecer, deveríamos ter este registro no regimento interno do clube, assim seria uma exigência legal. Enquanto isto, resta-nos torcer e orar para que o bom senso prevaleça no âmbito da gestão.
Vamo Vamo Inter
Cláudia, não precisa ser profissionais, mas gestores que hajam como. Hoje, existem Colorados que são excelentes gestores e o nosso Internacional deveria abrir espaço para que eles possam participar nos destinos do clube. Não precisa ser em cargos diretas de gestão, mas um conselho de Colorados que, além de suas atividades profissionais, possam participar de um grande projeto, tanto na elaboração, como no acompanhamento. Rezar é bom sempre, para mim, mas em nosso caso, além da fé, é preciso competência.
Grande Paupério,
É impossível pensar em Inter sem que haja união, visto que, nossa fundação surgiu do entrelaçamento entre o S, o C e o I. Apesar do conflito de interesses que permeiam os gestores do clube, acredito que o amor e a paixão prevaleçam neste incêndio da fogueira das vaidades.
Concordo, plenamente, que deveríamos ter uma administração profissional, mas para isto acontecer, deveríamos ter este registro no regimento interno do clube, assim seria uma exigência legal. Enquanto isto, resta-nos torcer e orar para que o bom senso prevaleça no âmbito da gestão.
Vamo Vamo Interrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
Amigo Pauperio. Cresci com a máxima, de que o Exemplo vem de cima. E este exemplo arrasta a razão. Pois bem, o nosso Presidente não é atuante, queria que ele fosse a metade do Romildo Bolzan. Você como primeiro mandatário, tem que exigir e cobrar dos demais, mas para isso tem que dar o exemplo. O que fizeram com o D’Ale, no dia que o cara completa 500 jogos pelo Clube, um cara que nos mostrou o que é ser apaixonado pelo Inter, um exemplo de jogador, além de ser um craque. O que tinha que fazer o Presidente, chamar o Sr Coudet, que é funcionário do Clube e dizer” o D’Ale sai jogando pois hoje é um dia que ele comemora 500 jogos e é um GRENAL, clássico que ele ajudou a vencer e vamos homenagea-lo antes de comecar o jogo ” .Isso foi feito, não. Acha que repercutiu negativamente entre o grupo, claro que sim. Portanto, no meu ponto de vista o problema ou os problemas começam aí
Abraço
Sinceramente, se não fosse você que colocasse esse comentário, dificilmente eu acreditaria na veracidade do texto. Simplesmente inacreditável, pois D´Alessandro por tudo que já fez no Internacional, merecia não uma só homenagem, mas muito mais. Você coloca muito bem, o presidente hoje deve ser um líder, agir de forma exemplar e criar pontes e elos, tudo em função de um objetivo e responsabilidades divididas. Mesmo longe de Porto Alegre, em diversas situações que vem à minha memória, nunca a gestão respondeu como eu esperava, com altivez e coragem, mais de acordo com a história, grandeza e tradição de nosso Internacional. Essa timidez não me agrada, pois o mundo do futebol não é diferente de como a gente aprende dentro de casa, respeito a gente merece, conquista naturalmente ou exige.