Estratégia

Não era nenhuma surpresa de seria um jogo muito difícil, dois times da última prateleira do Campeonato Brasileiro, dois técnicos cogitados, ao menos na mídia nacional, para assumirem o cargo deixado vago na CBF pela demissão do Dorival Junior.
Foi um primeiro tempo de muita luta, jogadas duras de ambos os lados, tangenciando a deslealdade e parecendo ser a maior preocupação não tomar gols, isso vale para ambos os lados, muito embora alguns lances de preciosismo do Bernabei e Tabata proporcionassem alguns momentos de alta tensão no sistema defensivo do Internacional.
Sendo que aos 8 minutos Vitor Roque deu o único chute que levou perigo ao gol do Internacional que Anthoni defendeu, por sua vez o Internacional não perturbou o ótimo goleiro Wevrton do Palmeiras que foi um assistente privilegiado da partida, muito embora o jogo tenha sido muito disputado e tenso devido a feroz disputa pela bola dos dois times e assim terminou o primeiro tempo.
Após a ida ao vestiário, muita água com e sem bolinha, suplementos e conversas o Roger Machado conseguiu aditivar a rapaziada e aos seis segundo deu para perceber que o ritmo seria outro, Valencia recebeu na cara do gol e chutou mascado.
Aos quatro minutos uma ótima chance em uma falta que Alan Patrick acertou a barreira, até então o Inter já estava mais ofensivo que em todo primeiro tempo.
Mas seguindo as velhas leis básicas do futebol, quem não faz leva, e num lançamento do Gustavo Gomes para Richard Rios, duas vezes maior, tomou a frente do Bernabei, o encarregado da cobertura, deve ter um, pois como bem todos nós sabemos o bom lateral do Inter não tem na marcação o seu forte, não estava a postos, então ao cruzar para o meio da área Facundo Torres, na cara do gol fuzilou nosso arqueiro, fazendo o um a zero que selaria nossa derrota.
Aos 28 minutos, mais uma vez Valencia quase empatou, obrigando ao goleiro fazer uma grande defesa, nos acréscimos mais uma vez Valencia teve a terceira chance, e num grande jogo, três oportunidades não transformadas em gol nos levaram a uma derrota em que não se tem muito a lamentar, muito embora não faltou empenho e não dá para dizer que jogamos mal.
Sai Aguirre entra Diego Rosa, tive boa impressão dos poucos minutos em campo, parece que tem intimidade com a bola.
Sai Vitinho, entra Borré, algo deve ser melhorado, pois para mim o time não joga para os dois centroavantes, quando os dois estão juntos pior ainda, e sabidamente são jogadores de Seleções tem que produzirem mais, não falta emprenho de nenhum.
Sai Bruno Henrique, entra Ronaldo, isso deixa claro que Tiago Maia está queimado, após sua transferência não ter se confirmado, pois ele é muito mais jogador que Ronaldo.
Sai Bruno Tabata, que mesmo tendo insistido em algumas jogadas de calcanhar, não estava mal, entra Gabriel Carvalho que como sabemos só fará bem as combalidas finanças do Clube.
Examinando as estatísticas do jogo o que mais chama atenção são as 8 conclusões do Palmeiras, contra 1 do Internacional, continua faltando verticalidade ao time, são trocados uma enormidade de passes laterais que tornam quase impossível encaixar um contra ataque ou ao menos surpreender o adversário, ainda mais com a qualidade do Palmeiras.
Indo para a finalização, abordo o título da matéria, estratégia, faz muito tempo que pergunto quem determina isso no Internacional?  Alguém precisa entender que o jogo que não podíamos perder pontos era contra o Fortaleza, lá deveria estar a força máxima, contra Palmeiras, Flamengo etc… é briga de cachorro grande, qualquer resultado é possível assimilar.
Espero que saibam aceitar a perda da invencibilidade e a partir de amanhã foco total no grenal, para voltarmos aos trilhos no brasileirão, para mim a competição mais importante e mais difícil do ano.
Um abraço colorado.

10 thoughts on “Estratégia

  1. Salve Roldan! Comungamos da mesma missa. Entretanto, “leite derramado”. Que sirva de exemplo “nossas façanhas”. Neste momento, só falta agora ” a vaca ir para o brejo” . Próxima rodada, a quinta, por mim a primeira do ano mais esperada. Espero que os dois melhores ponteiros do Rio Grande do Sul, por coincidência do único clube OCTA Campeão Gaucho estejam aptos pelo Departamento Médico a adentrarem o gramado da OAS e nos brindarem com uma vitória, de forma a confirmar que estes últimos equívocos estratégicos, também fazem parte da nossa História. Nada está perdido. O campeonato é longo. Surpresas acontecerão. E serve para todos.

    1. Olá Jaldemir, concordo que nada está perdido, porém é bom não deixar Palmeiras, Flamengo e outros quetais, dispararem para não virar heroísmo já na arrancada da competição.
      Abraço.

  2. Prezado Colorado Arioldo Roldan,

    Muito interessantes as tuas ótimas observações sobre a nossa primeira derrota no Brasileirão 2025, principalmente as seguintes onde gostaria de adicionar:

    “…tomou a frente do Bernabei, o encarregado da cobertura, deve ter um, pois como bem todos nós sabemos o bom lateral do Inter não tem na marcação o seu forte, não estava a postos, então ao cruzar para o meio da área Facundo Torres, na cara do gol fuzilou nosso arqueiro,…”

    E se tu e os demais notarem com atenção, mais uma vez nossos defensores Colorados na área ficaram “marcando (vendo) a bola” ao invés de marcar o atacante palmeirense.. 🙁

    “…continua faltando verticalidade ao time, são trocados uma enormidade de passes laterais que tornam quase impossível encaixar um contra ataque ou ao menos surpreender o adversário, …”

    Isso é, na minha humilde opinião, falta de conscientização dos nossos jogadores pois várias vezes hoje deu para perceber que quando um deles recebia um passe mais avançado na lateral do campo, não havia ninguém por perto mais à frente para continuar a jogada em direção ao gol. Que falta fazem os atacantes Wesley e Carbonero..

    “Alguém precisa entender que o jogo que não podíamos perder pontos era contra o Fortaleza, lá deveria estar a força máxima, contra Palmeiras, Flamengo etc… é briga de cachorro grande, qualquer resultado é possível assimilar.”

    Exatamente! São os mesmos três pontos.. Agora com essa derrota em casa temos que buscar duas vitórias fora de casa para recuperar os pontos perdidos hoje no Gigante da Beira-Rio (será que conseguiremos uma delas no gre-NAL 447? 😉 )

    Um abraço e saudações Coloradas da Terra do Sol Nascente,

    Wilson Pardi Junior
    Cônsul do Sport Club Internacional no Japão

    1. Obrigado Wilson, muito interessantes e pertinentes os acréscimos feitos, estamos no início, ainda é tempo para recuperar o terreno perdido.
      Abraço.

  3. Oi Roldan. Em função dos desfalques, os dois que jogam abertos pelos lados, ficamos sem jogada de linha de fundo .
    Mesmo assim, tivemos mais posse de bola, mas não tínhamos jogadas pelos lados o que facilitou a subida dos laterais do Palmeiras. Não entendi pela primeira vez uma substituição do RM, D. Carvalho. Porque não um outro jogador que vinha jogando embora até improvisado, mas com ritmo de jogo. Outro fato decisivo. Richard Rios jogou o tempo todo sem ninguém a marca-lo. Mas perdemos para um time que é candidato, junto com o Flamengo, ao título. Para encerrar, falha grotesca do Bernabei que resultou no gol da vitória. O jogador do Palmeiras que roubou a bola do Bernabei. R. Rios. Abraço

    1. Olá Leandro, é fato que o Bernabei foi batido com certa fatalidade, mas faltou cobertura dos volantes de marcação e do zagueiro, pois o Bernabei é praticamente uma ala e tem uma marcação fraca.
      Vamos atrás para recuperar os pontos perdidos.
      Abraço.

  4. Alô você Roldan! De fato, sentimos muito a falta de verticalidade. Isso basicamente se deu por força da ausência de nossos “abridores de lata” Wesley e Carbonero. Tabata é outro tipo de jogador, é de composição, não é agudo. O conjunto dessa obra nos levou a somente um arremate. Não foi nenhum desastre mas poderia ter sido melhor.
    Diretamente da Cavalhada Porto Alegre RS Coloradamente Melo

    1. Olá Melo, fomos batido por um dos protagonista mais fortes candidatos ao título, pena ter perdido três oportunidades reais de gols, contra tal adversário foi fatal.
      Abraço.

  5. Bom dia Arioldo Roldan e demais Amigos do BAC.
    Bem meus Amigos, conforme escrevi no pré jogo aconteceu o que eu temia, muita posse de bola más sem agredir o gol adversário.
    Após perdermos alguns títulos em virtude de errar gols em demasia, está prática parece estar cravada no Inter.
    Em um jogo como este de ontem, em que o adversário é um dos candidatos ao título, perder gol e inadimissível, e continua ocorrendo.
    Ontem vimos que saiu caro, ter poupado naquele jogo em Fortaleza.
    Um abraço a todos.

    1. Olá Atílio, de fato há tempos a perda dos ditos gols feitos te sido determinante para objetivos não atingidos, ou melhora a maneira de jogar ou vai atrás de um goleador nato.
      Abraço.

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