É impressionante a forma persistente como o poder da mídia destrutiva envolve e manipula uma situação nesse início do século XXI. As ferramentas de Mr. Murdoch que o digam. Apesar de não podermos atribuir toda instabilidade e turbulência do futebol Colorado ao incansável segmento da imprensa, corroído pela inveja aos rubros, como estava não poderia ficar.
Não é a escolha de nomes o fato principal, mas sim o engajamento no projeto, no rumo da senda vitórias. Outrora já se cometeu tanto o pecado da cisão política que respingava no moribundo futebol que o Inter jogava na virada do século. Não há mais espaço para esse tipo de situação numa instituição centenária, vencedora e com mais de 100 mil associados. Divergências políticas sempre irão existir, mas não podemos deixar que a proporção dessas discordâncias influencie e gerencie os rumos das decisões no futebol do clube. Claro que há solidariedade política, comprometimento mútuo de ideias compartilhadas por grande número de conselheiros. O Inter constitui um cenário político desportivo democrático, que diferentemente da política partidária, envolve paixão, comprometimento eterno e participativo dos associados. Mas o choque de ideias entre os dirigentes gerou muitas contradições, especialmente as repercutidas na mídia. O atraso na chegada de reforços, tudo estava girando em torno das divergências entre Presidente e depto de futebol.
Infelizmente, entre a divergência insuperável da Presidência e da Vice-Presidência de Futebol havia um ídolo. Seria precipitado tomar partido e afirmar que faltou respeito a Falcão. Talvez a tolerância ao seu nome no momento da sua contratação, tenha sido o maior equívoco do Presidente. Mas o atraso nas contratações e a repentina mudança de discurso quanto ao desempenho da equipe, que atuou bem no Pacaembu, segundo o próprio Luigi, demonstra sim, uma falta de consideração para com o trabalho e à imagem do ídolo.
É flagrante que não foi o desempenho da equipe no jogo diante do São Paulo que culminou nas mudanças. A história do ídolo permanece intacta, tudo segue no mesmo lugar para nosso eterno camisa Cinco. Os dirigentes irão passar, os treinadores irão passar, o treinador Falcão passou e o Presidente Luigi também irá. Queríamos a permanência do ídolo, acreditávamos na dedicação e lealdade de Falcão ao seu clube e isso é um diferencial muito significativo. O futuro é imprevisível, quem sabe num amanhã próximo Falcão não retorne num projeto tão forte quanto, ou até melhor, que este de 2011.
Por outro lado, a saída do ídolo e do Vice de futebol, Siegmann, trazem novamente a harmonia ao Inter. As decisões foram tomadas pelos legítimos condutores do Internacional, nós sócios o colocamos lá. Luigi achou por bem desfazer o clima ruim que pairava no vestiário. A medida sacrificou o ídolo, está doendo na carne, mas recupera a harmonia, a sintonia dentro do vestiário. Uma rusga entre lideranças respinga em todos, fica flagrante, transparece, cria indisposições, situações adversas, além de abrir muitos precedentes e criar inúmeras pautas . Mesmo com o sacrifício do ídolo, que a paz seja bem vinda novamente ao Inter, sob os olhos experientes do Capitão Fernandão.
Sem Falcão, estamos à procura no mercado mais faminto e cruel do futebol, o dos treinadores. Serenidade, comando e atitude é o que esperamos do Diretor Técnico Fernandão. Estamos apreensivos em torno do nome do novo treinador, o preferido da torcida é Dorival Junior. Dunga está disponível apenas no mercado extraterrestre, já recusou até a Inter de Milão e com esse salto alto não serve. A força do Povo afastou Cuca, como já fizera com Adilson. Temos que nos impor, expandirmos nossas ideias e mostrarmos nossa representatividade!
Olá Marcelo, estou lendo os últimos textos somente hoje. Acho que mesmo distante, você captou e escrevou muito bem o que se passa no Beira-Rio. No início gostei muito da forma do Siegmann de agir, “ralhando” com a imprensa e “não tirando ninguém pra cumpadre”. Só que com o tempo aquele jeito truculento de trabalho, já se percebia e era fato de que não estava de acordo com o Internacional.
O Falcão, embora agora apareçam versões para a sua saída, acho que não foi correto a forma como tudo aconteceu. Talvez o mais correto tenha sido não ter o contratado, mas enfim, política não é fácil, seja no Clube ou no Governo, nunca saberemos de fato o que se passa na cabeça de quem tem “o poder da caneta”.
Grande abraço
Alô você Marcelo!
Não ha como ler teu texto e não te dar razão. Parabéns, vamos esperar que a foça do Inter por si só, seja suficiente para que o rumo das ações voltem a mares tranquilos, equilibrados e especialmente harmônicos.
SC
Grande Paulo, acho que a resposta do nosso Colorado está vindo. Estamos desfilando nossos guris em Munique e fazendo frente para gigantes, mesmo que em pré temporada.
Concordo contigo, a melhor saída é acreditar que nossa força prevaleça!
Sds,
Acredito que estilos diferentes engrandecem um grande negócio pois ampliam as percepções e nos ajudam a chegar ao apice em tempo menor. Mas para isso a sintonia é importante… ficando no nosso âmbito: tipo a dupla de zaga perfeita, um zagueiro clássico e outro pegador, um centroavante matador e um avante de movimentação, um volante que saiba sair jogando e outro cão de guarda…o que parece é que Giovani e Roberto não se completavam…daí os resultados…
Olá Simone, tu escancarando a praticidade das mulheres nesse mundo futebolístico e machista hein… Na teoria, realmente a descrição é perfeita, só falta dizer que será um 4-4-2 , por vezes com meio campo em losango e outras em duas linhas. Giovani e Roberto caminharam paralelamente sempre!
Sds,