E a vida continua…

Escrevo esse texto sem ter lido nem ouvido nenhum comentário do jogo, falo apenas com o que vi e com o que senti. Não é mais a hora de dizer que o jogador A falhou, que B não marcou ou que C não deveria ter entrado no time, dá apenas para dizer que hoje não foi dia do Inter. Assim como aconteceu em boa parte do Brasileiro, perdemos um jogo que poderíamos ter ganhado. Acho que Mazembe atacou três bolas de real perigo ao gol, duas entraram, enquanto que o Inter desperdiçou duas grandes chances e outras tantas com menos perigo.

Ao contrário de muitos torcedores no estádio que atravessaram o oceano, levaram mais de 16 horas para chegar em Abu Dhabi e que com 15 minutos de jogo começa a “cornetiar” o time e pedir para trocar eu cantei bem alto. Incentivei aqueles 11 jogadores de vermelho que entraram em campo, fiz a minha parte ao invés de vaiar e deixar o medo da derrota calar mais de 4 ou 5 mil Colorados. Não transformamos Abu Dhabi no Beira-Rio, a força do Gigante não foi para o deserto.

Desta vez não tivemos um Gabiru, senti falta de um Iarley para desequilibrar o adversário, mas principalmente, senti falta de um líder que gritasse e os outros ouvissem… senti falta de alguém como Fernandão. Saudosismo… talvez??? Não, apenas uma comparação em meio a um ano de tantas coincidências. Hoje faltou a coincidência! Vi torcedor na arquibancada dizer que aquele que nos deu duas Libertadores não servir para nada… vi gente dizer que o nosso pulmão incansável não jogou nada, sendo que ele gritava com cada jogador e mandava levantar a cabeça, quando a grande maioria se curvava ao primeiro gol do Mazembe.

O esporte é assim, nos dá muitas alegrias, mas também pode nos dar grandes tristezas. A festa que a multidão vermelha fez no deserto foi linda, inesquecível… o dia em que Dubai virou o Rio Grande do Sul. Cada esquina alguém de vermelho, falando português. Entretanto, ganhar ou perder é do jogo, eu não vi um time covarde em campo, pois do outro lado tinha um adversário que fez por merecer, a África fez por merecer e quis o destino que fosse assim. Não se pode ganhar todas, queremos, mas as lições da derrota é que nos fazem crescer e evoluirmos, pois ninguém é perfeito e nem nunca será. Como diz o Pato Fu “(…)as brigas que ganhei, nenhum troféu como lembrança pra casa eu levei. As brigas que eu perdi, estás sim, eu nunca esqueci”, por isso a derrota de hoje não deve diminuir a conquista da Libertadores nem a sequência de títulos dos últimos anos (By meu amigo Maurício Cavalheiro). Ninguém gosta de perder, dói e dói muito uma derrota como esta, a frustração de milhares que atravessaram fronteiras em busca do Bi e de outros tantos que ficaram na torcida em casa, não deve ser menor nem maior do que cada jogador deve estar sentindo no momento… desta vez não terá caminhão de bombeiros, mas a luta começa logo, agora é a luta pelo TRI, rumo a novas conquistas e novas emoções, vibrações e comemorações. Apesar da dor de hoje, repito “INTER, ESTAREI SEMPRE CONTIGO”! Que venha 2011, quero tudo de novo!

Débora Silveira – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
INTER, para sempre eu vou te amar!

9 thoughts on “E a vida continua…

  1. Grande Roger,
    Acho que dissemos a mesma coisa só que com palavras diferentes: o fato de ter citado que o Mazembe era uma adversário mais fraco em nenhum momento foi para desmerecer a equipe, pelo contrário, ainda cito que eles tiveram muito mais VONTADE de ganhar do que o time que representava o Internacional. Em teoria, tinhamos um futebol muito mais competitivo e formado por jogadores de alto nível. O favoritismo sempre foi nosso.
    E concordo em gênero, numero e grau com você: essa história de brucutu já era. O que vale é aplicação tática e a organização.
    Forte abraço !

  2. Beleza Roger, o Blog precisa da visão de quem presencia a realidade do outro lado. Acho que definiste muito bem que um “Queria” e o outro “Sonhava”, e isto foi o diferencial. Realmente o INTER foi muito superior tecnicamente, mas quem manda no resultado e na história é o “GOL” e este foi de quem soube aproveitar as poucas oportunidades que teve, pois o nosso INTER não soube.
    Continue comentando, me envie Post com a sua visão.
    Grande abraço e cabeça erguida que temos um Bi da Recopa e Tri da Libertadores para Conquistar e estar na final do Mundial em 2011, pois só cai lá de cima, quem subiu e não quem rastejou torcendo pelos resultados dos outros.

  3. Débora, isto tudo se fez por acreditarem na história de que futebol se ganha com brucutus como o Guinasu.
    Mas o que aconteceu é que era umazembe, um time que jogava para ser campeão, e um outro time,que sonhava em ser campeão.
    Moro aqui no Congo, onde futebol é levado a sério, onde não se prevalece vontade de diretores acima de técnicos.
    Puerta; Tá na hora de rever seus conceitos:”diante de um adversário mais fraco”
    Quem ganha o jogo é o melhor, pois o que vale é gol e não a pressão durante o jogo

  4. Desculpa Deby, mas é baseada nisso e taxando de “corneteiro”, quem se atrevesse a falar mal de algo no belo ” time” do nosso INTER, que muitas coisas foram feitas pela Diretoria e pela Comissão Técnica.

    QUALQUER UM que entendesse o mínimo de futebol ( e me incluo como um “minimo entendor” ) veria que o Alecsandro não era MATADOR. Não definia na hora que tinha que definir. Todo mundo sabia e dizia que o Sobis não era jogador de meio. Todo mundo sabia e dizia que não tinhamos um goleiro confiável.

    Mas quem dizia isso eram ” os homens de pouca fé “. Eram os “corneteiros da Social”.

    Precisávamos perder nas semifinais do Campeonato Mundial diante de um adversário muito mais fraco, mas enormemente mais aplicado e com MUITO MAIS VONTADE DE GANHAR do que nós ?

    Precisávamos passar por esta humilhação ?

    Eu nunca vaiei o INTER. E nunca vaiarei.

    Agora, este TIME que representou ( E MUITO MAL ) o meu INTER, o TEU INTER, merece uma VAIA histórica.

    Uma vaia do tamanho do Planeta Terra.

  5. Show Débora, o meu sentimento é exatamente o teu.
    Perder faz parte do resultado de um jogo. Não deu nesta, então vamos para o Bi da Recopa e Tri da Libertadores. O INTER é grande e NADA VAI NOS SEPARAR.
    Um grande abraço e curta a viagem.
    Evandro

  6. Me perdoe Débora, mas é hora sim de fazermos com mais veemência as críticas justas e necessárias para que o Internacional continue sua trajetória de conquistas. Treinador, goleiro, volante e centrovante são nossas principais carências. Há outras posições, mas acredito que essa espinha dorsal que referi contribuiram para o que aconteceu. Antes disso, eu e outros colorados já vínhamos alertando sobre a ineficiência do ataque e da instabilidade de nosso goleiro titular, o que muitos justificavam como normal e devido à preparação para o mundial. Pois bem, o Mundial chegou, o Inter disponibilizou toda a estrutura de apoio necessária, e o que aconteceu? Para buscar o Tri da Libertadores, que será o nosso principal objetivo no primeiro semestre, temos que avaliar, cobrar e apoiar o time, mas é o momento sim de agirmos com critério e atitude.

  7. Parabéns, gostei do texto e penso q a corneta faz parte da democracia, o torcedor cansou de sinalizar sobre alguns jogadores q não iam bem, mas agora não adianta enterrar os caras, penso q temos q apoiá-los, pq são gente c omo a gente, e tb sentiram esta derrota, como nós q assistimos perpexos a vitória Do bravo Mazembe…q sendo um time africano, imagino q não tem metade da estrutura do Inter, mas jogaram com mais garra, eles tiveram mais vontade de vencer.Acho q nosso Inter, tb tinha vontade de vencer, claro, mas não jogou mostrando isso tudo.Ninguém vai deixar de ser colorado e eu nunca irei desmerecer a vit na Libertadores, hj é outro dia, tempo para refletir sobre erros e acertos, a nós cabe torcer para q acertem cada vez mais e nos tragam mais alegrias, o mundial foi perdido o ano não, afinal estamos na Libertadores 2011, rumo ao TRI…Saudações Coloradas..INTER SEMPRE!

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