INTER X BRASIL (PRÉ-greNAL)

A temporada 2025 pode ser longa, mas o Gauchão é curto que nem coice de porco !!!
Inter x Brasil na noite desta última quarta-feira (05/02) foi um daqueles jogos que pode ter classificado um divisor de águas (ou linha de Talvegue, pros milicos do Grupo).
O Eletrocardiograma da Equipe Colorada apresentou altos e baixos, entretanto julgo que o saldo foi positivo, especialmente se comparado com o próprio Inter das últimas partidas.
Sobre o jogo propriamente dito, começamos tomando um susto com a possibilidade de um pênalti que não foi confirmado pelo VAR. No primeiro terço da etapa inicial as ações estavam equilibradas, o Colorado encontrava dificuldade para triangular e mais ainda para infiltrar na zaga adversária.
Em situações como esta, em que os times do interior vêm jogar fechado, uma das alternativas é a jogada pessoal, o talento individual, o “partir pra dentro”, o que também estamos carecendo em profusão. Quem mais tem se aproximado deste ideal é o meia-atacante Carbonero e, mais timidamente, Vitinho.
Por falar em Carbonero, qualifico como o melhor em campo, sem que isto signifique uma atuação exuberante, mas por ser destemido, aguerrido e sem medo de propor a jogada mais objetiva, sem olvidar do coletivo.
Uma das grandes características do time comandado por Roger no final do ano passado, que foi a pressão na saída de bola e a retomada rápida para então agredir o oponente, não tem se repetido com a mesma eficiência.
Não obstante, o gol inaugural saiu no último lance do primeiro, já nos acréscimos, quando Rogel marcou, cabeceando com estilo, tirando do goleiro do Brasil. Rogel me parece um zagueiro interessante. Longe de ser brilhante, joga simples, firme e não inventa o que não sabe.
O segundo tempo começou com intensidade, com um gol de Vitinho, entre o terceiro e o quarto minuto, tendo o Inter voltado do vestiário mais agressivo e disposto a um jogo propositivo.
A propósito de Vitinho, confirmando o que falávamos outro dia sobre a ausência de chutes a meia distância (longa nem pensar), contrariando a praxe do time, o ponta chutou da entrada da área e marcou um gol, numa bola sem muita velocidade, mas bem colocada.
Se teve êxito por talento ou sorte, não sabemos, mas o certo é que precisamos chutar mais à meta do time adversário, especialmente nos jogos do Gauchão, pois esta é uma das maneiras de furar o bloqueio que comumente impõem.
Nossa zaga ainda não está consolidada. Falhou em alguns momentos cruciais, nos quais seríamos vazados se o ataque do visitante tivesse mais qualificação. A bola aérea continua sendo uma preocupação que merece mais atenção do treinador, especialmente quanto ao posicionamento.
Dezenove minutos da etapa complementar, gol de Enner Valência após uma transição rápida e bem trabalhada pela esquerda, demonstrando sim um melhor funcionamento da engrenagem, ocasião em que lembrei das palavras do Mestre Melo, quando diz que não lhe agrada “quando um time começa a mil” e que prefere a evolução “jogo-a-jogo”.
Oxalá tenha razão, sem esquecer que se trata de um certame de tiro curto !!!
Após o terceiro gol, o Colorado dos Pampas passou a administrar a partida e poupar alguns dos seus melhores jogadores para o greNAL, no que procedeu bem.
Como é véspera de Clássico, a comparação seria inevitável entre a atuação dos dois times, não fosse o grêmio ter tomado 2X0 do Juventude no Jaconi, já com a “desculpa pronta”, no sentido de que jogou com um time alternativo.
Superado o último compromisso antes do grande jogo, agora tudo é greNAL e espero que o D’Alessandro faça um grande trabalho nos bastidores, incendiando o vestiário e demonstrando a grandeza do INTERNACIONAL, o peso que tem esta camisa e a importância de ganhar esta Copa do Mundo que é o Gauchão 2025 !!!
Inter, estaremos contigo !!!
Aristides França (Tide, pros amigos)