A cada início do Campeonato Brasileiro nós colorados ficamos a nos perguntar: Será que neste ano vai dar?
Confesso que, em anos anteriores, já fui mais otimista a respeito. Não que desacredite inteiramente para a presente temporada, mas se compararmos a equipe atual com algumas que já tivemos no passado, não dá para ficarmos muito animados. Ainda mais se verificarmos as grandes equipes que tínhamos nas primeiras edições, ou levantávamos o caneco, ou chegávamos quase lá. Para se ter uma idéia, nas primeiras 9 (nove) disputas o INTER levantou 3 (três) títulos nacionais, correspondendo a um terço dos campeonatos disputados. E as marcas, meus amigos, até agora inigualáveis. Vejam bem, de todas as equipes disputantes até hoje, somos a que detém os dois melhores índices de aproveitamento, quais sejam, 84% em 1976 (Bi-CAMPEÃO) e 80% em 1979, quando nos tornamos TRI CAMPEÕES INVICTOS, o único, por sinal, em todas as 43 edições realizadas.
Depois dos anos 70, não mais chegamos lá, ou melhor, chegamos em 2005, mas fomos vergonhosamente surrupiados. Nas últimas 33 edições (1980 a 2012) em pelo menos 5 (cinco) ocasiões ficamos no quase. Tivemos que nos contentar com o vice-campeonato, o que não é pouco, considerando que sempre estiveram na disputa o mínimo das 20 (vinte) melhores equipes da série A do futebol brasileiro.
E nesta luta do quase, lembro que, em 1987, frente ao Bahia em pleno Beira-Rio, bastava fazermos um golzinho nos 120’ jogados (90’ normais com 30’ de prorrogação) e nada. Com o término do jogo em 0x0 os baianos levaram a taça. Portanto, há 25 anos, já poderíamos ter emplacado o Tetra. No ano seguinte, pela Copa União, novamente beliscamos o troféu, porém perdemos na final para o Flamengo. Em 2005, já foi referido e apenas transcrevo os dizeres de Hilton Mombach, em sua coluna no Correio do Povo de anteontem, dia 25: “Em 2005, o Inter foi campeão de direito, mas o caneco foi dado ao Corinthians em uma das manobras mais sórdidas que se tem notícia na história do futebol mundial”. Desnecessário acrescentar algo.
Em 2006, com grande time conquistamos a Libertadores e o MUNDIAL FIFA, mas perdemos o brasileiro para o S. Paulo. Em 2009, todos devem estar lembrados da última rodada, em que o então time da Azenha entregou o jogo para o Flamengo, no Rio.
Ainda restaria lembrar o ano de 1997, em que tínhamos um grande time. Disparamos nos pontos corridos e até aplicamos aqueles 5×2 no Grenal do Uh! Fabiano. Ao lado do Vasco fomos os destaques na pontuação geral. Aí veio o confronto de grupos classificados e não fomos adiante. O técnico era o Celso Roth. Precisa dizer mais?
Vê-se, assim, que na década de 70 tínhamos um timaço e levantávamos o caneco com freqüência. Depois, embora em várias oportunidades tivéssemos bons times, ficávamos no quase.
Minhas palavras na abertura do comentário não foram de grande alento para a presente temporada, considerando nosso elenco atual. Até acho que temos um time razoável, pra bom, mas carecemos de plantel, com reservas à altura para substituição de titulares. O campeonato é longo e, certamente, haverá lesões e problemas técnicos de alguns atletas no percurso.
Neste aspecto, vejo algumas equipes em melhores condições e com grupos mais qualificados.
Ainda, no rol de restrições, jogaremos todos os jogos fora de nosso estádio. Teremos mando de campo, mas que envolvem viagens para o interior. Nunca é a mesma coisa do que jogar em nosso templo sagrado (Gigante da Beira-Rio), com a massa presente.
Devemos levar em conta que nos últimos anos a disputa tem apresentado um maior nivelamento técnico entre as equipes participantes, permitindo que o número de candidatos ao título também seja maior.
No entanto, a se levar em conta que o plantel do INTER deverá ter algumas contratações, a tendência é que venha a crescer durante a competição. E ainda, por possuir em seu comando técnico o Dunga, o qual tem conseguido, com um trabalho sério e disciplinado, o comprometimento e união do grupo. A conquista do Gauchão foi um primeiro sinal, embora não deva ser de todo o referencial para uma disputa do tamanho do Campeonato Brasileiro.
Outro aspecto a considerar numa competição longa como essa, é que a preparação física dos jogadores está nas mãos de Paulo Paixão, que é tido, atualmente, como o melhor Preparador Físico do futebol brasileiro. Além de não se verificar a quantidade de lesões como vinham acontecendo no ano passado, o time tem demonstrado muito bom condicionamento físico nos jogos, vencendo-os em sua maioria no 2º tempo, principalmente nos minutos finais.
Além do que, a maturidade da equipe tem se revelado presente, a exemplo do jogo contra o Vitória. Depois do terrível início dos 2×0 adversos, nos minutos iniciais, aos comandados de Dunga coube buscar o equilíbrio, dando a volta por cima e buscando um empate que, àquela altura, parecia impraticável.
Eram essas minhas considerações sobre a 43ª edição do Campeonato Brasileiro, esperando que, desta vez, possa o nosso INTER contrariar as últimas 33 disputas e, buscar, finalmente, o tão almejado: TETRA CAMPEONATO BRASILEIRO.
Saudações Coloradas
Heleno Costi
Barbaridade, Heleno! Compartilhamos as mesmas preocupações. Espero ansioso por CONTRATAÇÕES de titulares! Aí poderemos olhar para o banco e ver alguma possibilidade de melhora. Mas esperar que Vitor Junior, por exemplo, resolva? É piada. O ano será difícil e o INTER terá que se desdobrar para conquistar mais do que o Gauchão. Sem casa própria, com deslocamentos constantes a Caxias do Sul, o que prejudica até mesma a vida pessoal, será mesmo difícil. Mas Colorado nunca perde a fé, a esperança. Torcemos sempre pela vitória. SC
Adriana,
O futebol hoje, realmente está muito nivelado. Hoje, quando começa uma competição, já se sabe que, ao menos um grande, irá cair. Sorte que ainda existem aqueles sempre candidatos a rebaixamento, como os times catarinenses e nordestinos.
SC
Pauperio,
Confesso que, quando levamos os dois gols no início, lembrei-me que estavas lá com teus familiares. Depois, vendo a reação do time, apresentando maturidade, passei a ter esperanças e acreditar ao menos no empate. Se fosse o time do ano passado, com aquele início, tenho quase certeza que seríamos goleados.
É o tal negócio, jogadores em final de carreira, vindos do exterior é complicado. Salvo, quem sabe, um Nilmar. Dos dois que citaste, Juan e Forlán, este último, pela experiência que tem, não poderia perder gols como aqueles dois praticamente feitos na cara do goleiro, dando taquinhos de afogadilho, quando poderia simplesmente tocar para as redes.
SC
Carlos,
Conforme falei, entendo que temos um time razoável pra bom. Mas falta plantel.
Veja bem, no jogo de sábado, o time estava lento na armação e faltava velocidade nas jogadas de ataque e, justamente, o único cara com tal atributo, FRED, foi o que decidiu, em duas rápidas jogadas, os dois gols do empate. Imagine se o Caio, que também é rápido estivesse em condições e entrado em campo, com o Vitória pregado no 2º tempo, teríamos, com certeza, ganho o jogo.
De qualquer forma, pelas circunstâncias, acho que o empate caiu bem.
SC
Melo,
Depois do apagão dos 15′ iniciais e vendo a capacidade do time em superar àquela diversidade, vi que adquirimos experiência e principalmente maturidade, conforme frisei no comentário. Também entendo que, hoje, existe um certo nivelamento, tanto que, nos últimos anos, tem um time diferente vencedor a cada temporada. Não existe mais uma equipe que desponte e ganhe, repetidamente, como, por ex., o INTER dos anos 70, o FLA dos anos 80 e o próprio S.Paulo dos primeiros anos 2000. Ainda entendo que o time vai se encaixando, mas falta elenco para a conquista. Com algumas contratações, quem sabe.
SC
Heleno, imagine minha situação, “carreguei” a família toda (filhos, netos, noras, genro, namorado e todo os demais convidados) para ver aquele “apagão” de 15 minutos. Ficamos todos perplexos e eu que assisto todos os jogos do nosso Internacional, lembrando de toda a campanha de 2013, como avô e pai, só repetia, é só jogar um pouco que não perdemos esse jogo. Dito e feito, um empate, nas circunstâncias, até que não foi um mau resultado. Se aquelas duas bolas do D´Alessandro, rentes a trave esquerda, no final do jogo, entrasse, ao menos uma, estaríamos rindo e não se lamentando pela perda de dois importantes pontos. Caso o nosso Internacional não consiga os recursos necessários e faça as contratações que precisa, toda vez que não contar com o elenco principal, vai padecer e nós no rastro. O banco, como o Marco fala no seu comentário, é “tenebroso” e tem jogadores que penso não se “encaixam” na qualidade de grupo que o nosso Internacional precisa. Imagino a dificuldade do Dunga… Outro ponto que sempre fico em dúvida, com exceção do excelente Forlan e do recuperado Juan, qual o risco do sucesso com o investimento em jogadores com alto padrão de vida no exterior, na maioria dos casos, reservas em seus times e quase em final de carreira. Não se pode deixar de considerar o custo para trazê-los e o tempo de permanência desses jogadores no Internacional e, lógico, como titulares. Penso que “nossos meninos” que estão na base ou fora, no Brasil e no exterior, trariam muito mais retorno e, ao mesmo tempo, vejo como foram desastrosas as passagens de algumas pessoas na frente do comando técnico e em algumas decisões a frente do nosso Internacional. Continuo firme acreditando que temos um “espinha dorsal” de qualidade já montada, mas tem outras peças, jogando ou no banco, que não conseguem somar qualidade ao time.
No intervalo posso escrever, até porque mexe comigo este assunto em especial.
Eu gosto muito de olhar para o futebol em si. Quem é grande e quem é pequeno hoje no futebol brasileiro??? Nâo existe mais isso. Aliás nem no futebol internacional.
Vejam a libertadores….Atletico Mineiro levou um sacode do último time da qual sequer lembro o nome, na ultima aprtida. Huachipato e Santa Fé, jogam futebol? (pois é e destes eu lembro o nome por razões óbvias…. Mazembe vcs lembram né?)
Hoje o futebol não é de quem é melhor, tem mais time, e técnica. É de quem quer mais….
Quero o INter com um timão, mas não desacredito na vontade e na superação.
QUE É ISSO COLORADO? NÃO TE ENTREGA. A PELEIA NEM COMEÇOU. TEMOS TIME SIM FALTAM ALGUNS RESERVAS E É SÓ. QUER VER? PEGUE QUALQUER TIME DO CAMPEONATO BRASILEIRO JOGADOR POR JOGADOR E COMPARE COM O INTER . MAS NÃO PEGUE UM SÓ PEGUE UNS DEZ. CHEGARÁS A CONCLUSÃO QUE EU CHEGUEI. TÁ TUDO MUITO IGUAL, QUEM TIVER MAIS ORGANIZAÇÃO E APLICAÇÃO GANHA. ESCREVA E DEPOIS ME COBRE.
Alô você Heleno!
É verdade que nos anos por ti citados tínhamos um elenco capaz de beliscar o título, e também que nos anos de 87, 97 2005 e 2006 e 2009 ficamos no quase por motivos diversos.Mas sinceramente não vejo esse elenco como incapaz dessa façanha. Tá certo que não nos declaramos favoritos como o “Profexô” declarou que eles são, mas estou vendo que alguns ajustes qui ou ali a coisa flui. Ontem por exemplo tirando os 15 primeiros minutos o Inter foi senhor absoluto e jogando fora. Veja que jogamos sem alguns atletas que vinham jogando em ritmos pra lá de razoável. O Galo Mineiro por exemplo jogou sem quatro titulares e sucumbiu ante ao modesto Coritiba. Ponto pra nós. Acho que ajustando vai.