Como moro longe, gostaria de trazer aos amigos do blog ARQUIBANCADA COLORADA a perspectivas/curiosidades sobre futebol, e óbvio, sobre nosso glorioso INTERNACIONAL, de um torcedor Colorado que vive distante, em um país onde o “soccer” está longe de ser um dos esportes favoritos.
Então aí vai o primeiro assunto.
Brasileiro tudo bom de bola!?
Quando você vive longe é interessante ver como algumas idéias ou presunções que você tem não são totalmente verdadeiras. Uma delas, que eu acho a mais engraçada, é a de que todos nós brasileiros sempre achamos que quando vamos para outros países, especialmente para países com pouca tradição no futebol, que eles não sabem jogar futebol. Que a gente vai chegar lá e dar show de bola. Que vai dá balãozinho e janelinha em todo mundo e não tem prá ninguém. De alguma forma é fácil de entender o porquê dessa grande auto estima. Em qualquer pelada de futebol que você for, no meu caso aqui no Canadá, onde você literalmente encontra pessoas de todos os países, quando você se apresenta como brasileiro numa pelada a primeira impressão que passa para qualquer estrangeiro que não te conhece é, “esse cara deve jogar bem!!!”. Estou falando da primeira impressão de forma geral. Afinal, não somos o país do carnaval e do futebol? Fato que parece ser verdadeiro para as pessoas quando pergunto o que sabem sobre nosso Brasil.
Concluindo, é bom ver que nosso futebol brasileiro é admirado e respeitado por todos, isso me dá orgulho! Agora esse negócio de brasileiro chegar no estrangeiro e achar que vai dar totó de bola em todo o mundo, infelizmente, é mito. Na verdade, no futebol de hoje, por melhor jogador que você seja, você vai encontrar por aqui bons jogadores de todas as nacionalidades, seja jogando nos parques ou ligas (league) de futebol amador espalhadas pela cidade. Na minha mera opinião, uma das premissas para que você seja um bom jogador (de entrar em pelada e não fazer feio), não depende de nacionalidade e sim jogar futebol desde de guri. Futebol se aprende quando se é criança depois só aprimora o que aprendeu.
Fora do Brasil, todo brasileiro joga um bolão? Estrangeiros são todos ruins de bola, não jogam nada? Estas eram as perguntas/curiosidades que eu tinha quando vim para cá, em 2002, e acredito que alguns de vocês talvez tenham. Então, estou passando o meu lado da história.
Alguns de vocês devem estar se perguntando, “Como está história está relacionada com o nosso glorioso e amado INTER?”. Na verdade essa história puxa o assunto do meu segundo Post que vai se chamar “INTERNACIONAL, who?” que vai contar um pouco das respostas que tive quando eu perguntava aos canadenses e estrangeiros que jogam futebol aqui se conheciam nosso glorioso Internacional.
Abraços do vosso amigo das terras geladas do norte,
Rod Cardenas
Cônsul do Inter – Toronto / CANADÁ
PS. Peço desculpa aos leitores do blog se meu português parece um pouco estranho, eu muito raramente escrevo em português, e quando escrevo já nem uso mais acentuação uma vez que o keyboard que uso é layout norte-americano, mas vou fazer um esforço para colocar os Posts corretamente, mas galera, por favor, dá um desconto pro vosso amigo aqui, ok.
Alô você!
Caro Rod.
Achei interessantíssimo sua visão, que aliás é da maioria dos brasileiros. Esse negócio de país do futebol as vezes não ajuda. Mas “conte” a eles sobre “aquela antiga lesão” que tivestes quando estavas no melhor momento de teu futebol e que não pertmitiu mais que voltasses aos maravilhosos momentos de arte pura. Arte essa que é uma coisa absolutamente comum na terra penta-campeã do mundo, uma vez que todos nascem com ela. Pode ser que ajude. Um forte abraço,
MELO
Grande Rod. Te entendo perfeitamente. Quando morei em Boston, alguns brasileiros me chamaram para jogar no MIT, uma Universidade americana. Era até engraçado, pois nevava e saíamos de casa cheio de casacos. Mas no ginário, que era climatizado, a temperatura era fantástica. Eu achava que iria “lavar a égua”, pois sempre era Brazil x Rest of the World. E no time adversário tinha 2 mulheres, Venezuelano, Iraniano, Russo, Búlgaro, etc, etc, etc. Tchê, era uma guera a cada jogo. As mulheres, diga-se de passagem que o futebol feminino nos EUA é muito forte, eram guerreiras, chegavam junto…. O mais importante é que, no final, íamos todos a uma pizzaria e comíamos como desesperados, regados a uma boa e gelada limonada. Não basta ter nascido no país do futebol……hehehe
Beleza de texto. Me fez voltar no tempo.
Abraço
Nolci
Pode ficar tranquilo Rod, pois depois de tanto ouvir, “nunca antes na história deste país” e as concordâncias esdrúxulas de seu autor, mandamos às favas qualquer deslize que todos cometemos com a língua pátria.
Também quero ver a conclusão de sua história e saber onde poderei aplicar o seu conhecimento do assunto, em minha vida esportiva, que apesar do DNA (data de nascimento antiga) ainda persiste.
Mas agora se vc não deu, pelo menos, uma janelinha ou balãozinho nos ”gringos” ficarei decepcionado.
De vez em quando sempre é bom botar ordem na casa.
Um grande abraço e parabéns por viver e esquentar o INTER nessas plagas geladas,
João.
Muito legal essa sua visão Rod. Já estou curiosa para saber a continuação da história, heheehe.
Não esquenta com o português que nós entendemos e te ajudamos! 🙂