Certa vez, um senhor de barbas brancas me levou a um lugar mágico. Era um rio de águas cristalinas. Ao fundo, o sol se punha com uma beleza indizível. Às margens, uma enlouquecida procissão rumava para o estádio de proporções gigantescas.
Todos trajavam vestes rubras. Eram centenas. Milhares. Milhões. Talvez, o mundo inteiro estivesse de vermelho naquele momento. Dentre todos, um jovem em especial me chamou atenção. Como os outros, ele trazia um S, um C e um I entrelaçados sobre o coração. Porém, o seu orgulho de carregar aquele manto extrapolava os limites do humano.
O amor e a satisfação que ele demonstrava em estar ali eram tamanhos que logo me contagiaram. Empolgado, quis sair correndo e me juntar a ele. Abraçá-lo e viver junto toda a magia que pairava no ar.
Mas o velho homem que comigo estava me segurou pela mão. Com olhar bondoso, explicou que aquele sentimento recém-brotado em mim se chamava SPORT CLUB INTERNACIONAL. Era um presente dele para o mundo, para os homens. Não todos, só os escolhidos, chamavam-se Colorados, e formavam uma nação capaz de tudo para defender o nome e as cores do clube, que seria grandioso e eterno como o amor entre pai e filho.
Com lágrimas nos olhos, o velhinho apontou o tal jovem e disse:
– Vê aquele, filho ?
– Aquele é o maior de todos os Colorados.
– Tu irás amá-lo e respeitá-lo acima de tudo e de todos.
– Ele será o teu maior herói.
– Tua missão em vida será seguir os seus passos.
– Tu irás torcer e apoiar esse clube incondicionalmente, como ele hoje o faz.
– Minha centelha rubra foi colocada no coração dele e já tomou o teu.
– Quando nasceres, filho, serás Colorado como o teu pai.
Pai, como o nosso velho canto dizia, tu és o maior. Obrigado por ter me dado a benção da vida. Obrigado por ter me feito à tua imagem e semelhança. Obrigado por ter me feito colorado.
Nesse dia tão importante da tua vida, da nossa vida, eu vou estar no Gigante. Sentado no mesmo concreto sagrado que um dia tu ocupaste, com tanto amor e afinco.
Em teu nome, vou apoiar o nosso Colorado rumo ao título que tu esperas há tanto tempo.
Vivendo nossa vida de Colorado, eu retribuo o presente que me deste quando nasci.
Muito obrigado, meu PAI.
TE AMO, um grande Beijo.
Autor desconhecido, mas com certeza UM VERDADEIRO COLORADO
Evandro Milani – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
ARQUIBANCADA COLORADA – O Beira Rio na Internet
Oi Dirceu, o nosso avô era um Carpinteiro, portanto um criador, assim mesmo simpático ao time da azenha, ela sabia reconhecer uma grande obra. Imagina se ele visse o novo Beira-Rio.
Que saudades dele e da vó. Pena que ainda pequenos perdemos eles. Felizes do que podem curtir seus avós por bastante tempo.
Felizes de nós que ainda temos nossos pais.
Parabéns pelo dia dos Pais e um grande abraço COLORADO.
Evandro Milani
Uma coisa tenho certeza, mesmo com as idas e vindas da minha vida, como é bom ser PAI E COLORADO.
Alô você, Evandro!
Não teve como não lembrar do “seu Melão”. Só que o concreto
referido pelo autor, no meu caso, é o dos Eucaliptos.
Um abraç
SC
MELO
Lendo teu texto, me lembrei que a primeira vez que fui a Beira-rio ainda em obras, fui eu meu pai, minha irma e um senhor chamado de Atilio(conheu tanto qto eu). Mesmo gremista ficou encantado com aquela imensa obra.
Que Lindo !