No dia do jogo da vida do nosso Inter eu estava na arquibancada superior do estádio em Yokohama, na linha do gol histórico, no meio de um turbilhão de colorados alucinados. Assisti o jogo com um santinho de Santo Expedito na mão, apontando-o para o gramado nos momentos de perigo, como quando da falta cobrada pelo Ronaldinho quase ao final do jogo. Lembro que na ocasião pedi ao santo para não deixar aquela bola entrar, e ela saiu por muito pouco, tenho certeza que por interferência dele.
Terminado o jogo, nós nos abraçávamos loucamente, gritando palavras de ordem e cantando os hinos do clube. Nessa altura, muitos japoneses já haviam se engajado na nossa torcida, pois não havíamos parado um minuto sequer de pular e cantar e isso cativou, sobremaneira especialmente os jovens. Ver a festa dos jogadores em campo, a volta triunfal que o presidente Fernando Carvalho fez enrolado na bandeira do Inter, o entusiamo de todos, a alegria estampada no rosto de cada um, isso vai ficar para sempre na minha retina. Minha ficha realmente caiu quando meu filho Ricardo, que estava comigo, me levantou do chão e gritou no meu ouvido: “Pai, nós somos Campeões do Mundo”. Não deu para segura o choro.
Depois de uma volta demorada até o hotel em Tóquio e de alguns telefonemas chorosos para os filhos no Brasil, fomos até um bar que havíamos descoberto perto do nosso hotel. No bar, no meio de tantos colorados quantos ali cabiam, comemos pizza, bebemos chop e cantamos até que o serviço foi interrompido – eles não gostam de algazarra. Dormir depois foi um problema, mas, pensando bem, para que dormir depois de ser testemunha do maior feito do nosso Inter?
O Internacional escreveu uma bela historia em seu historico com as grandes conquistas que obteve ultimamente. Temos certeza que em 2010 tem grandes probabilidade de fazer uma boa campanha e obter grandes vitorias e titulos.