Já se passavam 6 dias em que estávamos na terra do sol nascente. A adrenalina sempre no teto, muito Red Label no quarto do meu querido amigão Nego Mário, com o qual se juntou o Nolci. Era a madruga do dia 16 para 17, me lembro do Nego Mário, ao telefone para a recepção do hotel: “ Ice, Ice….”, naquele seu “inglês bageense”. Dava uns cinco minutos e tinha um japa na porta com um balde de gelo.
Finalmente havia chegado a hora de irmos para o estádio e havia a distribuição dos grupos nos ônibus, pois tínhamos um belo deslocamento para fazer de Tóquio a Yokohama. Era nítido que estávamos todos embriagados pela certeza que iríamos ganhar. Mas na verdade, todos estavam querendo era passar tranquilidade para os que estavam próximos. E isto foi contagiando, formando uma corrente de otimismo incrível.E veio o jogo. O nervosismo tomava conta. No segundo tempo eu já não tinha mais voz, e o time se desmantelando. O Fernandão saindo e o Índio sangrando. Fui para o para-peito da Arquibancada e bem, mas bem na nossa frente, saiu o gol do Gabiru. Meus amigos, a emoção foi total… Muitas emoções iguais a esta, pelo andar da carruagem, certamente ainda terei. Mas a primeira a gente nunca esquece .
Conselheiro da Confraria Tambores de Yokohama – Gaúcho radicado em São Paulo