Em determinados momentos, tanto a diretoria, como a comissão técnica, precisam adotar ações mais fortes para que os jogadores e os torcedores sintam as suas presenças. A diretoria tem seus méritos nas conquistas, pois tem a responsabilidade de “cuidar” do clube como um todo e de dar todas as condições favoráveis possíveis à comissão técnica e aos jogadores, mas também deve exigir a reciprocidade nos seus desempenhos em busca de bons resultados e, se possível, de títulos, em todas as competições que participarem. Cabe a direção buscar os recursos necessários para suprir carências identificadas no plantel e ter um comportamento crítico em relação ao custo/benefício dos investimentos na aquisição e manutenção de atletas do clube. A comissão técnica, em um clube como o nosso INTERNACIONAL, qualificada, valorizada e bem paga, assim como os jogadores, tem uma porcentagem de alta e importante responsabilidade nesses bons resultados. Uma realidade inegável é a de que quando uma equipe se iguala na parte física e na vontade de vencer da adversária, tem todas as condições de fazer valer a sua maior qualidade técnica, individual e de conjunto, e ganhar esses jogos, sem grandes sofrimentos. Por essa razão existem treinadores e jogadores que ganham salários muito superiores ao de outros, pois suas qualidades são valorizadas e reconhecidas, entretanto essas diferenças devem aparecer e prevalecer nas disputas.
Eu penso que é obrigação da comissão técnica e dos jogadores dar retorno ao clube. Ganhar títulos é fundamental, porque traz mais sócios e mais patrocínios. Uma das responsabilidades da comissão técnica, também, é recuperar jogadores quando em má fase ou em dificuldades, porque eles são um patrimônio do clube. Não cabe a comissão técnica saber da vida pessoal dos jogadores, mas cabe identificar os problemas pessoais que acabam prejudicando seus desempenhos e, por sua vez, a administração do clube ajudar ou ajustar quando necessário. É importante a preocupação em manter um ótimo relacionamento entre a diretoria, comissão técnica e jogadores, mas os jogadores devem entender que essa é a vida deles (é viagem em cima de viagem, concentração, disputas difíceis, lesões, questionamentos constantes e outros sacrifícios mais) e que devem aceitar numa boa. A harmonia, a alegria e os sucessos só existirão se cada um fizer bem a sua parte, caso contrário é um fardo pesado a ser carregado. O jogador que não quer fazer parte do elenco, que não está feliz no grupo ou com o que faz, não deve vestir o MANTO SAGRADO, pois ele está reservado somente para aqueles que estão cientes de suas responsabilidades, integrados, focados nos objetivos e que gostam do clube.
Nós, torcedores, queremos só vitórias e conquistas. Entendemos e estamos solidários com os problemas pessoais de cada um, pois também fazem parte de nossas vidas, mas nosso papel é estar junto, sempre que possível nos estádios, incentivando os jogadores, como também temos o direito de criticar, quando necessário, ou reconhecer seus méritos no espaço aberto pela ARQUIBANCADA COLORADA, entretanto sempre torcendo pelo nosso INTERNACIONAL. Somos todos os melhores técnicos, os maiores críticos, os “donos da verdade” e sempre vamos querer o melhor para nosso clube, mesmo sabendo que nossa maior ou verdadeira participação é fazer parte dos sonhos, do coração e da energia dessa magnífica e invejada MASSA COLORADA.
Antônio Carlos Pauperio – Salvador/BAHIA
Colorado até morrer!
Alô você Pauperio!
É isso mesmo, concordo com teu pronunciamento. Estar comprometido não é um favor é uma obrigação que é na esmagadora maioria dos casos muito bem remudnerada. No caso dos dirigentes, todos são suficientemente rodados para saberem o peso do fardo mesmo antes de carrega-lo. Cumprir, pois, é um dever.
SC