A saga dos GOLEADORES

Desde 1973, quando me mudei para Porto Alegre é que realmente acompanho o INTER mais de perto, pois antes morava, em Rio Grande, era muito difícil vir aos jogos no Beira Rio. Desde lá, vejo muitos centroavantes passarem pelo INTER, alguns com passagens relâmpago, outros vem só para ganhar dinheiro, outros na chegada do aeroporto dizem “quero ir para Europa“, outros são do gosto da Diretoria  e outros tornam-se COLORADOS e marcam época por sua habilidade e inteligência ou pela efetividade para fazer gols.

Na minha lembrança dois são inesquecíveis, talvez por ainda ser muito jovem, me marcaram muito, são eles FLÁVIO MINUANO e DARIO, e é sobre os dois que gostaria de escrever hoje. Ambos contribuíram e muito para que o Inter se tornasse o que é hoje. Com eles começamos a ser reconhecidos pelo resto do Brasil, com o Campeonato Brasileiro de 75 e 76.

Então vamos conhecer um pouco desses ídolos:

Flávio Almeida da Fonseca, também conhecido como Flávio Minuano, Flávio Bicudo ou simplesmente Flávio, nasceu em 9 de setembro de 1944. Foi um grande centroavante, clássico e de muita habilidade. Foi campeão pelo Inter no Campeonato Brasileiro de 1975, sendo o goleador com 16 gols. Flávio já havia jogado no Inter entre 1961 e 1964 e depois transferiu-se para o Corinthians. Começou numa equipe de várzea aqui de Porto Alegre chamada Real Madri. Fez testes no INTER para os infantis, marcou 3 gols em 35 minutos e foi aprovado. Foi para o profissional em 1961. Depois passou por Corinthians, Fluminense, Porto (Portugal), de onde retornou para o INTER. Sua reestréia foi em um GRENAL, onde fez um gol aos 4 minutos na vitória do INTER por 2 x 1. Em 1977, foi para o Pelotas e depois por mais alguns clubes, encerrando sua carreira logo após.

Dario José dos Santos, também conhecido como “Dadá Maravilha”, “Beija-Flor” e “Peito-de-Aço”. Nasceu no Rio de Janeiro, em 4/3/1946, centroavante desengonçado e goleador que fez 926 gols, passou por vários clubes em todas regiões do Brasil, tornando-se ídolo por onde passou. A carreira de Dario começou tarde, atuou pelo Campo Grande do Rio de 1965 à 1966. De 1968 a 1972 jogou no Atlético Mineiro. Veio para o INTER em 1976 para ser artilheiro e campeão do Campeonato Brasileiro e conquistar o título gaúcho no mesmo ano. Foi no Sport que Dadá quebrou um recorde no futebol. Em uma partida válida pelo Pernambucano de 1976, onde marcou dez dos 14 gols da equipe na vitória sobre o Santo Amaro. Essa marca história superou os feitos de Pelé e Jorge Mendonça, que marcaram oito gols em uma mesma partida.

Suas insuperáveis frases:

Não venham com a problemática que eu tenho a solucionática.

Preocupei-me tanto em aprender a fazer gols, que não tive tempo de aprender a jogar bola.

Dadá não era vendido, seu futebol fenomenal que era requisitado.

Três coisas que pairam no ar: helicóptero, beija flor e Dadá Maravilha.

Dadá em campo não tem placar em branco.

• Dadá em ação gols em profusão.

Dentro da área não houve, não há e não haverá igual Dadá: ele tem o olhar balístico da águia, a velocidade do Falcão e a impiedade do abutre.

Se minha estrela não brilhar eu passo lustrador.

Não existe gol feio, feio é não fazer o gol.

Dadá não é eterno, sua história que é eterna.

• Empolgo-me nas palavras mais me realizo nas ações.

Existe três grandes poderes: Deus no céu, o papa no Vaticano e Dadá na grande área.

Quando vou pro trabalho só penso no sucesso.

O importante é fazer o gol e para que isso seja possível, eu faço o impossível.

Faço tudo com amor, inclusive o amor.

A lei do menor esforço é usar a inteligência.

Dadá Maravilha: imperdível, imarcável, implacável, incomparável, máquina de fazer gols.

AGUARDEM post sobre os maiores defensores da história do Inter !!!!

Marco Vinicio Barbosa Dutra
VAMO INTER !!!! VAMO INTER !!!! VAMO VAMO MEU INTER !!!

4 thoughts on “A saga dos GOLEADORES

  1. EU, COMO TODO COLORADO, ACOMPANHO O INTERNACIONAL DESDE A COPA UNIÃO DE 1987, E EU GOSTARIA DE VER O NOME DO EX-IDOLO COLORADO AMARILDO SOUZA DO AMARAL NA LISTA DE CRAQUES E IDOLOS. ELE FOI O HERÓI QUE CLASSIFICOU O INTERNACIONAL FRENTE AO CRUZEIRO QUE ERA UMA MÁQUINA. FEZ UM LINDO GOL DE CABEÇA QUE CALOU O MINEIRÃO, E FEZ UM BELO NA PRIMEIRA PARTIDA CONTRA O FLAMENGO. ELE FOI O VICE-ARTILHEIRO DA COPA UNIÃO COM 7 GOLS, ATRÁS APENAS DE MULHER.

  2. Prezado Marco !!!

    Lendo teu post, retornei a 1976, onde pela primeira vez pude ver meu INTER no Beira-Rio, vencer o campeonato brasileiro.

    E o Rei Dada realmente foi tudo aquilo que vc descreveu e o que o mesmo, tão bem propagandeava.Estava atrás da goleira, quando o “”REI” subiu e fez de cabeça nosso primeiro gol.

    Sempre tivemos grande cabeceadores e agora com o Damião, estamos resgatando um pouco esse estilo e característica.

    Um grande abraço.

  3. Alô você!
    Muito bom Marco. É uma muito prazerosa viagem ao passado. Dessas lembranças me recordo perfeitamente da reestréia do Flávio. É que ele havia ajudado o Inter a triunfar no campeonato gaúcho de 1961 (o último da era Eucaliptos). Aí, já em 1975, depois de dois grenais das finais em zero a zero, veio o terceiro que também acabou em zero a zero e aí na prorrogação o “Minuano” encestou e o Inter se tornou Heptacampeão Gaúcho. Alias esse gol começou com uma jogada de um promissor meio campo deslocado para a lateral direita, pois não havia mais a quem escalar em função de lesões, seu nome: Batista. Marcão, me desses a oportunidade de relembrar mais alguns de nossos “feitos relevantes”.
    Um abraço,
    MELO

  4. É…o futebol está pobre de figuraças como o grande Dadá. Hoje em dia é mais “profissional” e comercial e pouco foclórico. Antes, um jogador para virar estrela tinha de jogar muito…hoje faz dois lances bonitos em dois jogos e já vale milhões. Quanto valeria Falcão, Mário Sérgio ou Tesourinha hoje ?

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