Por Adriano Garcia – El Mago
Lamber as feridas não é fácil. Sejam nossas ou alheias.
Se for de alguém querido, fica ainda mais difícil. E se for o time do coração é ainda pior. Tem dores que gostaríamos que não fossem nossas, ver quem se ama sangrar é pior do que quando o machucado é nosso. Aceitar é só o primeiro passo do processo de cura. Ficar repetindo feito um robô catatônico que “não aconteceu nada” e “está tudo bem” revela apenas que ainda estamos na fase da negação. Fugir da dor não a diminui. Negar a necessidade de ajuda só agrava a condição da ferida. Só quando chegamos no momento do choro e nos damos ao direito de gritar e espernear começamos a melhorar… é um verdadeiro alívio botar tudo para fora. Dor não tem idade, ela desrespeita classe social, nível cultural ou experiência de vida. Quando chega, põe qualquer um abaixo sem se fazer de rogada. Agora imagina quando a dor é os anos sem títulos e batendo na trave muitas vezes, e ainda, e as vitórias que não chegam em um clássico considerado como final de campeonato e sendo a própria final aí é fogo no chapéu do guarda. Enquanto a ferida arde e o machucado está em carne viva… pouco se pode fazer, além de correr pro nosso porto seguro. Mas aonde é esse porto seguro? No passado com lembranças dos dias felizes, de taças, vitórias e títulos? É nesse instante que se dane a compostura e os “outros”. Os outros, essa maldita instituição sempre a se meter, dar palpite e tolher nossa vida… detesto os outros tão cheio de opiniões e conselhos não solicitados. Tão cheios de suas fórmulas perfeitas. Os outros não sabem como é bom ter tempo, um abraço apertado para se esconder do mundo naquele precioso momento… em que queremos que tudo o mais vá para o inferno. Viva o direito – inalienável – ao destempero e ao descontrole total. Salve cada minuto de loucura e insanidade. Ninguém tem que suportar dor nenhuma estoicamente. Dói sim, e não nego. Ai de quem dizer que não.
Mas o tempo urge e é dinâmico, não há como pará-lo ele vai continuar e seguir. Em física, tempo é a grandeza física diretamente associada ao correto sequenciamento, mediante ordem de ocorrência, dos eventos naturais; estabelecido segundo coincidências simultaneamente espaciais e temporais entre tais eventos e as indicações de um ou mais relógios adequadamente posicionados, sincronizados e atrelados de forma adequada à origem e aos eixos coordenados do referencial para o qual define-se o tempo. No entanto isto não se aplica ao futebol, pois as rupturas as quais estão sendo submetidas o escrete não ocorrem num passar de mágica. Porém como explicar isso ao torcedor que se acostumou a estar sempre como maioral como dono do mundo. E este estado de ser não é sua culpa. Mas a dor dilacera e a mudança abrupta ainda mais. E onde encontrar a fórmula. Estou aqui escrevendo e lembrando que amanhã tem a continuidade do ciclo, tem partida, disputa válida pela libertadores e é preciso vencer e convencer. Este é o importantíssimo momento de lamber a ferida, limpá-la com cuidado e deixar o ar entrar e esperar o tempo agir. Só assim, temos uma chance real de sermos felizes no hoje e no sempre. Porque sabe-se que a vida vai continuar. E o sol vai nascer de novo amanhã. Nos resta descobrir se estaremos inteiros ou não.
Salve. Segundo o Bispo: “nada a perder 3… Qualquer resultado diferente de 9 x 0 para o ” sempre pronto” , nos dará o a primeira colocação. Mas, se olharmos as demais chaves, os melhores adversários ocupam a segunda vaga. Logo, mais importante que a bala que parte, é a bala que chega… Neste caso, segundo classificado será mais responsável do que primeiro…
Alô você Adriano!
Em busca de equilíbrio, em busca de afirmação ou seria reafirmação? Na verdade acertastes na MOSCA quando escreves que a fórmula é facil; ‘VENCER E CONVENCER”, o galho é a execução. E se entendi bem, essa incerteza está com um percentual muito grande, dentro do campo e fora dele CONOSCO INCLUSIVE.
Diretamente da Zona Sul
Coloradamente,
Melo