Futebol é puro momento, pura paixão e, para muitos, pouca razão. Bastou uma única derrota para que começassem a dizer que tudo que foi planejado não servia mais e caia por terra o início de 2010. Infelizmente o time Y (já que não era nem o reserva nem o B) do Inter não conseguiu a vitória desejada para a decisão da Taça Fernando Carvalho.
Domingo enquanto voltava para casa ouvi comentaristas esportivos dizendo que o Inter usou uma estratégia errada, que não valorizou o Gauchão. Por favor, convenhamos, com todo o respeito ao Campeonato Gaúcho, mas o que é mais importante, Libertadores da América ou regional? Com exceção, talvez, de São Paulo e Rio nenhum estadual do país é algo de importância internacionalmente, que seja interessante ou rentável aos grandes clubes. É mais uma questão de “status local”, pois não venham me afirmar que é importante nacionalmente para o nosso futebol que o campeão Pernambucano seja o Santa Cruz (séria C/D), que no sul seja o Novo Hamburgo (sem série) ou o Gama em Brasília. Com todo o respeito aos times menores, mas perder regional torna-se vexatório para time grande, mas pouco valorizada quando se ganha… algo do tipo: “não fez mais que a obrigação”. Regional tem maior valor para se zoar com o maior rival e ponto.
Parece que tem torcedor Colorado dando mais importância para o Gauchão do que para a Libertadores e condenando a tática da direção, os chamando de burros. Será que eles merecem adjetivos tão “carinhosos”, será que pouco mais de 48h de reabilitação são suficientes para se estreiar na competição mais importante das Américas? Se o time principal entrasse em campo no domingo, condenariam e chamariam de loucura, como ele não entrou, condenaram igual… vai entender!
Ouvi de um amigo um resumo perfeito dos últimos acontecimentos “Na vida tem de se ter prioridades e isto implica em algumas renuncias: eu renuncio a este cafezinho do Gauchão em troca de uma dedicação total a Libertadores, que dá prestigio e dinheiro. Se vamos ganhar não sei, mas o certo é que temos que FOCAR nela, com todas as nossas forças.”. Concordo plenamente nisso, e vou um pouco mais além para aqueles que gostam de superstições… se em 2006 perdemos um regional que parecia fácil e em casa, nos serviu de força e espírito de reação para a conquista da América. Se domingo perdemos um jogo que éramos franco favoritos, porque não podemos lembrar das coincidências entre 2010 e 2006: último ano do mandato do presidente Colorado (neste caso Vitório Piffero), jogo contra Uruguaios, havíamos sido vices do Brasileiro, perdemos um Gauchão em casa, e por aí se vão as semelhanças e com isso as esperanças aumentam em cada torcedor que irá apoiar o Inter sempre!
Débora,a exemplo do Nolci,também não gosto de perder nem par ou ímpar.
Porém não havia outra alternativa que não escalar um genérico sem treino.
Deu no que deu.
Nessa derrota o que mais me doeu e desgostou foi a falta de gana para encurralar um time que veio com postura bem defensiva.
Toda vez que um adversário sinaliza esse medo temos que fazer valer uma postura agressiva.
Tomara que tenham tirado lições dessa derrota digerível.
Um abraço.
Estou plenamente de acordo, Débora. Obviamente que não gosto de perder. Mas esta derrota servirá de alerta para o resto do ano. Tenho confiança de conquistarmos o Gauchão, embora ele seja de menor importância perante os demais títulos que perseguiremos. E este tropeço nos fará encarar todos os jogos como uma final. O resultado é que seremos BI da LIBERTADORES.