De onde viemos, onde estamos, para onde vamos

Minhas primeiras lembranças, remontam aos idos de 1968, um garoto de dez anos na distante Jaguarão-RS, ali tomei conhecimento da existência do Internacional, comecei juntamente com meu pai, indo nos meios de semana de noite na casa de um querido tio, Dejalma, para escutar nas ondas curtas do radinho as transmissões dos jogos.

Jamais poderia imaginar que estava surgindo uma das maiores paixões da minha vida, que já acompanhavam meu pai e meu tio. Nos domingos, se sofisticava, pois íamos escutar aos jogos numa pescaria nas sangas, canais ou rio Jaguarão.

Esse interesse aumentou quando no lixo encontrei uma revista que mostrava o então Gigante da Beira Rio num estágio bem avançado da sua construção, sim não foi de sobras jogadas fora que via as primeiras imagens de um dos estádios mais importante do futebol mundial.

Sete anos depois, estaríamos rompendo os limites do Sul e alarmando o Brasil, que hoje vários cronistas importantes vieram entender a união do chamado futebol arte e a competição ferrenha, talvez faça parte da transição do jogador de futebol, pois até algum tempo chamavam de truculência.

É claro que antes já tínhamos uma grande e bela história, mais acredito que ali estabelecemos um marco maior, e ninguém mais pode pôr em dúvida a capacidade de enfrentamento dos gaúchos perante os demais Estados do Brasil, principalmente quando ficou bem claro, não se tratava de um acaso, pois 76 e 79, consolidaram nosso novo status.

Onde estamos

Chegamos ao topo, conquistamos a América e o Mundo, aquele bem grandão, com mais de dois continentes, enfim, títulos que podem interessar um grande Clube, nós temos o troféu correspondente guardado para visitação pública em nosso museu, inclusive torcedores de outros Clubes que queiram pode chegar lá e apreciar, só S. Paulo e Corinthians possuem também no Brasil.

Para onde vamos.

Sei que o momento é angustiante, poucas certezas e muitas dúvidas, mas após uma queda vertiginosa, muito embora no atual século somos o Clube que mais títulos conquistou, estamos num marasmo em todas as áreas, assuntos que eram tratados em 2014, não saíram dos planos até agora.

Cito, construção do Centro de Treinamentos, reforma do Gigantinho, rentabilização das aéreas do complexo Beira Rio entre outros, escuto falar em procura de parcerias, investidores, coisas do gênero, mas só não percebo avanços.

Principalmente a obra do CT em Guaíba para potencializar as categorias de base que, salvo melhor juízo, foram muito prejudicadas, após a remodelação do Estádio. Não seria possível criar uma categoria de sócios dispostos a viabilizar o empreendimento?

Só os portadores da chamada carteira vermelha, com um acréscimo de R$ 20,00, aportariam R$ 600 mil reais ao mês para tirar a situação do marasmo que se encontra, pois o essencial são os gramados e uma estrutura mínima, com a devida segurança, para dar a partida.

Ainda sobram 70 mil sócios a serem instados a participar dos esforços para efetivar algo essencial para a sobrevivência da Instituição, pois é através da atividade fim que pode vir a salvação, nada gera mais lucros ou sustentação que a produção de atletas que possam, além de jogar, conquistar e serem vendidos por valores substanciais para o mercado europeu.

Será que somente os conselheiros podem opinar sobre o Internacional? Nunca recebi uma pesquisa a respeito de qualquer assunto referente ao meu Clube.

Bem, no meu entender, viemos da humildade, atingimos o ápice e estamos bastante encrencados, necessitamos de ação positiva, propositiva e urgente.

4 thoughts on “De onde viemos, onde estamos, para onde vamos

  1. Ilustre Roldan: em tempos de Pandemia, em período de exceção, por em ação projetos mesmo aprovados, ou que já estavam em pleno andamento, s.m.j., somente com um lastro financeiro de perder de vista para suportar as incertezas de investimento e a certeza dos compromissos existentes. Nosso Inter antes mesmo vinha realizando transformações estruturais em recursos humanos. Com a oficialização da Pandemia mais medidas severas tomaram forma e desagradáveis ao Clube considerado do Povo. Temos sim muitas áreas conforme enumerastes de investimento. Espero que num futuro próximo a curto prazo, passada essa nuvem de amarguras, possamos retomar o caminho do crescimento. Abraço.

  2. Oi Roldan. Interessante a tua postagem. Vou me deter no momento atual. O Inter já vinha com dificuldades financeiras, que acabaram se agravando com a paralização das Competições. Já muito tempo que se fala , que as equipes de primeira linha, tem que ser uma Empresa. Vi um dia desses na TV, o que é o Estádio do Palmeiras. Simplesmente é um Shoping, com tudo o que se pode imaginar de lojas e restaurantes.o Inter tem espaço para realizar algo parecido, que viria fortalecer os cofres. Acontece que temos patrimônio e não temos dinheiro para investimentos.

  3. Olá Melo, além da situação caótica motivada pela Pandemia essa situação de imobilidade que se vê no Inter muito me preocupa, abraço.

  4. Alô você Roldan!
    Interessante a tua abordagem. Quanto ao CT ouvi aqui e ali, nada oficial, evidentemente que o ideal seria construir um CT para os profissionais, ali mesmo no Parque com a construção inclusive de Hotel que serviria também como concentração (bem no momento em que é pensa em abolir tal procedimento). Quanto ao CT de Guaíba, teria suporte para jogos da Base, e também para o futebol feminino. Parece não haver dúvidas de que estamos longe de ver concretizado, pelo menos enquanto não houver arrojo para implantar uma captação de recurso específica para tal, como bem exemplificastes.
    Diretamente de NATAL RN
    Coloradamente,
    Melo

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