A MATÉRIA ABAIXO ESTÁ PUBLICADA NO CP DE 23 de setembro de 2017
Por alguns motivos, o jogo contra o Náutico, neste sábado, é considerado um dos mais complicados que o Inter terá na reta final de Série B. O principal é que o time colorado provavelmente não encontrará, até a última rodada, nenhum ambiente tão adverso quanto o que viverá no estádio Lacerdão, em Caruaru. A partida começa às 16h30min e, caso conquiste a vitória, o Inter voltará à liderança da Série B.
O time saiu de Porto Alegre na quinta-feira e só chegou a Caruaru no final da manhã de sexta. À tardinha, o grupo de jogadores experimentou o gramado duro e defeituoso que será palco da partida contra o Náutico, que luta contra o rebaixamento para a Série C. Além do campo, do desgaste da viagem e do calor, a pressão da torcida também deve ser um fator importante do jogo. “O campo é duro e apertado. Se a torcida comparecer, vai virar um caldeirão. Se tiver que jogar feio, vamos ter que jogar feio para conquistar o resultado”, enfatizou Danilo Fernandes, que já autou no Lacerdão quando defendia o Sport.
Guto Ferreira também prevê dificuldades: “Desde que transferiram o jogo, esperávamos as condições ruins do gramado. Mas temos que estar preocupados em fazer nosso melhor, passando por cima de qualquer dificuldade”, disse o treinador. Apesar de o último treino antes da partida ter sido realizado com os portões do Lacerdão fechados, não há possibilidade de Guto esconder a escalação. Sem D’Alessandro, suspenso, e Winck, lesionado, ele deve mandar a campo uma formação com Felipe Gutiérrez no meio-campo e Alemão na lateral direita.
Náutico luta contra o rebaixamento
Diferentemente do Inter, que, após um começo difícil, estabilizou-se na competição e agora busca a volta para a Série A até de forma antecipada, o Náutico sofre para não cair para a terceira divisão. O técnico Roberto Fernandes espera que o estádio seja um aliado na busca por um bom resultado diante do Inter – confirmando as preocupações de Guto Ferreira. “Estamos acostumados com o gramado, que dispensa comentários. Mas, para quem quer sair dessa situação, não importa o gramado. Estamos preocupados com o Inter. Pode ser grama, terra ou pista. O gramado aqui é um pouco duro e irregular. Como o Inter é muito técnico, pode atrapalhar mais eles que a gente”, diz.
Se bater o Náutico, em Caruaru, o Inter voltará para o topo da tabela da Série B, mas terá o mesmo número de pontos que o segundo colocado, que é justamente o América-MG, adversário seguinte dos colorados. Ou seja, as próximas duas rodadas serão decisivas para definir o campeão da Série B. O jogo contra o América-MG está marcado para o Beira-Rio na próxima quarta-feira. “Se pensar a classificação, temos que trabalhar sempre o máximo pela vitória. Caso não seja possível, temos que levar um ponto”, minimiza Guto.
Série B – 25ª rodada
Náutico
Jefferson; Sueliton; Breno Calixto; Aislan; Manoel; Amaral; W. Schuster; D. Miranda; Rafinha; Giovanni; R. Oliveira;
Técnico: R. Fernandes.
Inter
D. Fernandes; Alemão; Ernando; Cuesta; Uendel; R. Dourado; Edenílson; F. Gutiérrez; Eduardo Sasha; William Pottker; L. Damião. Técnico: Guto Ferreira.
Árbitro: Jaílson Freitas (BA)
Foi, sem dúvida alguma, uma ótima vitória. estamos na liderança novamente. Mas apenas a vitória foi ótima, a atuação nem tanto. Deixamos a desejar em alguns setores do campo onde os problemas já são conhecidos e o treinador teima em manter os mesmos jogadores, persistindo no erro e chamando para si , a derrota ou no mínimo, um prejuízo por jogar afoitamente sem ter onze em campo para disputar a peleja.
1. Com Sasha em campo, ficamos com um à menos, só o Guto não enxerga isso. O rapaz está visivelmente atrapalhado. Não acerta passes, não marca direito, não chuta e ele é ATACANTE, atrapalha os companheiros nas finalizações. Ganhamos hoje porque o Náutico é muito fraco. Mesmo com um à menos, dominamos a partida inteira e só não fizemos mais por pura incompetência do treinador que não fez as trocas na hora certa. Esperou demais para trocar as nabas que nada faziam. Isto quase custa a vitória magra mas importante. Fundamental, eu diria. Não transferimos para quarta que vem , a definição da liderança para se firmar na ponta.
2. A conclusão a que eu chego é que estamos com sorte, muita sorte. Será sorte de campeão???? Jogamos para o gasto. O adversário muito fraco. Eles já estão na 3ª divisão e não sabem. Enfrentar um time desarvorado, sem jogadas de ataque, marcando mal e abrindo os espaços para a nossa entrada, só não goleamos por absoluta falta de competência dos nossos atacantes e armadores (?) será que havia armadores? Acho que não. Só Guto não via isso. O Náutico agradeceu profundamente.
3. Gutierrez foi outra peça sem valia no conjunto da equipe. Tivéssemos jogado com as peças certas, um meia armador da posição e um atacante que agredisse e não ficasse se escondendo o jogo todo atrás do marcador, teríamos aplicado uma goleada e estaríamos tranquilos na liderança hoje e não precisando ganhar com propriedade na próxima rodada do 2º colocado. Não temos gordura para queimar. Consequência direta das aberrações cometidas pelo treinador que pouco ou nada sabe do que é preciso fazer na equipe. Ressuscitou Ernando. Hoje a Providência Divina o tirou de campo. Em vez de colocar o guri que veio do Nordeste e que estava jogando, coloca o Danilo que estava parado há meses. A outra aberração foi Gutierrez no lugar de Juan ou Camilo. Não criamos NADA.
4. Em 10 minutos , Nico fez mais do que Sasha em 80 minutos. Onde está a racionalidade? E a coerência? Ficaram em Porto Alegre. Camilo em 20 minutos fez mais do que Gutierrez em 50 minutos. A nossa sorte é que era o Náutico, o lanterna da competição. Fosse um Criciúma, um Luverdense, um América, teríamos passado muito trabalho para vencer.
Enquanto isso, vamos na liderança apesar do Guto, do Sasha, do Ernando, do RDourado e tantos outros.
Até quando? Só Deus sabe ou melhor, os nosso adversários são muito ruins, mas muito ruins mesmo.
Isso é que nos dá alguma luz para pensar que chegaremos na série A ano que vem.
1. Não temos armadores, quando D’Ale não joga;
2. Não temos volantes que saibam sair jogando e quem sabe, não joga;
3. Chutamos pouco pelos atacantes que temos e um dos melhores, fica no banco;
4. O treinador escala mal e troca muito tarde, dificultando ainda mais, a reação no jogo;
5. Preparo físico mediano, nos jogos da série B, precisa correr mais, e aí as cãimbras aparecem;
6. Temos boas opções de troca, só falta avisarem o treinador disso;
7. Porque para o Inter é tudo tão difícil de acontecer? Porque os melhores não jogam? Porque sofremos para vencer do lanterna? Perdemos para os polentas, sem poder de reação?