Vou iniciar esse texto, desta vez, não falando do Colorado, mas sim de outros Brasileiros. Na última quarta o Palmeiras encaminhou muito bem a sua classificação para a final da taça SulAmericana. Felipão voltou com pinta de grande técnico, mas naufragou no Brasileirão e jogou todas as suas fichas nesta competição (desdenhada por alguns como a segundona da América, mas acho que só quem conhece bem o que é ser campeão da segundona, pode desdenhar um título internacional desse jeito) e entra como favorito em uma competição de mata-mata, considerada sua especialidade.
Entretanto, essa é a primeira vez que a SulAmericana dá direito a uma vaga para a Libertadores do próximo ano. Quer dizer, desta vez todos os clubes olham essa competição de maneira diferentes, dão mais prioridade e se dedicam de verdade ao título. O que tudo isso tem haver com o Inter?
Pois bem, o Colorado foi o primeiro brasileiro que realmente se dedicou a essa competição, desde a sua primeira participação. Em 2004 e 2005 invadimos a La Bombonera até conquistáramos a primeira vitória em 2008 e sermos considerados campeões no final. Tudo isso sem ter vaga nenhuma para a Libertadores, apenas pelo simples fato de ser um título internacional e porque o Inter entra sempre para ganhar o lugar mais alto do pódio. Poderemos ter um segundo brasileiro campeão da competição, mas o primeiro jamais será esquecido, será sempre lembrado como o pioneiro. Poderemos ser os primeiros BI CAMPEÕES DA FIFA.
Em relação ao interesse do Palmeiras nesta competição e o pouco rendimento no nacional, vejo o Inter em uma situação bem parecida… não temos mais nada a fazer no Brasileirão, mesmo com chances de sermos campeões, nosso time relaxou e deixou de lado pensando apenas no objetivo maior: O MUNDIAL. Quer dizer, quando um time inteiro tem o mesmo objetivo e foco, quando eles determinam o que é importante, vão todos juntos. É desta forma que vejo o nosso time alvirrubro, focou no Mundial, em apenas dois dias, 14 e 18 de dezembro de 2010. Apesar do mal rendimento atual, acredito que o grupo irá se fechar e no Mundial, veremos uma outra postura em campo, onze guerreiros que darão a vida e a alma por duas vitórias.
Por fim, cada vez mais acho técnicos com grande status, aqueles que são quase maiores do que o Clube (caso do Luxemburgo), que já conquistaram tudo, tem o seu momento de “trevas”, o qual não ganham mais nada. Vejam quais foram os últimos títulos do Luxa e do Felipão? Ganharam tudo e hoje será que perderam a mão? Sendo assim, prefiro apostar nos técnicos com fome de vencer, os que ainda buscam um lugar ao sol e querem mostrar que são capazes. Foi assim com Muricy, Abel, Tite e agora Celso Roth. Alguns vão dizer que ele ganhou a Libertadores de mão beijada, mas sem ele talvez o Inter não tivesse obtido o sucesso, e o Mundial é o momento de mostrar o seu trabalho ao longo do tempo, o seu planejamento e determinação. Eu também acredito no Celso Roth.
Por fim, hoje, 19 de novembro de 2010 eu afirmo: EU CONFIO EM TODO O TRABALHO DO MEU COLORADO. Não há mais tempo para reclamar se não apoiar e acreditar para que eu possa estar daqui exatos 30 dias, com a faixa no peito gritando “é, campeão… Bi Campeão”.
Débora Silveira – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
INTER, para sempre eu vou te amar!
Me orgulhei ontem quando vi aqueles jogadores desentrosados em campo jogando por seu presente e por seu futuro. Essa luta em campo, mesmo na adversidade deve inspirar a todos. Ficamos um mês não vencendo sob a alegação da preservação, alguns dos que jogaram ontem vão ao Mundial. Torço para que o espírito de luta e vencedor que eles mostraram contra um postulante à vaga na Libertadores contagie a todos, jogadores do grupo principal, dirigentes e torcedores.
Parabéns, Débora.
Este é o espírito de um time vitorioso. Humildade, honestidade em campo e determinação.
Neste domingo tive muito orgulho do meu time. Apesar da nosssa rivalidade histórica e os pedidos de alguns torcedores para entregar o jogo para o Botafogo, de forma a prejudicar as pretensões do time da Azenha, mostramos que somos “superiores” e não compactuamos com esse tipo de atitude convarde, que nos tirou o título ano passado. Portanto, mais uma vez, mostramos que somos diferentes.
É exatamente isso que nos faz grandes, o nosso espírito digno e aguerrido, de respeito tanto aos times adversários (gigantes ou pequenos) bem como aos torcedores de outras cores.
Acredito no Inter! Mas antes de pensar no gigante italiano, devemos respeitar todos os adversários do mundial, sejam da África, América do Norte ou Europa.
Podemos e vamos ser campeões, mas não apenas em 2010, sempre que quisermos, porque time grande que é, tenho certeza que disputaremos muitos outros mundiais ainda…
Que os ventos vermelhos soprem do oriente!
É verdade Marcos, a nossa virtude está em nos preocuparmos com o Inter, o melhor para o nosso time e não com o adversário da esquina. Fazemos o nosso papel, se ganhamos ou se perdemos, é problema do Colorado, não retrebuímos na mesma moeda. Tem time que entrega o jogo para não ver o rival ser campeão, é coisa de série B. Entetanto tem time que faz o seu papel e não se preocupa com o que os outros vão achar, esse sim é um grande campeão.
Abraço
Muito tri esse teu post. Penso exatamente igual. Nossa humildade pra encarar a SULAMERICANA nos fez ganharmos 2 Libertadores. Se os segundinos da Azenha tivessem humildade poderiam estar na final da Sulamericana com o futebol deles de hoje. Do jeito que estamos focando no Mundial tenho muita fé que em ABU vai dar BI 🙂
Débora
Muito bom. Você tem razão, é o jogo da vida do Celso! Se acreditarmos que ele entende algo de futebol basta apoiar quem ele colocar em campo.
Dessa vez vai ser melhor se não precisarmos de nenhum “me perdoa Gabirú” 🙂
Aureo
Maravilhoso seu texto.