Futebol, a paixão que mais convive com a derrota.

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fonte: http://globoesporte.globo.com/go/futebol/

            Todo ano na rotina dos grandes clubes, e refiro-me mais especificamente ao meu, ao iniciar a temporada, elenco de atletas é reformulado, na maioria das vezes uma nova comissão técnica, sócios e torcedores transbordando otimismo e esperanças de grandes conquistas.

      Esse ano sim ganharemos no mínimo dois grandes títulos, esse é o espírito pelo menos da maioria dos tomados dessa paixão que embriaga o pensamento e deixa a racionalidade um tanto de lado, esquecemos que temos uns outros doze candidatos aptos a sonhar e lutar pelos mesmos objetivos.

      O caldeirão vai se formando, no Rio Grande do Sul começamos com a competição menos clamorosa, pois exceto a empresa que compra os direitos de transmissão e inclusive criou um bordão para chamá-lo de charmoso Gauchão, todos os demais segmentos o depreciam, começando pela direção do segundo principal candidato ao título que não vence nem par ou ímpar faz meia década, porém finge tratar a competição com desdém. Seguem com os torcedores que dificilmente lotam os estádios, talvez pela invasão das competições europeias via TV. Eu particularmente vejo o Campeonato Gaúcho como um duelo do velho oeste, quando chega ao fim o vencedor será o mocinho e o perdedor o bandido da história, aceitou participar trata de ganhar.

      Se não tiver uma pré Libertadores pela frente, logo após uma pré temporada, normalmente insuficiente segundo as comissões técnicas, ainda correndo atrás de contratações para reforçar a equipe, tem início as competições nacionais e a mais desejada do momento a glamorosa Libertadores, secundada pela Sul Americana.

      Nesse momento o caldeirão está completo e aos poucos vamos percebendo que os bruxos, no caso as diretorias, não usaram as poções corretas e a fórmula começa a dar errada, o pretenso ou ex craque já não está interessado em atingir a forma física ou correr até a exaustão por noventa minutos, o jogador promissor não suportou o peso da camisa, as pernas dos verdadeiros profissionais já estão sentindo o desgaste do tempo e não conseguem mais entregar todo aquela perfeição de outrora, erros nas estratégias de enfrentamento das diversas competições, prioridades equivocadas, má contratação do preparador físico e assim por diante, a fórmula resultante foi mais um ano de esperanças frustradas.

       Resumindo, em 106 anos do clube recentemente indicado pela Placar, a tradicional revista esportiva do País, como o campeão absoluto, ou seja, o maior ganhador de competições ranqueadas, estaduais, nacionais e internacionais totalizando 55 títulos, secundado pelo Cruzeiro de MG com 54. É por esse amado Internacional que torço incondicionalmente e também reclamo e assisto cobranças ferozes de todos os setores envolvidos com futebol que me faz chegar a conclusão que para se vivenciar esse esporte tão envolvente, tenho que aprender a conviver melhor com as derrotas e torcer cada vez mais que acertem nas poções e achem novamente o caminho das vitórias nas grandes competições.

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      Para não dizer que não falei de espinhos, uma breve abordagem do confronto com o Goiás, sinceramente não farei uma análise posição por posição, pois seria desalentador para todos. O que me desencanta é que desde o início do jogo em momento algum o Internacional me passou a impressão de querer ganha, permanecendo num rotineiro toque-toque lateral improdutivo, dando a entender que ao receber a bola o jogador não tem a menor ideia do posicionamento e da movimentação dos companheiros em campo, enquanto ele domina a bola olha para os lados, pensa o que fazer, é evidente que o adversário se recompõe, marca e recupera a bola.

     Para minha surpresa, mesmo com toda essa barafunda, ainda fizemos o primeiro gol com uma belíssima conclusão do Valdívia, aí pensei bom agora vamos para cima tratar de nocautear o adversário, ledo engano, aí que passaram a valorizar a posse de bola que segundo o narrador do Premiere era de 73%, muito embora pouco produtiva.

      Fim do primeiro tempo, jogadores no vestiário, bem acredito que o Argel vai perguntar aos seus atletas: quem deu a ordem para que Paulão e Allison fossem os ‘’armadores’’ da equipe? Quem decidiu que para poupar esforços do Goiás nossos próprios jogadores na frente do gol adversário, comecem a recuar a bola até a nossa área e pior até o goleiro? Ninguém quer arriscar uma jogada individual, um chute de média distância, um transfere a responsabilidade ao outro.

      Temos alguns jogadores com desempenho atlético de veteranos, como pode um atleta como Anderson ficar no mínimo duas vezes cara a cara com o Renan, errar bisonhamente o gol e passar a impressão de que para ele não está nem aí?

      A verdade que quando eu esperava uma entrega maior, ao voltar do vestiário parece que em vez de chuteiras voltaram de botas, porém de ferro, tal a lentidão da equipe, ao meu ver salvaram-se como de costume o lateral Willian e Rodrigo Dourado.

      Como já disse um sábio analista de futebol, o medo de perder tira a vontade de ganhar e como abordei no espaço acima, futebol é um esporte onde predominam as derrotas, resta-me tentar digerir mais uma, sabendo que ficou ainda mais difícil e esperar recuperar frente a Ponte Preta na próxima rodada, só me entregarei quando a matemática comprovar que não dá mais.

      Um abraço colorado,

      Arioldo Roldan

7 thoughts on “Futebol, a paixão que mais convive com a derrota.

  1. Gostaria de iniciar estas linhas, parabenizando como sempre faço em meus pensamentos, a equipe de SPORT CLUB INTERNACIONAL.
    Mas no momento é impossivel.
    Me reservo do direito de dizer, que para 2016, tudo terá que ser reformulado, e dque o PRESIDENTE VITORIO PIFERO possa ler esta mensagem.

    Lamentável o INTERNACIONAL DE 2015, e quanto ao jogo de ontem, apenas uma repetição da rotina.

  2. Prezado Arioldo Roldan, muito pertinente teu comentário, começando pelas escolhas do inicio do ano … diversos enganos cometidos por um diretoria que não sabia porque queria o comando do Internacional, muito provavelmente pela gloriosa vaidade de o “campeão voltou” como cantavam os papagaios de pirata no dia da eleição, (quero deixar claro, que não tenho facção política no Internacional, sou apenas sócio patrimonial), mas o que vimos ontem foge de qualquer explicação racional do dirigente que lá estava e viu o jogo, (acredito que tenha visto pelo menos), entrevista patética !!! E o Treinador ??? Como se no Figueirense estava, pelo Figueirense falou … mas o pior não é isto … o bem pior é o time em campo !!!! Jogadores totalmente DESCOMPROMETIDOS com o clube, exemplo ? Anderson … como sempre, Rever pela total falta de capacidade de jogar futebol … e o Lizandro Lopes … só vou perdoar se você definir qual a posição que ele joga e me mostrar o que faz de útil para o time a muitos jogos !!!! Agora vamos falar de nossos velhos e jovens idolos. Querido Alex … obrigado por tudo teu nome e tua história já estão gravados na memória do torcedor, por favor pare !!! Promissor Rodrigo Dourado, peça para seu procurador providenciar junto a diretoria um treinador que te oriente em campo, pois o que ai esta vai acabar com a tua carreira, da pena de te ver correndo sem rumo e sem esquema em campo !!! e o Valdivia … ??? o rei das redes sociais … faz um gol e se da o direito de rebolar, rodopiar, não passar mais bola nenhuma … Amigo !! poderia continuar com esta tese até amanhã falando das coisas que acho erradas no nosso Inter, mas fico profundamente chateado quando vejo uma derrota deste nível do Inter e sinto que faltou acima de tudo VERGONHA NA CARA, de muita gente que estava m Goiás ontem … Grande abraço !!!!

    1. Olá Roberto Luiz Vianna

      Concordamos em quase tudo, a única ressalva que faço, sem fazer a defesa do Lisandro Lopes, mas do modo que o Internacional joga é quase impossível ser o último atacante, os meias não aproximam, não tem jogada de linha de fundo, normalmente alguém da um chutão para frente e ficam olhando, nem sei se torcendo pelo que recebe a bola marcado no mínimo por três adversários. Mas concordo que se faz necessário mais qualidade.
      Abraço.

    1. Olá
      Infelizmente é a única coisa que resta a um sócio comum, lamentar quem decide as contratações jamais consultara ao torcedor, acredito que se existisse um conselho de torcedores especificamente para assuntos do futebol, muitos jogadores que ai estão não fariam parte desse elenco.
      Abraço.

  3. Alô você Roldan!
    O desalento foi tão grande com a atuação da equipe que não vi o segundo gol. Quando empataram o jogo saí da frente do televisor e “fui meditar”, quando retornei estava 2 x 1. Paulão que vinha bem, ontem afundou junto com a inoperância da equipe. Dourado há alguns jogos não reedita suas melhores atuações, Alisson esteve abaixo de seu nível, Rever esteve como de hábito, mal, muito mal, lento, sem explosão sem tempo de bola aérea, acho que estou vendo demais, ou melhor, não estou vendo. Mas o mais grqave é o coletivo, que horror, não há um setor que tenha tido uma atuação razoavel. A diferença entre esse e os demais jogos é que nos outros jogos um resultado positivo surgia em meio a falta de rendimento e agora nem isso. Oremos!!!
    Coloradamente,
    Paulo Melo

    1. Alo melo.
      Eu fico a pensar, como é possível que ninguém dentro da diretoria faça uma intervenção, tem no mínimo uns três jogadores cito, Rever, Anderson, Nilton e Anderson sem o menor condicionamento físico para jogar futebol profissional, pelo menos nesse momento. Estamos perdendo o ano sem ao menos tentar outras soluções. como não tentar o Alison Farias, e um zagueiro chamado Eduardo que teve uma ou duas boas atuações, é duro de aturar.
      abraço.

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