Prezado(a)s Colorado(a)s,
Fui dormir tarde nesta quarta-feira à noite (por volta de 23h33min), mas mesmo assim consegui acordar bem disposto por volta de 07h49min nesta quinta-feira nublada (temperatura por volta de 10 graus Celsius) para trabalhar aqui de casa e também para acompanhar ao vivo pela Internet a nossa partida contra a fortíssima equipe do Boca Juniors (ARGENTINA) pelas oitavas-de-final da Taça Libertadores da América 2020 no estádio Gigante da Beira-Rio. Como eu pessoalmente não tinha nenhuma esperança de que poderíamos ganhar a partida devido ao péssimo momento pelo qual o nosso amado clube e consequentemente o time está passando (praticamente em “queda livre”), a minha única expectativa era para conseguir ao menos um empate em 0 x 0 e talvez, com um pouco de sorte conseguir um empate com gols no jogo de volta a ser realizado na semana que vem..
Para a minha surpresa começamos a partida pressionando o time adversário. Logo no primeiro minuto conseguimos um escanteio a nosso favor e no rebote o meio-de-campo Colorado Patrick chuta com perigo uma bola à direita da goleira deles. Aos 7 minutos numa jogada bem trabalhada o meio-de-campo Colorado Rodrigo Lindoso chuta na rede deles pelo lado de fora. Aos poucos o time argentino vai se soltando em campo, embora sem levar perigo à nossa meta. Aos 17 minutos o lateral-esquerdo Colorado Uendel cruza com perfeição para a área adversária e o meio-de-campo Colorado Thiago Galhardo cabecea com muito perigo para fora. Aos 25 minutos o atacante Villa quase que entra livre na área Colorada, mas o zagueiro Colorado Rodrigo Moledo consegue interceptar a bola sem cometer falta no atacante argentino. Aos 33 minutos o atacante Tevez cruza e o zagueiro Izquierdoz cabecea por cima da nossa meta. Aos 37 minutos novamente o zagueiro Izquierdoz , numa cobrança de escanteio, cabecea com muito perigo e a bola passa perto da nossa trave direita. Aos 44 minutos o atacante Villa quase que abre o marcador, mas o goleiro Colorado Marcelo Lomba faz uma excelente defesa. Fomos para o intervalo com a sensação de que o “bicho não era tão feio como se esperava” e que talvez conseguíssemos segurar o empate em 0 x 0.
Apesar do campo pesado devido à forte chuva que caiu momentos antes do início da partida, os dois times começaram a segunda etapa também em busca da abertura do placar. Aos 3 minutos o lateral-direito Colorado Heitor entrou livremente na área deles e chuta perigosamente com a bola desviando para escanteio. Aos 12 minutos o lateral-esquerdo Colorado Uendel vai até a linha de fundo deles e cruza na medida para o meio-de-campo Colorado Rodrigo Lindoso perder o gol feito ao cabecear com imperfeição estando completamente livre. Aos 17 minutos o atacante Salvio aproveita uma vacilada da nossa defesa e passa a bola para o atacante Tevez abrir finalmente o placar e homenagear, com muita justiça, o amigo Diego Armando Maradona.. 🙁 Aos 31 minutos quase que o atacante Tevez faz o segundo gol ao chutar com muito perigo por cima da nossa meta. Aos 34 minutos o meio-de-campo Colorado Thiago Galhardo é derrubado quase na frente da área adversária e na cobrança de falta o atacante Colorado Leandro Fernández bate com perfeição e a bola bate na trave direita da goleira deles. Aos 40 minutos o meio-de-campo Colorado Patrick quase empata a partida ao chutar de dentro da área deles para fora. Aos 49 minutos quase que o lateral-direito Buffarini amplia o placar, mas o goleiro Colorado Marcelo Lomba faz outra grande defesa. Como era de se esperar mais uma derrota, menos mal que só foi pelo placar mínimo.. 🙁
Segue abaixo a minha análise sobre o desempenho dos jogadores Colorados em mais uma derrota em pleno estádio Gigante da Beira-Rio.. 🙁
- Marcelo Lomba: não teve culpa no gol sofrido e ainda salvou o time com duas grandes defesas (nota 8)
- Heitor: passou trabalho com o atacante Villa, mas teve iniciativa no apoio (nota 6)
- Rodrigo Moledo: fez a sua melhor partida desde que a nova Comissão Técnica Colorada assumiu, apesar de não conseguir evitar a derrota (nota 7)
- Zé Gabriel: até que fez um primeiro tempo razoável, mas aí no segundo tempo cometeu um vacilo que resultou no gol do time argentino.. 🙁 (nota 4)
- Uendel: estava fazendo uma partida muito boa até se tornar o co-responsável pelo lance que resultou no gol deles.. 🙁 (nota 4)
- Rodrigo Dourado: jogou muito bem com bastante garra e determinação à frente da área Colorada (nota 6)
- Rodrigo Lindoso: não comprometeu, mas perdeu um gol feito completamente livre na área deles (nota 5)
- D’Alessandro: fez um bom primeiro tempo tentando criar jogadas para o ataque Colorado, não deveria ter saído no intervalo (nota 6)
- Patrick: é talvez o único jogador Colorado no momento que não tem medo de tentar o drible em busca do gol (nota 6)
- Thiago Galhardo: já está há vários jogos sem marcar e sem ter uma atuação de destaque, parece isolado à frente do ataque Colorado (nota 5)
- Yuri Alberto: foi bastante esforçado, mas também sem nenhuma efetividade (nota 5)
- Maurício: entrou no lugar do meio-de-campo Colorado D’Alessandro no intervalo e tentou dar uma contribuição ao ataque, mas não obteve sucesso (nota 5)
- Leandro Fernández: entrou no lugar do atacante Colorado Yuri Alberto aos 24 minutos da segunda etapa com muita disposição e quase empatou a partida ao acertar uma cobrança de falta na trave direita da goleira do time argentino (nota 6)
- Nonato: entrou no lugar do meio-de-campo Colorado Rodrigo Lindoso aos 35 minutos da segunda etapa para qualificar o passe no meio-de-campo Colorado (nota 6)
Menos mal que eu já estava “vacinado” contra mais uma derrota do nosso time, ainda mais sendo contra a fortíssima equipe do Boca Juniors (ARGENTINA). Mas mesmo assim é muito deprimente em ver o nosso clube ser derrotado em pleno estádio Gigante da Beira-Rio pela terceira vez consecutiva! 🙁 🙁 🙁
Para piorar as coisas agora temos que jogar contra o excelente time do Atlético-MG lá na bela cidade de Belo Horizonte pelo Brasileirão 2020. Espero que o técnico Colorado Abel Braga e seu auxiliar técnico Colorado Leomir consigam arrumar e posicionar a equipe numa retranca perfeita com “sete cadeados vermelhos” para que possamos obter ao menos um empate que, considerando as circunstâncias atuais, é sinônimo de vitória! Ou seja, mais uma vez OREMOS!
Até mais!
Saudações Coloradas da Terra do Sol Nascente,
Wilson Pardi Junior
Cônsul do Sport Club Internacional no Japão
ADILSON MIRANDA !
Em toda sua história, o SPORT CLUB INTERNACIONAL, deve ter tido algumas centenas de jogadores de futebol profissional, sendo que se colocarmos as demais categorias, chegaremos aos milhbares.
Alguns se destacaram pelta eternindade, como CARLITOS, TESOURINHA, CAÇAPAVA, PAULO ROBERTO FALCAO e FERNANDAO, nao esquecendo Flávio Minuano e MANGA !
Outros se destacaram de formas diferentes, entre eles Mahicon José Librelato da Silva que nos deixou logo após uma partida inesquecivel contra o Paissandu pelo Brasiileirao de 2002, onde ele foi protagonista, nos livrando da Segunda Divisão.
Ah ! e tem Adilson Miranda !
Naquela época, ser capa da revista Placar, significava sucesso imediato, ou apenas a constatação do sucesso, e no dia 08 de Dezembro de 1978, Adilson Miranda foi capa de Placar, pois tratava-se de um excelente centroavante e goleador colorado. que prenunciava o TRI CAMPEONATO BRASILEIRO INVICTO de 1979, e que por designos do destino no ano seguinte, aos 30 anos de idade, deixou este mundo, certamente com uma vida inteira pela frente , também em acidente automobilistico e também no ESTADO DE SANTA CATARINA !
Vida que segue !
Lembranças que marcam nossas vidas de torcedores do SPORT CLUB INTERNACIONAL !
BOCA JUNIORS 1 X 0 TIME MEIA BOCA !
Lamentável. A cada partida mais um somatório de desiluzoes ! Magoas ! Descrédito !
Na verdade, foi um ano de “mentiras”, começando por um treinador argentino que nos trapaceou, enfim, a cada partida mais sofrimento, angustias. Mas, nao ” esta morto quem peleia”, para mim, a expectativa de chegar entre os seis primeiros no CAMPEONATO NACIONAL. E que os azulinos nada ganhem. O ano acabou ! E esta eleiçao veio para acabar com a unidade do Clube. Virou uma colcha de retalhos ! Para mim, Adeus 2020 !
Alô você WPJ!
Mais uma vez teu relato sobre o jogo é extremamente fiel, verdadeiro. Eu vi o time melhor resolvido e mais determinado quando se compara com os últimos jogos. Ontem por exemplo, especialmente no primeiro tempo quando D’Ale reinava absoluto , o INTER me surprreendeu positivamente o que evidentemente é diferente de ser brilhante. A determinação podia ser vista em cada disputa de bola por “quase todos” os jogadores. Onde estava o defeito? Faltou o penúltimo passe, e com isso faltou o arremate, faltou cobertura para os avanços do Heitor e isso fez com que várias situações de contra-ataques fossem criadas e passássemos alguns apertos, faltou determinação para definição de lance nas proximidades da área e dar um BICO, exatamente como Moledo fez em várias situações durante algumas situações durante a partida e no lance do gol nem Dourado, nem Uendel, nem o jovem Zé Gabriel, copiaram o Moledão. Aviso aos navegantes! Não acabou, tem mais. Coloradamente, Melo
O Inter e a cebola de Ibsen
Prezado Wilson, na postagem anterior eu disse que o Inter, contra o Boca, precisava, antes de tudo, ter atitude, jogar com garra e determinação, igualando nesses aspectos o time argentino. O Inter até fez essa parte, cumpriu seu papel. Mas, ao fim e ao cabo, acabou vitimado, mais uma vez, pela sua já constante deficiência, tanto de esquema tático, quanto de qualidade de seus jogadores. Isso me fez lembrar da metáfora usada pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, na peça Peer Gynt, ao comparar a vida do ser humano com o ato de descascar uma cebola, onde as camadas de cascas vão sendo removidas, uma por uma, apresentando-se cada vez menores, até que resta o vazio, ou seja, não há caroço, nem miolo, pois a cebola consiste apenas em sobreposição de cascas sobre cascas, sem apresentar essência. Pois assim é que ontem vislumbrei o nosso amado Inter, onde há camadas de defesa, de meio de campo e de ataque, que são apenas camadas sobrepostas, sem essência nenhuma. Vendo-se o jogo, contra o Boca, na camada da defesa, o zagueiro e o lateral se atrapalham, um deixa para o outro e o outro deixa para o um, e ambos não vão na bola. Aí, o atacante adversário tem toda a liberdade de avançar e cruzar para Teves na área, que tem apenas o trabalho de deslocar o goleiro e fazer o gol. Na camada de meio de campo não há proteção aos zagueiros ou aos laterais. Ontem se viu o jogador do time argentino avançar constantemente e ameaçando o Inter, explorando os espaços deixados pelas subidas do Heitor, que não tinham a proteção do Lindoso. Da mesma forma a camada da meia cancha não tem solidez para fazer a transição rápida entre defesa e o municiamento do ataque. E por último, a camada dos atacantes se sente órfã, ficando desabastecida e à mercê dos zagueiros adversários. Concluindo, o Inter não tem essência de um time, sendo uma aparência de equipe, formada por apenas e cada vez menores camadas sobrepostas.
Abraços