Questão de opinião

E agora ?  O time “equilibrado” do Seu Roth  volta ao esquema de um só atacante depois das “férias”. Se ao menos tivéssemos a certeza de que o tri virá mesmo jogando feio como o time do Fossati (aquele que tinha um tal Giuliano). Ou mesmo afirmar que o ARQUIBANCADA COLORADA não terá que gastar com psicotrópicos a partir do segundo semestre,vá lá…  Talvez com o sopro de ofensividade de um tal de Oscar… Perceber que a esperança de sucesso está em Zé Roberto, o absoluto, devemos rezar pra todos os deuses. Pois essa primeira fase é moleza, o problema é pegar as equipes mais tarimbadas no mata-mata.

Não, não precisa saber de bola para saber de história. Pois, vejam bem, ao que parece (e aparece) a rotina do futebol tem sido uma simples sucessão de repetições. E se a FIFA nem pensa em usar a tecnologia para lances polêmicos, se o Roth inventa o Guinazu de meia esquerda, se o Renato Portaluppi não viaja ao interior, o Inter usar o B no regional e o Richarlysson não fala grosso, por que cargas d’água esperaríamos uma equipe que a torcida Colorada realmente deseja num simples 4-4-2 ?

Chego à conclusão de que tudo que sei é que nada sei, fora o que todo mundo já fala por aí.  O que me faz notar que saber, mas saber mesmo, segundo as palavras da tia Asteróide, minha querida professora da 3ª série, ninguém sabe muito não. Tia Asteróide dizia que saber é observar os fatos, ainda que recorrentes, entendê-los e, sob determinado ponto de vista, procurar entender a situação. Mas o fato é que repetir, concordar e repassar como se fosse um peculiar olhar genial, tornou-se um vício quando o assunto é o Inter. Este texto mesmo é uma sucessão de clichês e, se você está achando uma grande sacada, é bom começar a ler um pouco mais.

Não quero levantar uma bandeira pela discordância na opinião futebolística generalizada. Simples assim, sem base mesmo, como o time B do Inter. Seja pelo prazer em ser “do contra” ou pelo desafio “indolente” do Roberto Siegman em emprestar todo mundo pagando parte do salário. Apenas discordo. Afinal, mais burra do que a unanimidade do Nelson Rodrigues é a passividade do Roth  nas Arábias.

 Logo voltaremos a nossa programação normal, com o Brasileirão. E como em outros anos, será possível que vejamos o clube preservando nossos atletas e levando goleadas no Rio de Janeiro. Ou pelo menos nos discursos do  técnico, que tentará  “colocar o melhor em campo” e aplicar os novos conceitos táticos. E da-lhe Wilson Mathias pra determinar a “solidez com ocupação de espaços”.

 A Copa de 90 consagrou a figura do líbero, que terror! A de 1998 e o Fossati consagraram o 3-5-2 como esquema tático (e os treinos às 18 horas). Aliás, interessante que os times brasileiros sempre jogaram no 4-4-2. Quando a Europa desembestou no 3-5-2, ele começou a ser bem visto por aqui também. Como numeração fixa e assessores de imprensa que não deixam o jogador falar e se esquecem que o torcedor precisa ouvir da boca daquele desgraçado porque ele cobrou o escanteio por baixo quando os zagueiros de desprenderam da zaga pra cabecear…

Agora em 2011, surge o efeito contrário. O 3-5-2 já não é usado na Europa, a moda agora são “as duas linhas de quatro”, em um 4-4-2 clássico em que os laterais pouco avançam, mas os meias e volantes têm um pouco mais de liberdade para atacar (imagina o Inter depender de um chute a gol do Guiñazu pra alguma coisa), desde que recomponham a defesa com agilidade quando percam a bola. Repare o Inter sempre tem posse de bola, mas pouco chuta a gol.

Espalhe por aí que o Roth é gênio, que o Zé Roberto põe o Messi no bolso, que o Figueirense vai disputar o título brasileiro, que a seleção de 2006 estava em forma, que Maradona é melhor que Pelé. Que o Adriano é profissional. Na pior das hipóteses você vai gerar polêmica. E, na dúvida, lembre-se das sábias palavras de Neto Paçoca, atacante do badalado Olaria de 1964, quando perguntado o que achava de todos os jornais afirmarem que ele não sabia mais jogar bola: ‘Opinião é que nem transporte. Quem não tem o seu, pega o coletivo’.

                                                                                             TAÇA PIRATINI

 

Depois dessa, Beijocas….

Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!

6 thoughts on “Questão de opinião

  1. Amigos(as), que tarde para apenas torcedor apaixonado pelo seu Clube amado ficar em frente a TV ou estar pessoalmente em Caxias. Com Roth, Daniel, o Massari, o tal do espetacular ( ??? ) e Zé Roberto, é dose. O Damião em meio a essa mediocridade citada está salvando a pele do treinador. Que ironia, no mundial de clubes aquela “múmia” do Alecsandro era o titular. Agora o Damião está conseguindo jogar e mostrar que merecia uma chance antes. E o que dizer da nossa zaga no enfrentamento com os atacantes do Caxias (série C). Estou ficando mais cansado ainda do que estou vendo. Até agora, só o Enderson Moreira foi cobrado. E o patético do Roth fica lá com seu esquema medroso e incapaz de vencer jogos contra adversários de medianos a ruins. Direção, onde vocês querem chegar???????

  2. Colorados no céu e na terra,
    no Rio Grande e no de Janeiro,

    Olho no FLA-FLU…

    Algo me diz que Muriçoca vai entrar no mercado a partir de hj…

  3. Meu post do inicio de fevereiro pedia a cabeça do gorila.
    Fora Roth.
    4 volantes contra o poderoso Jorge sei la eu do que é pra matar.
    Dá vontade de nem ver o jogo.
    Mathias, bolatti, Guinazu e Tinga.
    Cade a diretoria que não intervem?
    Isso é um crime LESA-PATRIA.
    Rua, Roth, vai pro Vaxco e nos deixe em paz.

  4. Hoje tem Oscar de novo em Caxias do Sul eo D’Alê não joga contra o Seu Jorge dia 16…daqui a pouco a batata do “absoluto’ Zé Balada começa a assar…

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