DECADÊNCIA , ENVELHECIMENTO OU EMPOBRECIMENTO DO FUTEBOL!

POR ADRIANO GARCIA – EL MAGO
Decadência é o perecimento ou extinção de um direito por não ter sido exercido no prazo legal; caducidade ou estado do que está começando a se degradar e se encaminha rapidamente para o fim, para a ruína. Pode-se dizer que o futebol da era de outro do Brasil inseriu um novo jeito de pensar o Esporte, que coincidiu com um grande momento de afirmação da cultura brasileira com base em seus traços populares – a era de ouro da MPB coincidiu com a melhor época do nosso futebol – bem como o momento de ascensão econômica do Brasil. Quando se fala que futebol brasileiro passa por uma agonia decadente, é por que os problemas não são de hoje.
A última Seleção que se tem como representante da nação em seu futebol foi a que perdeu a Copa de 1982. E de lá pra cá nada se aprendeu ou se tentou mudar, o futebol parece ter envelhecido tanto que alguns acreditam que o auge do ser humano é aos 20 anos.
Envelhecer é um privilégio, uma arte, um presente. Somar cabelos brancos, arrancar folhas no calendário e fazer aniversário deveria ser sempre um motivo de alegria. De alegria pela vida e pelo que esta aqui representa. Todas as nossas mudanças físicas são reflexo da vida, algo do que podemos sentir, muito orgulhosos. Temos que agradecer pela oportunidade de fazer aniversário, pois graças a ele, cada dia podemos compartilhar momentos com aquelas pessoas que mais gostamos, podemos desfrutar dos prazeres da vida, desenhar sorrisos e construir com nossa presença um mundo melhor…
As rugas são um sincero e bonito reflexo da idade, contada com os sorrisos dos nossos rostos. Mas quando começam a aparecer, nos fazem perceber quão efêmera e fugaz é a vida. Como consequência, frequentemente isso nos faz sentir desajustados e incômodos quando, na verdade, deveria ser um motivo de alegria. Como é possível que nos entristeça ter a oportunidade de fazer aniversário?
Porque temos medo de que, ao envelhecermos, percamos capacidades. Porque pensamos na velhice como um castigo, de maneira pejorativa e humilhante. Do mesmo modo, fazer aniversário nos faz olhar para trás e nos expõe ao que fizemos durante nossa vida.
Deveríamos agradecer à vida pela oportunidade de permanecer e de ter a capacidade e a consciência de desfrutar. Que sentido tem nos lamentarmos e nos queixarmos por termos possibilidades? Não é verdade que daríamos o que fosse para ter aqueles que perdemos do nosso lado? Por que não colocamos vontade na vida e deixamos de dissimular nosso caminhar? Fazer aniversário deveria ser um motivo de alegria. Cada dia conta com 1440 minutos de novas opções, de maravilhosos pensamentos, de centenas de matizes em nossos sentimentos. Cada segundo nos faz mais capazes de experimentar e de aproveitar todas as opções que surgem ao nosso redor.
Cada ano é uma medalha, uma oportunidade para acumular lembranças, para fazer nossos os instantes, para soprar as velas com força e orgulho. Deseje continuar cumprindo sonhos, segundos, minutos, horas, dias, meses e anos… E, sobretudo, poder celebrá-los com a vida e com as pessoas que o rodeiam. Até bem pouco tempo, chegar aos quarenta anos significava o início do declínio da vida. Época em que fenecem os sonhos, o mercado de trabalho se fecha e os amigos começam a morrer. Pois saiba que tudo está mudando. Empresas de grande porte, nacionais e internacionais começam a buscar pessoas, não somente experientes em negócios, mas com histórias de vida para contar. – no futebol este é item mais evidente.
D’Ale, muita lenha pra queimar (imagem: Site Grenal)

Bem amigos se ouvia muito que um atleta chegava aos 35 ou 36 anos e estava na hora de pendurar as chuteiras. No entanto isso vem mudando o panorama do futebol brasileiro. Alguns exemplos são destacados como Douglas, Zé Roberto, Léo Moura, Grafite, uns com mais outro menos destaques. E no escrete colorado ele esta de volta e tentando quebrar esse paradigma. Na noite de sábado (11/02) o maestro mostra que ainda há vigor no seu futebol, mesmo que se diga o contrario. Fez uma partida de muita doação esteve em campo por todo os 90 minutos e despendeu a sua categoria por completo. Ainda tem muita lenha para queimar, porem não sera somente seu vigor físico que vai tirar dessa situação o futebol vermelho e branco.

Impotente, incapaz do drible, da jogada desconcertante. Sequer da empolgação e da alegria de jogar futebol que já tivemos como marca, mesmo nos momentos em que as dificuldades eram nítidas, ontem(sábado) ele mostrou que isso tudo não é verdade. E claro que ele não é mais aquele de 9 anos atrás mas ainda esta pronto para a guerra.
O que se tem visto ultimamente no ludopédio nos faz pensar que é irremediável: o futebol aqui está virando apenas um esporte, ou nem isto. Não é mais capaz de nos representar, de articular um jeito brasileiro, um jeito gaúcho ou melhor uma força colorada de ser e enfrentar os problemas da vida. Ou, pior ainda, é só mais um jeito de movimentar alguns bilhões de reais, boa parte disso engordando os cofres de cartolas corruptos, enquanto uma parte bem menor pinga na conta de garotos que ganham tanto que perdem até a vontade de jogar. Já foi o tempo em que o futebol vistoso do vermelho e branco esteve inclusive a frente e empunhando as cores verde e amarelo da seleção brasileira. O medo do futuro é iminente, o passado é saudoso, e não obstante o presente é terrível. Na cabeça do torcedor os fantasmas, monstros ainda fazem casa e parecem não mais saírem de lá. A derrocada humilhante do escrete para serie B parece não sair dos jogadores que ai estão, e ate mesmo do técnico; parece esta impregnada no corpo, na alma do esquadrão vermelho e branco.
Pelo visto passaremos muito mais sofrimento e vergonha do que simplesmente nos causarão os problemas de estádios ruins, péssima infraestrutura urbana que ainda virão pela frente, sem esquecer o péssimo time do ano passado. Reconstruir será possível?


Saudações.

Adriano Garcia
Diretor Regional InterGrande Porto Alegre

CONSULADO DO INTER NA TERRA DO ZOO  – CAMPEÃO DE TUDO!!!

5 thoughts on “DECADÊNCIA , ENVELHECIMENTO OU EMPOBRECIMENTO DO FUTEBOL!

  1. A CULPA digamos do jogador ser indolente e preguiçoso, é na maioria das vezes do clube, SIM DO EMPREGADOR que paga fortunas, dão as melhores MORDOMIAS POSSÍVEIS e cobram pouco resultado, ora um jogador que recebe 400, 500, mais de um milhão de reais por mes;, imaginaram isso pobres mortais??? E NÃO SÃO COBRADOS, POIS TEM MEDO DE UMA RETALIAÇÃO POR PARTE DOS JOGADORES. Imagirem isso na firma onde trabalhamos se nos pagassem essa fortuna e não nos cobrassem produção, que maravilha seria, MAS TAMBÉM SERIA A FALENCIA DA FIRMA E A RUA NA CERTA PROS EMPREGADOS. Tem muita coisa PODRE por tras disto tudo que nós pobres mortais torcedores não sabemos, O REPORTER SETORISTA SABE MAS NÃO ENTREGA POIS O CLUBE NÃO O DEIXARIA TRABALHAR LÁ MAIS e assim vamos nós vivendo de conjecturas do que pode ser o que não pode ser. DIZER QUE O FUTEOL ESTÁ NIVELADO POR BAIXO É MUITO SIMPLISTA. Vo repetir de novo, domingo não aceito menos que uma vitória do nosso colorado frente ao Passo Fundo, mesmo o jogo sendo lá.

  2. O TEMPO SEGUNDO A MINHA ÓTICA !!!
    Quero sempre ter muito tempo de carinho para poder tratar todas as palavras com muito amor, até mesmo porque sem elas não consigo cutucar a mente e os corações dos amigos com as minhas abençoadas lorotas, até mesmo por que neste instante estou com um tempinho ocioso.
    Também não sei se é verdade, mas deve ser um terrível um escritor, bloquista ter que se ocupar com as loucuras escritas pelos outros quando na verdade o que ele mais quer, é um tempo de atenção de todos para apreciar a sua crônica.
    Tem gente que sempre arranja uma desculpa furada para se desculpar por não ter conseguido fazer uma determinada tarefa e isto é ridículo, por que o nosso tempo precisa ser muito melhor administrado e gerenciado, para que possamos parar de pensar na vida dos outros.
    Temos muitas coisas em nossas vidas que precisamos de um tempo maior de dedicação e a nossa família, por exemplo, deveria estar sempre em primeiro plano, mas na prática por ser de casa fica em segundo plano em determinadas situações.
    Dentro da nossa escala de prioridades de tempo conseguimos voltar para casa e com jeitinho paramos para escutar os acontecimentos de todos com paciência e alegria por que precisamos deste tempo de carinho para a família que nos atura.
    A minha vida tem um desenvolvimento interessante durante a semana de 2ª a 6ªf. Já no sábado e domingo é impressionante, fico longe do computador em casa e também não penso e nem escrevo nada fico alheio aos acontecimentos domésticos e de lazer.
    Sinto que a minha mente pede este descanso para pensar e fazer outras coisas que durante a semana ficam para trás, estou numa fase da vida que uma pequena oportunidade de tempo para novos aprendizados, é uma dádiva de DEUS.
    Receber uma faísca de novos pensamentos ativa uma explosão de idéias que logo vão se tornando um texto mirabolante, e ao mesmo tempo, não consigo controlar estas palavras maravilhosas que continuam sendo dominantes na minha vida.
    Já ia esquecendo, tenho muito tempo para ler as críticas construtivas e elogios que recebo diariamente por escrever o que penso…, através da tinta que vem lá de dentro do meu coração.
    Preciso reforçar que nunca é demais conseguir tempo para melhorar a nossa vida com mais conhecimentos e conviver junto de vocês amigos que me adotaram, por eu ser um abençoado Filho de Deus, escritor Gaúcho, feliz, otimista e COLORADO.
    Dentro do meu tempo de paciência que DEUS me ensinou, vou deixando a VIDA me levar e sempre respeitando todas as religiões, Amém.
    Abs. Dorian Bueno – Google +, POA, 13.02.2017

  3. Adriano, você estava muito inspirado e foi muito feliz quando escreveu tua postagem. Excelente, no conteúdo e na profundidade. Qualquer Colorado que tenha vergonha na cara não se sente envergonhado com a situação que vive nosso Internacional e a torcida Colorada, entretanto a vida é feita de derrotas e vitórias, assim coo no futebol. A grande diferença que existe é que nós um dia encontraremos a morte e o clube não. Você, se percebe facilmente, é um daqueles Colorados verdadeiros e não consegue esconder seu amor a esse clube e a sua frustração com esse momento. Penso que eu, como outros, também somos e nos sentimos assim. Com 70 anos, o que me conforta, é que sei que essa situação será superada e nossa torcida poderá ter muitas alegrias com nosso Internacional. Não podemos é deixar de acreditar, de perseguir à “senda de vitórias” e, seguindo à tradição gaúcha, continuarmos “dando um boi para não entrar na briga, mas uma boiada para não sair”. Acredite, vamos sair dessa e ainda teremos a oportunidade de viver grandes vitórias e conquistas..

  4. Adriano, parabéns pelo texto.

    Esta história de idade no futebol é interessante. O flagrante é que os Europeus não seguram mais nenhum jogador, sobretudo os Brasileiros, que atingem determinada idade. Por que será? o último exemplo é o Felipe Melo. Os jogadores já não aguentam mais o futebol de alta competição na Europa. São raras exceções, normalmente, porque são jogadores do País – caso de Lahn no Bayern de Munique. Vejam que Lampard e Gerrard, dois monstros sagrados ingleses, foram fechar suas carreiras nos Estados Unidos.

    O flagrante é que os velhinhos voltam ao Brasil e deitam e rolam, mesmo quando estão em decadência na Europa, porque aqui ainda temos um cultura da preguiça. Jogador brasileiro não gosta de tática, acha que vai ganhar só na técnica. Basta ver que os times de Tite são os que mais se assemelham aos europeus em termos de competitividade. Dificilmente se vê só virtuose nos times do Tite. Então, os velhinhos que não acham mais lugar em times bons da Europa, voltam com uma cultura tática muito melhor e conservam a técnica, por isso, deitam e rolam, vide o que fez o Ronaldo pelo Corinthians.

    Há velhinhos e velhinhos. Zé Roberto é um fenômeno. Nunca teve grandes lesões e sempre teve um vida extremamente regrada, sem álcool, sem carboidratos, etc. Esta questão de idade não pode ser comparada porque depende de cada. Alex, aquele que saiu do Inter e está desempregado, andava se arrastando em campo, mesmo com 7 anos menos que Zé Roberto. Perto do Alex, D’Alessandro é um menino. Perto do Zé Roberto, D’Alessandro é um ancião de 80 anos.

    O problema no Inter é que D’Alessandro se escala automaticamente, porque não tem ninguém melhor que ele. Ele é a única referência técnica do time. É o único jogador que chama a atenção da marcação. O resto é um bando. Para um time funcionar com um jogador assim é necessário que TODOS os demais jogadores compensem em movimentação, recomposição e velocidade. O Inter montou um esquema para facilitar o D’Alessandro com 3 volantes (sendo 2 tartarugas) e com um atacante (Valdivia) que parece com má vontade e um atacante caneleiro na frante (seja ele Roberson, Brenner ou Aylon). A saída de bola é um horror. Reparem bem, os adversários fecham os laterais do Inter. Eles não conseguem sair jogando, devolvem a bola para um zagueiro, que procura um volante, que devolvem para zagueiro, porque invariavelmente estão de frente para o Danilo e não tem velocidade e categoria para girar de frente para o ataque. Quando conseguem sair, dão uma bola para o meia mais avançado – Dale ou Valdivia, que invariavelmente estão de costas para o ataque e muito marcados. Se estão pelo meio, perdem a bola e causam contra ataque adversário. Os volantes dão o passe enforcado e saem correndo na esperança de receber o passe, saem da marcação e tomam o contra ataque fora do lugar. É uma tônica no time do Inter porque o elenco é desequilibrado, não tem capacidade de fazer melhor, são jogadores que carecem de inteligência tática. O esquema do Zago é o que há de mais moderno em termos de futebol, mas não tem ferramenta (jogadores) para executar. A Direção precisa resolver isso.

    Outro flagrante – o Inter só tem dois volantes que prestam (Dourado e Charles). Se quiser jogar com 3 volantes, precisa contratar alguém com capacidade. O Tite transformou Renato Augusto e Jadson, dois atacantes originais, em volantes no Corinthians – Ralf, Elias, Renato Augusto e Jadson – todos marcavam e com exceção de Ralf, todos atacavam ao mesmo tempo. No Inter vamos sempre na contra mão – queremos que volantes tipo Ralf – Anselmo e Dourado – façam trabalho de Jadson e Renato Augusto. Esqueçam, não vai funcionar. São jogadores lentos e com pouca técnica. Dourado é muito bom na posição do Ralf. Jamais será na de Elias, Renato Augusto ou Jadson.

    Zago, portanto, precisa entender que, Dourado e Charles devem ser titulares na marcação, dando a Charles o papel de atacar. Precisa achar um terceiro meio campista capaz de marcar e atacar – não é Bob (Deus me livre), não é Anselmo, não é Eduardo Henrique (poderia ser se tivesse mais disposição e pegada); Ferrareis é muito burro; Andrigo é muito frágil; Sasha poderia ser, mas é ruim tecnicamente; Seijas parece estar em decadência ou falta-lhe confiança ou é ruim mesmo uma grande interrogação. Sem achar este meia rápido, de recomposição e movimentação, D’Alessandro vai sofrer muito. O ataque precisa ser testado com Nico pelo lado e Carlos centralizado. Valdivia precisa ser recondicionado fisicamente e precisa de uma conversa ao pé do ouvido para saber o que quer.

    Continuo a campanha por um zagueiro xerife, um meia rápido e goleador e, incluindo agora, um centroavante goleador.

  5. Adriano, vou me permitir repetir parte do comentário no post anterior do Paupério, entendo sinceramente que a maioria dos jogadores que participaram da campanha vexatória de 2016 não tem condição técnica e anímica para reverterem suas próprias biografias dentro do SCI. Talvez até sejam mais felizes em outros rincões. E a direção teria que mudar sim a fotografia, mas já passou a pré-temporada e reconheço que os contratos longos, os altos salários (com pouco futebol) e a falta de qualidade dificultam suas recolocações no mercado nacional. Imensas dificuldades pela frente. Aliado a isso, se pode piorar, qualidade também fallta (e muito) nas contratações efetuadas.

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