Um dos ditos sábios do futebol gaúcho profetizou um dia que as alegrias da conquista de um campeonato importante duravam no máximo 48 horas e os problemas de um grande Clube já suplantavam a euforia da recente conquista. Pois estamos na disputa do campeonato Gaúcho, diga-se de passagem, com o rendimento bem abaixo que todos nós gostaríamos e com um enorme encargo a ser enfrentado, uma Libertadores, que virou paixão de todos os Clubes brasileiros que chegam até mesmo desprezar o campeonato nacional, que diferente da competição latina tem o famigerado rebaixamento.
A Copa do Brasil então virou café pequeno, quase nem se fala nela, muito embora sendo um atalho para o paraíso, e de lambuja com uma premiação superior aos decantados títulos da Libertadores e Brasileirão juntos. Sim, são mais de 50 milhões ao Campeão, bem como uma vaga para a tão almejada conquista da maior competição da confederação Sul Americana.
Confesso que quando terminou o ano de 2018, fiquei com uma sensação ambígua, pois no início não
temia o propalado rebaixamento apregoado pela imprensa isenta e por boa parte da nossa torcida, chegada num pessimismo, mas também não previa atingir o terceiro lugar.
Até aos 2/3 da competição, fiquei com a sensação que sem alguns erros estratégicos poderíamos ter chegado ao título, mas não foi o que aconteceu. Tendo em vista a enorme pressão por todo circo que forma um grande Clube, acho que foi um desempenho aceitável, não festejei, nem lamentei, aceitei.
Então pensei, agora vamos atrás da cerejeira que faltou no nosso bolo, sim, cerejeira, pois não era uma, mas umas cinco cerejas que faltavam para se tornar um belo e saboroso bolo, eis que foram contratados até mais de cinco, mas enfeites secundários, que pouco ou nada acrescentam à qualidade do nosso combalido bolo.
Deixando os trocadilhos de lado, na verdade, creio que até perdemos qualidade com a saída do Damião. Não veio um único reforço, não foi acrescentada qualidade, algumas certezas tornaram-se dúvidas, tais como Zeca, tido como uma grande tacada ao ser trocado pelo Sasha, até agora não reencontrou o futebol jogado no Santos.
Para complicar um pouco mais, um setor que foi o ponto de equilíbrio na maior parte de 2018, se desestabilizou com a vertical perda de rendimento do Patrick. Já era preocupante a falta de substituto na ausência de R Dourado, Edenilson ou do próprio Patrick, a queda de rendimento era absurda e não havia ninguém para manter o ritmo dos titulares.
Aí vem o problema principal, salvo melhor juízo, o Internacional já deveria ter providenciado um substituto para o D’Alessandro, uns três anos atrás, pois pasmem, não providenciou sequer um reserva à altura. Deixo bem claro, não sou torcedor de jogador, eu torço para o Clube, mas também não sofro de cegueira raivosa, e lhes asseguro, nesse elenco atual, lamentavelmente ele tem que jogar de bengala, cadeira de rodas, maneado, etc…
Sua dispensa, sem substituição devida, já nos custou um rebaixamento, ano passado para provar que tinha comando e por ter caído na onda do lado azul da imprensa que odeia o gringo, Odair Helman o colocou na reserva e creio que teríamos resultados bem melhores com mais escalações no time titular.
Eu também sei, não tem mais velocidade, explosão muscular, não consegue recompor e tudo isso mostra que temos uma equipe insuficiente, pois ele é o único com real liderança, capaz de alterar a cadencia de jogo, fazer uma inversão de lado e colocar um atacante na cara do gol.
Se não acharem um substituto a sua altura, ou pretensamente jogarmos com dez, ou seja, com ele em campo, não tenho a menor dúvida, não iremos a lugar nenhum, até mesmo para enfrentar a arbitragem, haja vistas o jogo contra o Caxias. Estávamos com um a menos, marasmo total, mas ele tem o dom de enlouquecer os apitadores, adversários e até os companheiros, mas os três pontos vieram.
Bom, não vamos a lugar nenhum? Nem tudo está perdido, restam algumas esperanças a um otimista, quem sabe o Guerreiro não supere Damião, Nonato não assuma a titularidade ou faz o Patrick voltar a corresponder, Pedro Lucas deslancha, pois quando recebe bola parece promissor, Sarrafiore comece a ser o substituto ou um reserva à altura para posição de armador da equipe.
Também espero que os Deuses o Futebol nos vejam com olhos de pai e não mau padrasto e, vencida essa fase classificatória, ache um caminho menos penoso para percorrermos, ilumine as ideias do Odair, para que quando um meia entregue a bola em vez de ficar parado ou correr para trás se projete e permita o time avançar, arme um sistema de proteção aos dois laterais, pois notoriamente são deficientes na marcação.
Por falar em Odair, em 13 de setembro 2018, estava eu na angustia da antessala de um bloco cirúrgico e já com aquela roupa constrangedora, para passar o tempo e manter a serenidade, no meu celular no Youtube assisti um programa da ESPN, “Bola da vez”, que era com nosso técnico, confesso que até me emocionei com as dificuldades narradas por ele na sua trajetória de vida.
Claro que só isso não é suficiente para ser treinador do Inter, mas como a vida nunca foi fácil para mim também, passei a torcer muito para que ele tenha sucesso e conduza o Internacional novamente ao caminho das relevantes conquistas. Não atribuo o atual momento somente a ele, tem muito caroço por debaixo desse angu.
Como futebol nem sempre ganha o melhor, o melhor aparelhado, principalmente na Libertadores, dá para ir longe sim, acreditemos.
Olá Jaldemir, acho que falta algumas coisas mas correções vamos encarar, abraço ao amigo.
Olá Arioldo.
Apesar de não engrenar agora, sinto que melhoraremos ao longo da Libertadores.Se o título vier eu não sei, mas como falastes temos que acreditar que possamos ir longe.
Abraços Messias Fortes
Olá Messias Fortes, olhando esses três jogadores da foto, Guerreiro, D’Alessandro e Nico Lopes temos que acreditar num bom papel, no mínimo uma campanha decente, abraço.
Alô você Roldan!
Especialmente teu lado positivo de enxergar que é possivel com os valores que temos é animador. Creio que duas ou três individualidades confirmarem, será o suficiente para que o coletivo melhore? Não sei, mas é por isso que torço.
Coliradamente,
Melo
Olá Melo, seguindo a tradição gaúcha, ao podemos se entregar pros homem, vamos a luta, abraço.
Grande Arioldo! Grande Roldan! É isto mesmo! Reforçastes meu otimismo semelhante aquela senhora que lambia sabão acreditando saborear um portento queijo! Muito mais que as dificuldades aparentes vale mais no momento a incerteza do futuro próximo. Caso contrário, pelo inicio do campeonato brasileiro – Serie A – 2018, nosso amado Inter deveria estar novamente na Série B. E não fosse a “mão grande” , para não se falar em pezões , garotinhos e descobridores fracassados, nossa Carteira ou “Burra” poderia estar colaborando para a construção de uma grande equipe, tão motivo de debate entre nós blogueiros baquianos. Se o maior time europeu em um clássico consegue tomar uma goleada de 3 x 0 perante seu maior rival, em casa, nossas vitórias por 1 x 0 podem se prolongar porque serão goleadas de 3 pontos!. Se não estamos convencendo,mas ganhando, vamos em frente. “Academias” atualmente são poucas. Temos uma aqui do lado. Mas quando verdadeiramente a ” porca torcer o rabo” e o futebol bonito perder espaço para a objetividade do resultado, os pregos aparecerão nos assentos, o sorriso será amarelo, e a face da derrota ainda ensaiará a tradicional frase: jogamos bem, mas o adversário soube aproveitar as oportunidades… Libertadores é puro Suor! Muito Suor! Concentração é pouco; muita luta e vontade de vencer: um por cento de talento e noventa e nove de emoção!. Grande abraço!