Inter e o jogo de Posição!

No futebol, a moda é ditada pelos treinadores vencedores. E atualmente, muito fala-se em “Juego de Ubicación”, ou melhor, “Jogo de Posição”. São inúmeras lives, conversas, e até aulas abrangendo informações acerca do futebol das equipes de Guardiola. No entanto, o Jogo de Posição não é uma novidade. Ele já existia em 1954, e desde então, vem sofrendo algumas mudanças.

Mas calma! Para você que nunca ouviu este termo, não se assuste. Deixe-me falar um pouco sobre esta cultura de jogo.

O Jogo de Posição ressalta a relação entre os jogadores da mesma equipe (cooperação) e jogadores da equipe adversária (oposição). Sendo expressa por quem ocupa a largura (amplitude) e o comprimento (profundidade) do campo, a fim de criar diferentes superioridades no jogo.

Assim sendo, partindo dessa premissa, a todo momento deve ter um jogador que cubra cada posição, como Marti Perarnau colocou no livro Guardiola Confidencial. Mas lembre-se, os atletas não são estáticos, como uma mesa de pebolim. Eles podem se mover, desde que atuem com responsabilidade.
A manutenção da posse de bola é muito importante no Jogo de Posição.

Desse modo, trata-se de uma ferramenta para tentar alterar a estrutura da equipe adversária, e consequentemente, gerar espaços prestes a explorá-los. Em suma, praticar o Jogo de Posição não é sinônimo de vitória, tampouco a maneira correta ou errada para se chegar ao sucesso. É apenas uma cultura, perante a qual determinará a sua forma de jogar. Afinal, quaisquer ideias bem executadas aumentam a probabilidade do treinador vencer. Seja ele adepto ao Jogo de Posição, ou não.

Ainda no período de testes do técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez, o Inter venceu o Brasil de Pelotas por 2 a 1, na noite deste sábado, no estádio Bento Freitas, pelo Gauchão 2021. Com o resultado, o Colorado chegou a quarta vitória consecutiva, segue na liderança do estadual – com 16 pontos – e não pode mais ser ultrapassado no final desta 7ª rodada.

Repleto de mudanças na escalação, a equipe de Ramírez saiu na frente logo aos dois minutos em Pelotas, com Abel Hernández, mas viu o Xavante empatar aos 17 – de pênalti, com Bruno Paraíba – e pressionar pela virada em uma primeira etapa movimentada. Após o intervalo, os donos da casa até criaram chances nos primeiros minutos, mas não aproveitaram. Aos poucos, o Colorado soube retomar o controle da partida com os acréscimos de Patrick e Caio Vidal no time. Aos 23, Rodrigo Dourado aproveitou cruzamento para tirar a igualdade do placar. A equipe colorada ainda está longe de atingir o êxito preterido pelo seu comandante.

A principal carência é no meio campo. O Inter apresentou um problema que ainda não tinha com Ramírez: a falta de encaixe ofensivo. Com extremas, centrais e laterais sem produzir as “superioridades” que o treinador prega em seu estilo de jogo, o Colorado viveu de cruzamentos e chutes de fora da área. Rodrigo Dourado foi o destaque, controlando bem seu setor e impecável na saída de bola.

Outro ponto positivo foi a dupla de zaga formada por Cuesta e Lucas Ribeiro, destaque para o zagueiro argentino que em alguns momentos apareceu como armador na saída de bola. MAR irá continuar com os testes. O Inter volta a campo na quarta-feira, para pegar o São José, no Beira-Rio.

4 thoughts on “Inter e o jogo de Posição!

  1. Alô Você Adriano!
    Ler tua matéria sempre é muito agradável. Nós faz lembrar algumas coisas e a aprender outras tantas. Por não termos o mínimo de orientação tática ou mesmo de estratégia nós quedávamos ante as manobras impostas pelo WM ou mesmo pela revolução mostrada ao mundo pelo major Ferenc Puskas e sua revolucionária seleção Magiar em 1954. Só quebramos esses sucessos seguidos quando minimamente organizamos uma seleção em 1958 quando nosso maior ponto de apoio era a individualidade. Não somos mais esse celeiro e põe cita disso as estratégias e táticas são profundamente estudadas e voltam a🤣 ser determinantes para o sucesso. 9 M.A.R está a procura disso? Me parece que sim, mas o caminho é longo. Por enquanto vamos nas individualidades onde a meu ver desponta Dourado, e de onde parece surgir um promissor zagueiro: Lucas Ribeiro
    Diretamente de Natal, RN
    Coloradamente,
    Melo

  2. Olá Adriano, muda o linguajar’ as expressões de midia e dos profissionais da bola, mas a verdade é uma só, o que define o sucesso ou fracasso de um Clube é um elenco de qualidade do técnico de esclher o jogador certo para cada posição. Estamos quase no primeiro classico da temporads 21 e ao que vejo de concreto é que foi desmontado um tripe de meio campo que nis levou a vice do Brasileirão, o time tem sofrido contra ataques em todos os jogos, se os adversarios fossem de nivel medio já teriamos sofrido algumas derrotas. Espero que se chegue a uma conclusão rápido para evitar um mal maior, libertadores esta ai chegando, abraço.

  3. Ansioso pelo próximo jogo, visto o rodízio é difícil de interpretar o que o técnico idealiza como equipe ideal, inclusive por estar insistindo em alguns nomes já manjados pelos colorados. Enfim, vamos torcer que tudo dê certo.

  4. Olá Adriano

    Muito oportuna essa sua ideia de nos esclarecer acerca do jogo de posição. Gostemos ou não, é um recurso de trabalho do nosso atual comandante, o Sr. Miguel Ángel Ramirez Medina.

    Sobre o jogo de ontem, na quarta vitória do Inter de Ramirez, seguindo um padrão de não repetição da equipe, todos os atletas do elenco recebendo oportunidades, com uma nova filosofia de jogo e um time muito mexido há o natural desentrosamento. Que virá, acredito, com a fixação futura de um time base e a melhor assimilação do jogo posicionado.

    Notei uma mudança no comportamento dos nossos dois últimos adversários que enfrentamos:

    – O Caxias no Beira-Rio frequentemente subia a marcação. Então com a participação ativa do goleiro e tabelas atrás várias vezes ultrapassamos essa primeira linha de marcação e abrimos generosos espaços para atacar o adversário. Embora o Caxias seja atualmente uma melhor equipe que o Xavante foi para nós um jogo mais fácil.

    – O Brasil, mesmo no Bento Freitas, raramente adiantou a marcação, preferindo recuar todo o time em seu campo. Atraía nossa equipe para o campo deles para ter espaços para o contra-ataque. Que funcionou algumas vezes. Dessa forma reduziram-se bastante os espaços no campo adversário, dificultando muito nossas ações ofensivas.

    Boas ações do jogo de ontem: Cuesta, Dourado, Maurício, Caio Vidal, Praxedes, Yuri Alberto.

    Regulares atuações; Lomba, Lucas Ribeiro, Léo, Edenílson, Abel.

    Irregulares atuações: Rodiney, Marcos Guilherme, Peglow e Nonato não conseguem deslanchar, Patrick.

    Era o que tínhamos para o momento!

    Abraço!

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