Uma chacoalhada, mas sem o Coalhada!

Prezado(a)s Colorado(a)s,

Geralmente eu não acordo muito cedo aos domingos, mas hoje evidentemente fiz um “sacrifício”, por isso levantei por volta das 06h19min para assistir ao vivo, pela Internet, o nosso primeiro compromisso pelas quartas-de-finais do Gauchão 2019. Como a partida começava por volta das 19h00 de sábado aí no Rio Grande do Sul, aqui neste outro lado do mundo já era 07h00 da manhã deste domingo frio (temperatura por volta de 4 graus Celsius), portanto já estava devidamente “fardado” na frente do computador 15 minutos antes do início do jogo.  😉

Embora o jogo não tenho sido estressante, vamos combinar que o nosso desempenho no primeiro tempo foi muito decepcionante, principalmente sabendo-se que gol fora de casa vale o dobro em caso de desempate nos critérios técnicos. Com um meio-de-campo praticamente sem criatividade no ataque, só chutamos duas bolas através do Guilherme Parede (uma delas foi uma oportunidade muito boa). Não foi surpresa nenhuma portanto que o Novo Hamburgo tenha tentado fazer uma pressão, ainda que não muito forte, sobre a defesa Colorada.

Ainda bem que no segundo tempo tivemos mais atitude em campo e, graças a uma jogada muito bem trabalhada entre o Uendel e o Nico López, conseguimos abrir o marcador. Entretanto, ainda estavámos sem criatividade no meio-de-campo (apesar de dois meio-armadores presentes no banco de reservas), mas graças a Deus o técnico Odair “Maionese” Hellmann ouviu as nossas preces e colocou o Sarrafiore em campo. E que golaço o jovem argentino fez, hein? Uma “bucha” quase que indefensável no canto direito do goleiro Gustavo praticamente definiu a partida em 2 x 0 e proporcionou ao nosso time uma chance muito grande de passar para as semifinais do Gauchão 2019!  🙂

Segue abaixo a minha impressão de como se comportou cada jogador Colorado na jornada de hoje no estádio do Vale, em Novo Hamburgo (cidade dos meus queridos avós, já falecidos, e de tantas memórias de infância que guardo com muito carinho e emoção no meu coração Colorado):

• Marcelo Lomba: não foi exigido no primeiro tempo, mas no segundo tempo fez uma defesa muito importante quando o placar ainda estava em branco (nota 7)
• Bruno: não teve problemas no setor defensivo, mas também não apoiou muito (nota 6)
• Emerson Santos: eu estava receioso já que a zaga era composta por um titular e um reserva, ou seja, sem muito entrosamento, mas jogou relativamente bem com o seu companheiro argentino (nota 6)
• Víctor Cuesta: fez uma razoável partida, sem maiores problemas defensivos (nota 6)
• Ueldel: passou algumas dificuldades contra o paraguaio Bustamante, mas a jogada dele com o Nico López foi primordial para saírmos de Novo Hamburgo com uma vitória (nota 7)
• Rithely: embora tenha sido bem defensivamente eu esperava que fosse ao menos um pouco criativo na armação de jogadas para os atacantes (nota 5)
• Edenílson: foi “caçado” em campo, por isso teve algumas dificuldades ao tentar criar jogadas no ataque (nota 6)
• Nonato: jogou bem, principalmente no segundo tempo, mas sem maiores inspirações (nota 6)
• Guilherme Parede: muita boa movimentação no ataque, tanto pela direita quanto pela esquerda, sempre chutando a gol (nota 7)
• Sarrafiore: entrou nos últimos 20 minutos, mas fez um golaço de fora da área e o seu terceiro gol com a camisa Colorada! (nota 8)
• Nico López: o atacante uruguaio não perdoa, chuta de qualquer jeito sem medo de ser feliz! (nota 8)
• Pedro Lucas: praticamente não entrou em campo hoje, por isso não voltou a campo depois do intervalo (nota 4)
• Tréllez: ao menos hoje foi bem melhor que o Pedro Lucas, tanto que até chutou uma bola a gol e deu uma de “Parede“ ao escorar a bola para o golaço do argentino Sarrafiore (nota 6)
• Wellington Silva: entrou faltando menos de 5 minutos para acabar o jogo, por isso recebe a nota padrão (nota 5)

Foi uma vitória de 2 x 0 muito importante, porque mesmo perdendo por um gol de diferença na próxima quarta-feira estaremos classificados para as semifinais do Gauchão 2019. Mas antes de encerrar a coluna gostaria de explicar o motivo do título da mesma, ou seja, “Uma chacoalhada, mas sem o Coalhada!”:

Chacoalhada (segundo palavras do goleiraço Marcelo Lomba) porque foi o que o técnico Odair “Maionese” Hellmann fez no intervalo do jogo ao chamar a atenção do grupo de jogadores para a “sonolência” do time durante o primeiro tempo. E Coalhada porque a palavra “chacoalhada” me fez lembrar daquele personagem sensacional (um jogador de futebol “perna-de-pau”) interpretado magnificamente pelo grande humorista Chico Anísio…  🙂 🙂

Coalhada (o pior jogador de futebol do mundo 🙂 )

Até a próxima partida! 🙂

Saudações Coloradas da Terra do Sol Nascente,

Wilson Pardi Junior
Cônsul do Sport Club Internacional no Japão