Novo Hamburgo 0 x 3 Internacional

 

Thales marcou o primeiro, de cabeça (Imagem CP)

Gostaria de começar este texto relembrando que o Inter jogou pela última vez em 2017 no dia 24/11 e somente se reapresentou no dia 02/01, ou seja, 38 dias de férias. Os times da Série A jogaram pela última vez no dia 03/12, ou seja, 9 dias depois e, por consequência se reapresentaram depois do Inter. Então, eu pessoalmente não esperava ouvir esta ladainha de falta de tempo para a preparação, muito menos que ouviria a palavra rodizio tão cedo em 2018, até porque serão 5 jogos em 18 dias, ou seja, mais de 72 horas entre um jogo e outro, conforme regulamento da FIFA.

É sempre um risco escrever um texto sobre um jogo onde as perspectivas pré-jogo são diferentes e as pessoas vêm os jogos seguindo estes pontos de vistas, podendo ou não alterá-los no pós-jogo. Alguns vão ficar mais otimistas do que estavam e vice-versa; outros vão criticar aqueles que criticarem o time neste início; outros vão criticar aqueles que elogiarem o time. É da natureza humana e mais ainda dos torcedores apaixonados pelo seu clube.  O fato é que, entra ano sai ano, no início, no meio e no fim, continuamos a esperar por algum desempenho e ele não vem. Esta é uma opinião muito pessoal minha, ou seja, quero ver o Inter com supremacia técnica absoluta em campo, empilhando chances de gol, sem tomar sufoco destes times menores em quaisquer circunstâncias.

Já é o segundo jogo oficial do Inter (o terceiro se considerarmos o amistoso apronto contra a Lajeadense). Apenas para relembrar, em 2017 tivemos um início muito ruim, tanto nos amistosos da pré-temporada quanto no próprio Campeonato Gaúcho, no qual chegamos à final aos trancos e barrancos, sendo sua perda um coroamento da má jornada de Zago e Cia.  Em 2017, nos amistosos da pré-temporada, empatamos com o Inter de Lages e perdemos do Tubarão, ambos de SC. Na primeira fase do CG de 2017 chegamos em 7º, ou seja, na penúltima posição daqueles que passaram de fase.

Vamos ao jogo. Era um jogo contra o Campeão Gaúcho de 2017, logo, eu pessoalmente esperava alguma dificuldade. O Inter foi a campo com Danilo Fernandes; Ruan, Danilo Silva, Thales e Iago; Charles, Gabriel Dias, Patrick, Marcinho e Nico López; Roger. Sinceramente, no segundo jogo já colocamos um time reserva, e isto é preocupante porque sabemos que, antes do risco de lesão, vem a falta de ritmo e entrosamento ou assimilação das novas ideias (treinador novo). O Inter tem um jogo de alto risco contra este time do Boa Vista do RJ pela Copa do Brasil, que tanto pode ser eliminado no jogo de ida, quanto criar um problemão no jogo de volta, por isso, quanto mais entrosado, com ritmo e treinado o time estiver, menor o risco.

Até os 15 minutos do primeiro tempo eu estava com os cabelos em pé sobre o que escrever aqui. Erros de passes à granel. Patrick tinha tocado 4 vezes na bola e errado todas. Então, em uma arrancada de Charles e um bom passe para Nico, que cruzou e a zaga do Nóia afastou para escanteio. Na cobrança de escanteio (o segundo na sequência), Thales marcou de cabeça. 1 x 0 Inter.

Depois do gol o Inter melhorou um pouquinho, mas começou a cometer faltas nas laterais, perto da área, e a correr aqueles riscos desnecessários que já estamos acostumados a assistir. Bola alçada na área nossa é uma tragédia, o que é estranho, pois na área adversário estávamos dando trabalho na bola aérea. E assim, de falta em falta o Nóia foi pressionando para empatar. Felizmente não conseguiu.

O segundo tempo começou igual. O Nóia pressionando e o Inter entregando a bola na entrada da área. Uma incrível dificuldade para limpar a área. Nos contra-ataques invariavelmente errávamos a jogada. E o Odair parece que estava gostando do que via. Um sufoco, jogadores muito abaixo em campo e nada acontecia até os 15 minutos do segundo.

Odair começou a agira. Saíram Patrick e Marcinho, para mim os piores do Inter, para as entradas de Edenilson e Pottker. Na sua primeira jogada, Pottker cava um escanteio. Na cobrança, Danilo Silva de cabeça 2 x 0. De novo um zagueiro. Se não tem meio de campo, o ataque não tem como funcionar, daí a eficiência dos zagueiros nas bolas aéreas no ataque fizeram a diferença.

34 minutos, segunda jogada de Pottker, na cabeça de Nico e 3 x 0. Finalmente uma jogada de atacantes.

Em resumo, vitória merecida, apesar do Nóia não ser nem de perto a sombra daquele Campeão de 2017. O Inter está mais aliviado pelo acesso à Série A, os jogadores estão menos tensos e, apesar de eu ter opinião de que precisamos reforçar muito o elenco, neste início estamos conseguindo os resultados, que é o que importa. Era importante ganhar e ganhou. Isso não diminui minha preocupação com o desempenho, com o sistema tático até agora (já que não vi nada diferente de 2017) e com esta estratégia de time reserva, perdendo a chance de acelerar o entrosamento dos titulares. Sobre os estreantes, Gabriel Dias foi mais ou menos, Patrick e Marcinho foram mal e Roger e Ruan foram muito discretos. Nos demais, acho que Iago não comprometeu e gostei de Thales e Nico, mais tarde do Pottker.

 

8 thoughts on “Novo Hamburgo 0 x 3 Internacional

    1. Antonio, obrigado pelo comentário. Por enquanto eu diria que o time da segunda partida FOI melhor que o da primeira. Ainda não diria que É melhor. O importante é que começa a questionar algumas titularidades mantidas no carteiraço.

  1. Bom, pessoal, eu concordo em praticamente tudo com o Naladar.
    O escore foi muito melhor que o desempenho. Erramos muitos passes na hora em que o contra-ataque estava escancarado para o Inter. Mas gostei mais de ontem do que o Inter da primeira partida. Não pelo escore. Mas por achar que o time teve mais mais vontade, mais garra e mais intensidade. Mesmo jogando na casa do adversário. No primeiro jogo o Inter foi morno, muito lento, embora fosse o time considerado titular, praticamente o mesmo que jogou todo o ano de 2017. E ontem com um time improvisado, que nunca havia jogado, teve muito mais atitude. Dou o devido desconto para os estreantes. Mas creio que Roger tem muito a acrescentar ao time.
    Abraços a todos os parças do blog!

  2. Alô você Naladar!
    Faltas sucessivas, correrias em vão, erro de passes, segue tudo igual, encoberto ppara alguns em função do resultado. Tudo isso, ou grande parte, decorre da falta de entrosamento, então também não entendi a radical alteração na segunda partida. Precisamos de ritmo, de entrosamento, precisamos jogar, não há como entender isso. Nico pra mim o grande destaque seguido pelo Thales, portanto concordo com as tuas observações.
    Coloradamente,
    Melo

    1. Melo, muito obrigado pelo comentário. Bom que vimos o mesmo jogo. Vou manter a corda esticada, em termos de exigência, para não incorrer no mesmo erro de anos anteriores, quando ficamos sensíveis aos papos de início de temporada e depois vimos no que deu.

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