Fazia muito tempo que um pensamento não me acompanhava 24 horas por dia como um que há várias semanas me acompanha: as obras no Internacional.
Por uma absoluta falta de comunicação, vontade política ou outros fatores que talvez possam ser elencados aqui, este assunto não foi tratado quando deveria ter sido: há 4 anos atrás.
Agora, absolutamente encurralados por esta, digamos falha das últimas administrações do Inter, temos que resolver sobre um assunto que afetará em cheio as próximas gerações de colorados. E talvez possa afetar também as próximas gerações que povoam a Azenha, naquela região conhecida em Porto Alegre pelos seus cemitérios. Se a decisão tomada no Inter se mostrar errada no futuro, esse pessoal aí se levanta das catacumbas da segunda divisão se preparam para nos receber de braços abertos.
Uma coisa que me tem chamado a atenção é sobre a participação do VP Roberto Siegmann no debate. Em um determinado momento ele chegou a participar de reportagens e entrevistas sobre o assunto. É um assunto corrente no seu blog e sobre o qual ele discorre com freqüência no seu Twitter. Nada contra a sua participação, aliás sempre muito bem posicionada, nenhuma surpresa, vinda de um homem inteligente e culto. Eu só gostaria que ele tivesse a mesma atenção com o Futebol. E que o Presidente Giovani Luiggi aparecesse mais neste momento crucial. Sua palavra e imagem se fazem necessárias neste momento.
Tenho participado das discussões e ouvido as mais diversas opiniões. Algumas delas baseadas em cunho técnico, outras políticas, outras ideológicas e outras, muito comuns na eleição do ano passado, baseadas na tese que vincula a opinião com a opinião do ex Presidente Fernando Carvalho.
Nestas conversas interessantes que tenho tido com colorados, muitas coisas são ditas, algumas verdades bem ácidas e outros devaneios divulgados errôneamente pela imprensa.
Pelo fato de estar Conselheiro, tive acesso aos dados financeiros apresentados e também os estudos feitos sobre o impacto das obras, da Copa, etc. O documento que recebi estava escrito “confidencial”. Mas posso garantir que a maior parte das coisas ali descritas já foram divulgadas pela imprensa e as dúvidas que assolam todos os colorados também nos assolam. Outras informações não condizem muito com a realidade e é sobre elas que eu gostaria de tecer alguns comentários:
“ Não vamos deixar o Internacional na mão de uma empreiteira”
Ok. Mas pelo modelo de autofinanciamento, liderado pelo ex Presidente Vitório Piffero ( aquele que deveria ter realizado esta mesma discussão NO CONSELHO, só que há 4 anos atrás e não a fez). Também pressupõe uma parceria com uma empreiteira, que daria o aval junto ao BNDES, para o financiamento, ou seja, não vamos fugir de ter que ter ALGUMA parceria com uma empreiteira.
“ O negócio do Inter não é tocar obras, é jogar futebol”.
Ótimo. Eu também acho isso e, em qualquer modelo que venha a se aprovar, podemos ter a certeza que não veremos o Presidente Giovani Luiggi discutindo com o Mestre da Obra. Pelo modelo de autofinanciamento teremos que contratar UMA EMPREITEIRA para fazer o serviço. E pagar a conta.
“Se perdermos a Copa do Mundo para o estádio dos Azenhistas seria uma flauta eterna”
Ora, EMPENHAR durante 20 anos, 100% de receitas advindas das melhorias do Estádio Beira Rio por medo de ser flauteado por esse pessoal ? Eu corro esse risco de ser flauteado pela perda da Copa e me vingo mostrando as taças que conquistei durante estes 20 anos. Eu estou preocupado com o INTER e não com a FIFA.
“Mas como fomos chegar nesta situação ?”
Não fazendo o que está sendo feito agora: chamando o Conselho Deliberativo e debatendo as propostas. Sé tivéssemos discutido isso ANTES, não chegaríamos neste nível de stress. A auto-suficiencia, misturada com o achismo e a falta de orientação PROFISSIONAL resultaram nisso que estamos vendo.
Podem ter a certeza que estamos empenhados nesta decisão.
E não vamos votar por causa de alguém.
Vamos votar por causa do INTER.
Forte abraço !
José Antonio Puerta – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Conselheiro do Sport Club Internacional
Como é bom ser Colorado!
Vencer a competição contra o Grêmio para sediar os jogos, é IMPORTANTE SIM. É estratégico para o marketing em nível mundial. Porém, sem loucuras ou escravidão a qualquer parceiro. Há muitas empresas em nível mundial penso, tão interessadas quanto o Internacional que ele tenha essa vitória. Basta achar o parceiro certo no pleno sentido da palavra com reciprocidade e sem armadilhas contratuais.
Vencer a competição para sediar os jogoscontra o Grêmio é IMPORTANTE SIM. É estratégico para o marketing em nível mundial. Porém, sem loucuras ou escravidão a qualquer parceiro. Há muitas empresas tão interessadas quanto o Internacional em ter a vitória do Inter nesse campo em nível mundial. Basta achar o parceiro certo
Bbeleza pura Puerta, é isso ai meu Conselheiro!
Abbraço,
Puchi