Em um belo domingo de sol, com a presença de mais de 42.000 torcedores no Beira-Rio, empolgados pela boa campanha e pela contratação de Paolo Guerreiro, a equipe Colorada logo que iniciou o jogo, deixava muito clara que sua intenção era vencer a equipe do Paraná. O Paraná, por outro lado, bem armado, defensivamente mostrava que estava disposto a não perder, valorizando a marcação dos jogadores adversários, tirando espaços, procurando livra-se da bola e não demonstrava interesse em contra-atacar.
O ataque Colorado, formado por Pottker, Álvez e Nico Lopez, tentavam fazer algumas jogadas individuais, mas o número de marcadores era muito grande. A equipe do Paraná atacou poucas vezes, sem perigo à meta Colorada até quase o final do primeiro tempo, que já mostrava que a posse de bola da equipe Colorada era maior de 80%. A equipe paraense só se preocupava em se defender e abusava da cera.
Durante todo o primeiro tempo o Internacional jogou melhor, mas sem conseguir levar real perigo à meta adversária, insistiu nas bolas lançadas à área e se percebia claramente a falta de alguém para municiar o ataque Colorado e vir de trás para ajudar, principalmente pelas pontas.
O jogo no segundo tempo iniciou um pouco mais “quente”, com um chute perigoso para fora da equipe paranaense, mas a equipe do Internacional continuou demonstrando seu objetivo de vencer a partida. Já o Paraná esboçava um melhor desempenho, que se mostrou ser falso e efetuou alguns poucos ataques perigosos.
Aos 52 minutos do 2º tempo, Camilo bateu magistralmente uma falta de fora da área, fazendo lembrar seus velhos tempos e o ausente D´Alessandro, marcando o único gol e que premiou a única equipe que mostrou durante todo o jogo vontade de vencer. Resultado merecido e justo 1 x 0 e a garantia da vice- liderança ao Inal do 1º turno do Campeonato Brasileiro de 2018 – Série A.
Conclusões finais:
Sinceramente, fica no ar uma constatação. Não consigo entender como determinados comentaristas elogiam a estratégia de alguns clubes jogarem por uma bola só, no meu tempo, nada mais que “onze embaixo dos paus”, negando a prática de um bom jogo de futebol, tornando-o enfadonho, chato e feio. A torcida Colorada, nesse domingo, poderia ter apreciado um bom jogo de futebol, bastava que a equipe do Paraná estivesse disposta a jogar. Caso a equipe Colorada não tivesse tido a competência de marcar o seu gol, com certeza, sairia frustrada do Beira-Rio.
Quanto ao desempenho Colorado, foi bem prejudicado pela forma da equipe adversária jogar. Emerson Santos foi uma grata surpresa, substituindo sem sobressaltos e com competência Cuesta, suspenso pelo 3º cartão amarelo. Não acredito que os cartões amarelos tomados pelos jogadores Colorados (ficarão fora do próximo jogo) foram intencionais, pois o jogo contra o Bahia, na Fonte Nova, será muito difícil, principalmente porque o time baiano vem de boas apresentações e, em casa, é difícil de ser batido. Para o 2º turno o treinador Colorado deverá encontrar uma forma de melhor enfrentar adversários que se fecham atrás, ficam só destruindo e jogando por uma bola. Da maneira como joga atualmente, lançando bolas altas para a área, com os atuais jogadores em campo, não tem alcançado bons resultados. Acredito que faltam jogadas pelas pontas e mais companheiros, vindos de trás, para a troca de passes com os atacantes.
Detalhes principais do Jogo
Campeonato Brasileiro 2018 Série A
Local: Beira-Rio, em Porto Alegre.
Data e horário: 19 de agosto de 2018, 11:00 horas
Resultado: Internacional (1) x (0) Paraná
Escalações:
Internacional: Lomba, Fabiano (Rossi), Moledo, Emerson, Iago, Rodrigo Dourado, Edenilson, Patrick, Pottker (Lucca), Nico Lopez e Álvez (Camilo). Técnico: Odair Hellmann
Paraná: Richard, Júnior, René, Rayan, Igor (Leandro), Jhony (Jhonny Lucas), Wesley, Caio, Silvinho (Rafael), Rodolfo e Carlos. Técnico: Claudinei Oliveira
Mesmo os mais céticos, analisando somente os resultados do trabalho do atual treinador, até esse momento, só merece reconhecimento e elogios, mas, penso eu, falta ainda algo a ajustar para pensarmos em título. Para uma melhor avaliação, veja os gráficos abaixo (clique sobre o gráfico para ter maior visualização).
Amigo Paupério, como sempre brilhantes em seus comentários. Leitura fiel dos acontecimentos que nos levaram por algumas horas, à liderança do Campeonato. Mas quem pensava que ao cabo do primeiro turno, estaríamos nesta condição, quem, pergunto eu. No começo do ano, todos imaginavam que a esta hora os colorados já estavam fazendo contas para chegar aos 45 pontos, que matematicamente, livra o rebaixamento. Pois imaginem, faltam somente sete pontos e temos cinquenta e sete para disputar. Isso é maravilhoso, a nossa contabilidade mudou a pirâmide, a nossa matemática é para chegar entre os que vão disputar a Libertadores. Estou pra lá de feliz. Mas é vida que segue, a mesma tenacidade, determinação e vontade tem que continuar e para terminar, este tal de Odair tem estrela, tá provado com a entrada do Camilo no final do jogo. abraço.
Leandro Godoy
Godoy, obrigado pelo “como sempre…”. Sei que em determinados momentos posso passar a ideia de ser muito chato, mas percebo que ainda falta algo na transição meio de campo/ataque (o contra ataque é muito moroso) e quando ataca (falta gente para tabelar e/ou lançar bolas altas para a área não é a melhor solução, melhor seria cruzar a meia altura ou rasteiro). Fico somente com uma dúvida, se é estrela do treinador ou se é fazer a opção que o jogo está pedindo e ele não consegue enxergar antes. O gol foi fruto da batida excepcional do Camilo e, como sabemos, sempre bateu faltas desse jeito, apenas no Internacional é que não vemos ele com essas oportunidades.
Muito boa vitória do Inter. Quando tudo parecia indicar que mais um empate tiraria dois pontos do Colorado.
Mas o Inter não jogou bem. Na minha modesta opinião, é claro. Time lento, previsível e sem articulação. Muita bola erguida para a área. Ora, Potker, Nico, Patrick não são bons cabeceadores. Sobrava apenas o J.Alves. Assim, a defesa tirava todas as bolas alçadas. Falta armadores no time. Edenilson não é armador. Não adianta os três atacantes se a bola não chega lá na frente. Ainda bem que ontem o cabeludo Camilo cobrou a falta e marcou. Sim, pois ultimamente o Edenilson que não sabe chutar um bola a gol, andou se.
arvorando em cobrador de faltas. E não deu em nada. Nem poderia dar. A não ser por acaso. Falta é pra quem sabe, quem é especialista. Outra coisa que ando preocupado é com o grande número de cartões amarelos que os nossos jogadores recebem. Lá vamos agora, num jogo duríssimo contra o Bahia na Fonte Nova, com meio time fora. Se o Inter não está sendo tão atacado em casa, e enfrentando muitas retrancas, por que tantos amarelos? Quanto aos Odair, ainda não me convenceu, ainda desconfio que não é tudo o que começa a see dizer que ele é…
Abraços aos parças do blog!
José, concordo plenamente com todas as tuas observações, mas a impressão que tenho é de que poucos conseguem enxergar isso. O time do Internacional vence, mas não convence, não consegue passar a confiança que gostaríamos de ter. Quanto ao treinador, como questionar alguém que está com o time que comanda na 2ª colocação, mas, sinceramente, não me convence, analisando todo o ano de 2018 e a evolução do time Colorado..
“Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.” Parafraseio a idéia, porque idéia não tem dono. Paupério, que até o final da última rodada do segundo turno tenhamos motivos para diferentes observações, e que os três pontos conquistados venham a ser somados claramente através dos esforços demonstrados em campo. O Inter, nosso Inter está “Grande” novamente. Não questionemos o título. Questionemos a evolução, o amadurecimento, e quiçá a vinda do Paolo Guerrero não seja motivo de desconforto no vestiário. Que não haja a idéia de titularidade no nome e sim na dedicação em campo. Não quero um timo perfeito, quero um time vencedor. Retranca revela que o adversário é superior, e jogar contra adversário que vem contabilizar um ponto obriga a cautela, todo o cuidado é pouco. E ganhar em gol de falta aos 52 minutos também revela grande mérito e dedo do treinador, estabelecendo a vítória através de seu banco. Simone, golzinho? Wanderlei, tira o chapéu: Habemus Treinador!
Jaldemir, concordo com grande parte do teu comentário, entretanto lembra que ainda não conquistamos nada, pois estamos somente no meio do caminho e em 2º lugar (quero ser campeão e não vejo razões para não querer isso). Quanto ao treinador, sinceramente, pelo tempo que está a frete do time e pelo plantel que tem à sua disposição, esperava mais, muito mais. Não soube ainda definir como o time deve jogar contra clubes retrancados, insistindo nos lançamentos áreas para a área (sem um centro avante alto e cabeceador), quando deveriam ser troca rápidas de passes e cruzamentos a meia altura ou rasteiros.
Pauperio, vitória importantíssima. Gol de falta (nem me lembro quando foi o último), de longe, de um jogador que veio do banco. Aos 51′, quando na nossa rivalidade gre-Nal os co-irmãos já comemoravam. Ficou para eles um gosto amargo e um domingo menos feliz. Para a imensa massa vermelha, que superlotou o mais belo estádio do sul do Brasil foi só alegria. Êxtase total. Quem não estava no BR também festejou muito o bom momento.
Desde o início dos pontos corridos em 2003 foi nossa melhor campanha. Parabéns Prof. Odair e equipe. Nossa direção mostra que está bem atenta.
Vamos observar que já é a quarta rodada que estamos na obriga da vitória e de um jeito vamos conseguindo ganhar, em casa ou fora. Aquela lenga-lenga de empate fora de casa é bom resultado ao que parece está sendo erradicada do BR. Campeonato de pontos corridos premia quem ganha mais em qualquer estádio.
Por fim, na copa do mundo recém jogada todos viram a grande dificuldade que muitas seleções mais tradicionais tiveram com modestas seleções. Que jogam fechadas, com linhas de marcação muito próximas, muita pegada, muita tática e disciplina. E normalmente com um ou dois jogadores para o contra-ataque. Isso em copa do mundo que é a elite do futebol reunida a cada quatro anos. Agora imagina no campeonato brasileiro, onde nossos melhores e mais criativos jogadores estão sendo levados para o exterior já aos dezessete anos.
Também não morro de amores por esse tal de futebol “reativo”, mas é uma praga que parece veio para ficar, com nossos melhores valores indo embora do Brasil sempre que se destacam!
Abraço!
Celio, concordo com o teor de teus comentários, mas vejo no time Colorado uma indefinição tática. De nada adianta superioridade de posse de bola, se o time troca passes lentos, muitas vezes para trás para o goleiro dar um chutão para a frente, sem gente suficiente e rapidez nos contra-ataques, total falta de agressividade no ataque e objetividade nos chutes a gol. Falta a esse treinador enxergar as dificuldades e mudar a forma de jogar, ou seja, ter opções de mudar quando necessário. Hoje é o mesmo, do mesmo. A exceção foi a troca audaciosa do Fabiano por Edenilson na lateral direita.
Alô você Pauperio!
Um show de post com seus já tradicionais e ilustrativos gráficos que marcam sua competência. Retratastes muito bem o que eu também vi. Um estádio empolgado um time empolgado tentando , tentando e outro time sentindo-se inferior , atrás, a espera do passar do tempo para levar um pontinho de volta na bagagem. Não os condeno pois foi a estratégia escolhida. Por parte do INTER foi tentando do jeito que dava. A meu juizo tivemos uma marcação EQUIVOCADA de impedimento quanto na sequencia Nico foi derrubado pelo goleiro, penalti. |Mas futebol é feito disso também. OH usou o que tinha de armas. Escutando na rádio grenal, pude ouviu o rreporter falar antes da cobrança da falta: “se for o Camilo é gol, no último treino cobrou seis e colocou todas na gaveta”. Não deu outra.
Coloradamente,
Melo
Melo, vibrei muito com o gol do Camilo, principalmente porque acredito que não “tenha esquecido o seu jogo”. Lembrou D´Alessandro e outros Colorados exímios batedores de falta nas horas mais críticas. Ao final, com certeza, uma vitória justa e merecida perante a covardia da forma de atuar da equipe adversária.
Jogar com os times da parte de baixo sempre é um desafio a parte: retranca, o jogo não acontece, seguram o máximo que podem… mas a persistência colorada nos premiou com um golzinho no final que, modéstia parte, merecemos para garantir os três pontos.
Simone, ao final, com certeza, uma vitória justa e merecida perante a covardia da forma de atuar da equipe adversária. Seria muito triste mais de 42.000 torcedores Colorados amargar um empate nesse jogo. Graças ao chute de Camilo saímos com três pontos merecidos, castigando quem jogau o futebol de retranca e de apenas destruição.
JOGO RÁPIDO COMO A NOSSA RÁPIDA LIDERANÇA!!!
O Internacional esta disputando um campeonato tri acirrado contra alguns tricolores.
Nos últimos dias venceu o Fluminense, hoje o Paraná, e quem sabe também possa vencer o Bahia na abertura do segundo turno.
Não podemos esquecer que estamos quase grudadinho no tricolor e líder por merecimento São Paulo.
Mas, está ficando tri xarope está situação do tricolor do uma e tá Grêmio, ficar no nosso encalço rodada após rodada.
Quem quer ser Campeão no final do ano, precisará superar todos os pequenos e grandes adversários, na maioria das oportunidades dentro e fora dos seus domínios.
O Internacional está conseguindo ir bem longe neste Brasileirão, e isto deve ser muito valorizado, porque somos vice líder.
Tomara que o nosso Colorado continue nesta levada, mesmo dando uma goleada de um a zero nos seus encardidos jogos.
Abs. Dorian Bueno, POA.
Dorian, também penso assim. Bem ou mal, os desempenhos Colorados, até agora, nos mantém na vice-liderança, mas quero ser campeão. Acredito que no 2º turno “o furo será mais embaixo”.
Pauperio, eu estava no Beira Rio e a manhã foi meio mágica. Primeiro uma calorosa demonstração de amor e gratidão ao ídolo Dalessandro. Eu estava próximo ao camarote e me emocionei. Depois a torcida voltou a gritar o nome dos jogadores mostrando total empatia com o time. Prenúncio de novas eras. E para minha surpresa, neste ato tambem homenagearam o técnico Odair, momento em que a torcida de todo o estádio se juntou a organizada e repetiu o nome de Odair com força. Reconhecimento merecido e devolvido na comemoração do gol.Chegou a ser engraçado a forma como ele explodiu e comemorou junto a torcida… sobre o jogo em si, eu esperava as dificuldades que enfrentamos. Principalmente porque estamos jogando sem um meia de criação…Sim Dale faz falta. Patrick foi bem no primeiro tempo mas depois o calor parece ter intimidado o rapaz…. Dourado tem sido um monstro na defesa e tentando ser objetivo na construção das jogadas (no rio o primeiro gol foi do Nico com uma roubada de bola do Dourado e um passe fantástico) e Edenilson foi inoperante. Para mim ele é o que mais prejudica o meio de campo do Inter. Nico bem marcado fez o que pode…Enfim, o Paraná (vejam as estatisticas) sempre foi um adversário difícil para o Inter. Tem mais vitórias e mais gols marcados no confronto direto. Estar por último na tabela do brasileirão, hoje em dia não quer dizer muita coisa. Os times estão muito parecidos…
Adriana, reconhecer méritos é muito bom, apesar de eu ainda “estar com um pé atrás” quanto ao trabalho do atual treinador. Com o tempo que teve até agora e com o plantel que tem à sua disposição, acredito e posso estar enganado, poderíamos ter desempenhos melhores, mais agressivos e mais objetivos. Acho que o “grande nó” está na forma de contra-atacar, de atacar e na escalação dos jogadores de frente. Me preocupo um pouco com o excesso de cartões amarelos, principalmente do Dourado (já são 7 nesse campeonato).
pauperio, não sou do tipo que diz uma coisa e depois outra, primeiro, sempre digo que jogando no Brio contra paranás da vida não temos que tomar conhecimento, não interessa se eles vem retrancados com os onze dentro do gol deles, TEMOS QUE GANHAR e ponto, temos que achar um jeito de furar a retranca.. Acho que Odair demora demais pra trocar, ontem de novo Potker não jogou nada, Alvez também não, é fraco técnicamente, pq o cara espera até os 30 35 do segundo pra mudar????? Ele tem medo do quê??? Se o jogador em 45 minutos não mostra a que veio é pq não é o dia dele, me parece que o treinero tem medo de se queimar com seus jogadores, se o time que ele colocou não está conseguindo êxito durante o jogo, ele tem que se mexer trocar, não só ficar batendo palmas ao redor do campo. Se eu fisesse um texto (quem me dera kkk) o titulo seria VALEU PELOS 3 PONTOS E PONTO. Mas enfim na minha contagem faltam 8 pontos ainda. Depois o que vier é lucro.
Vanderlei, concordo com quase tudo que está em teu comentário. Também acredito que o atual treinador demora muito para efetuar as substituições, mas, nesse jogo, ousou na substituição do Fabiano e acertou nas trocas de Pottker a Álvez. Sinceramente, posso estar enganado, mas sinto que ainda falta algo na passagem meio de campo ataque e um pouco mais de agressividade e objetividade nos ataques se quisermos pensar em título. Acredito que sem um centro avante alto para cabecear, lanças bolas altas para a área não é a melhor jogada, pois nesse caso, deveriam haver cruzamentos a meia altura ou rasteiros.
Olá Paupério, concordo que há carências, principalmente de boa articulação, muita troca de passes laterais, lentidão na transição da defesa para o ataque. Denilson e Patrick não tô am a bola de primeira, conduzem demais em consequência os atacantes são já mal municiados. Agora os resultados tem sido fantásticos. Abraço.
Roldan, concordo com tuas observações. Os resultados são, sinceramente, muito além do que esperava, mas falta melhorar ainda mais se quisermos festejar um título em 2018.