Nestes quase 50 anos que frequento o Beira-Rio e acompanho o nosso INTER, tive a oportunidade de ver muitos meio campistas, especificamente camisa “10” passarem pelo time. Três me chamaram a atenção , são eles, Carpegianni “o maestro”, Ruben Paz e Dale El Cabezon. Vamos falar um pouco da história deles.
Paulo César Carpeggiani, nasceu em Erechim no dia 7 de fevereiro de 1949 é um treinador e ex-jogador brasileiro que atuava como meio-campista. Atualmente treina o São Paulo.
Como jogador atuou pelo Internacional, Flamengo e também pela Seleção Brasileira. Era um meia-armador de estilo clássico, com dribles curtos e objetivos, bom poder de marcação e principalmente com um passe longo de altíssima precisão.
Foi titular do Brasil na Copa do Mundo de 1974, substituindo Clodoaldo. Uma de suas melhores partidas pelo Internacional foi a vitória por 2 a 0 em pleno Maracanã, pelas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1975, sobre o Fluminense, que até então era conhecido como “a Máquina Tricolor”.
Jogou ao lado de Paulo Roberto Falcão e Caçapava, formando no Internacional um trio de meio-campo que entrou para a história do futebol brasileiro. Carpeggiani participou de sete dos oito títulos do Campeonato Gaúcho que o Inter faturou de 1969 a 1976 e foi bicampeão brasileiro nos anos de 1975 e 1976. Em 1977, foi vendido por 5,7 milhões de cruzeiros para o Flamengo, ficando ao lado de Júnior, Zico, Adílio e Andrade, tornando-se campeão carioca de 1978 e 1979 e campeão brasileiro de 1980.
Uma contusão no joelho o obrigou a encerrar a carreira. Carpeggiani já havia feito uma operação no menisco em 1975 e não conseguiu jogar mais após os 31 anos. Em 1981, aposentado como atleta, começou a carreira de técnico. Jogou no INTER entre 1970 e 1977 com 119 jogos e 15 gols, no Flamengo entre 1977 e 1980 com 72 jogos e 3 gols e na Seleção Brasileira com 17 jogos e nenhum gol.
A partir de 1981 tornou-se treinador de futebol comandando clubes como Internacional, Flamengo, São Paulo, Cruzeiro, Cerro Portenho (PAR), Palmeiras e Corinthians. Treinou também a Seleção do Paraguai onde montou um time que ganhou respeito, principalmente pelo setor defensivo, que contava com o goleiro Chilavert, o lateral-direito Arce e uma dupla de zaga com Ayala e Gamarra, este último no auge da forma, não fez uma falta sequer no Mundial, algo excepcional para um zagueiro.
Rubén Walter Paz Márquez, mais conhecido como Rubén Paz, nasce em Artigas (URU) em 8 de agosto de 1959, é um ex-jogador uruguaio que atuava como meio-campista.
Foi considerado um dos melhores meias do mundo na década de 80. Conquistou três títulos consecutivos do Campeonato Gaúcho pelo Internacional (1982, 1983, 1984).
Em 1988, ele foi eleito o melhor jogador das Américas. Disputou duas Copas do Mundo. Tendo iniciado sua trajetória futebolística em 1975, só se aposentou em 2006, aos 47 anos.
Peñarol de Artigas
- Campeonato Artiguense: 1975.
Peñarol
- Campeonato Uruguaio: 1978, 1979, 1981 e 1982.
Seleção Uruguaia
- Mundialito : 1981.
Internacional
- Campeonato Gaúcho: 1982 1983 e 1984.
Racing
- Supercopa Sul-Americana: 1988.
- Supercopa Interamericana: 1988.
Frontera Rivera Chico
- Campeonato Riverense: 1994.
- Liguilla de Ascenso: 1998.
Tito Borjas
- Liga Mayor de San José: 2003 e 2004.
Andrés Nicolás D’Alessandro, também conhecido por El Cabezon ou D’Ale,nasceu em Buenos Aires (ARG), 15 de abril de 1981, é um jogador argentino que atua como meia. Atualmente, joga pelo INTER.
O meia D’Alessandro foi revelado nas categorias de base do River Plate, destacando-se por sua habilidade, inteligência, chutes precisos e personalidade forte. A partir daí chamou a atenção do treinador da Seleção Argentina de Futebol Sub-20.
Em 2001 conquistou o Campeonato Mundial Sub-20, sendo eleito o segundo melhor jogador da competição disputada na própria Argentina. Em julho de 2003, D’Alessandro foi negociado com o Wolfsburg, da Alemanha, cujo principal acionista é a empresa automobilística alemã Volkswagen, por aproximadamente € 9 milhões (9 milhões de euros) ou R$ 25,5 milhões (25,5 milhões de reais).
Nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, D’Alessandro ajudou a Seleção Argentina a conquistar a inédita medalha de ouro no futebol, após vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai. Em janeiro de 2006, D’Alessandro transferiu-se para o Portsmouth , da Inglaterra, por empréstimo até o fim da temporada 2005/2006.
No início da temporada 2006/2007, foi emprestado ao Real Zaragoza, da Espanha, onde permaneceu até o fim da temporada. Para a temporada seguinte, seus direitos federativos foram adquiridos em definitivo pelo clube espanhol, mas o mau desempenho da equipe fez com que D’Alessandro fosse emprestado, em janeiro de 2008, para o San Lorenzo.
O clube argentino pagou ao Real Zaragoza cerca de 9 milhões de reais para contar com o jogador na disputa da Taça Libertadores da América de 2008. Nessa competição, o time argentino foi eliminado nas quartas-de-final pela LDU Quito. Terminado seu empréstimo ao San Lorenzo, D’Alessandro foi contratado pelo INTER , assinando um contrato de 4 anos por € 5 milhões (5 milhões de euros), cerca de R$ 13,5 milhões (13,5 milhões de reais).
Fez sua estréia pelo INTER no dia 13 de Agosto de 2008, no clássico contra os da Azenha, válido pela primeira fase da Copa Sul-Americana de 2008, no Estádio Beira-Rio. Até o final do ano de 2008, D’Alessandro jogou com a camisa 15 do INTER, por este ser o número usado por ele nos jogos da Seleção da Argentina e com a saída de Alex para o futebol russo, D’Alessandro assumiu a número 10.
Jogando pelo Internacional, o meia conquistou a Copa Sul-Americana de 2008 sendo um dos destaques da equipe que conquistou o título na final contra o Estudiantes, da Argentina. Também foi campeão invicto do Campeonato Gaúcho de 2009. Em julho de 2009, D’Alessandro teve de ser afastado do grupo Colorado para fazer um recondicionamento físico, forçado por uma lesão na perna direita.
Voltou a jogar em 10 de Agosto de 2009 na vitória por 3 X 0 contra o Sport e marcando o terceiro gol contra o time pernambucano e quatro dias após voltar ao time, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com 5 partidas de suspensão,devido a confusão no jogo final da Copa do Brasil 2009, diante do Corinthians, no Estádio Beira-Rio. Retornou ao time do Internacional na partida contra o Atlético Mineiro, no dia 2 de setembro de 2009. D’Alessandro entrou no intervalo da partida, marcou o segundo gol da vitória por 3 a 0 e foi, disparado, o melhor jogador em campo.
No dia 27 de janeiro de 2010, em uma partida válida pelo Campeonato Gaúcho, D’Alessandro sofreu uma entrada muito forte do zagueiro Ferreira, do Juventude. O defensor do time de Caxias do Sul, além da entrada violenta, desferiu um violento golpe com o joelho no rosto de D’Alessandro. O argentino foi levado imediatamente para um hospital de Porto Alegre, onde, após exames, ficou constatada uma fratura ao lado do olho direito. Por isso, foi colocada uma placa metálica com microparafusos no local da lesão. Tal placa ficará de forma permanente no rosto do jogador. Esse procedimento afastou D’Alessandro por aproximadamente 40 dias dos gramados, impedindo-o de jogar parte do Gauchão e da estréia na Taça Libertadores da América de 2010.
No dia 18 de agosto de 2010, D’Alessandro realizou o maior sonho de sua carreira: ser campeão da Taça Libertadores da América. Envergando a camisa 10 do, o meia argentino foi um dos maiores responsáveis pela conquista, sempre entregando-se ao máximo nos jogos e garantindo a eterna gratidão dos Colorados.
River Plate
- Campeonato Argentino: 2000, 2002, 2003 (Clausura)
Internacional
- Copa Sul-americana: 2008
- Campeonato Gaúcho: 2009
- Copa Suruga Bank: 2009
- Copa Libertadores: 2010
Seleção Argentina
- Campeonato Mundial Sub-20: 2001
- Jogos Olímpicos – Medalha de ouro (2004)
Ganhou a Bola de bronze na escolha do melhor jogador do Mundial de Clubes FIFA de 2010 e melhor jogador das Américas em 2010, eleito pelo jornal uruguaio El País.
Marco Vinicio Barbosa Dutra – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
VAMO INTER !!!! VAMO INTER !!!! VAMO VAMO MEU INTER !!!
Que belos momentos recoordei Marco….aquela vitória no Maracanã…
Belo texto, belo texto….
Marco
Só não podemos esquecer que o Carpeggiani colocou o Inter na justiça e arrancou um bom dinheiro do clube devido a uma lacuna na lei da época, brecha que hoje não existe mais.
Quando veio como treinador enfrentou uma boa resistência (com a qual eu concordava) devido a isso.
Aureo
Alô você!
Excelente Post Marco! A título de colaboração, agrego duas observações:
1- Paulo Cesar como era conhecido (vide escalações da época em jornais, etc) durante seu tempo de Inter foi ” rebatizado” de Carpegianni pois no Rio de Janeiro, havia desde o miolo da década de sessenta um extraordinário jogador do Botafogo que integrou a seleção brasileira de 70 que atendia pelo nome de Paulo Cesar. O “rebatismo” foi tão forte que em 4 anos de RJ firmou o “Carpegianni” do mundo do futebol, em detrimento do PC conhecido por nós há mais de 10 anos.
2- Rubem Paz se tornou razão de uma expressão introduzida no futebol por Frederico Arnaldo Balvé (VP de futebol na oportunidade)que ao ver não mais ser possivel contar com Batista que havia sido adquirido junto a Federação Gaúcha por uma equipe “co-irmã” e rendido aos cofres do Inter a absurda quantia de um milhão de cruzeiros (???) e diante da frustração da torcida colorada assim se expressou: “Vamos fazer desse Limão uma limonada” e trouxe o ” Charrua” para brilhar no “Gigante”.