Conselho muito democrático

Como uma das minhas primeiras experiências no Conselho Deliberativo do INTERNACIONAL, causou-me um grande impacto a reunião de ontem. Já havia participado de outras, mas esta foi algo realmente incomum. Pela importância do tema, a responsabilidade que ele nos coloca, pela reação dos conselheiros, que talvez nunca haviam antes, interferido de forma tão direta e democrática num processo desta magnitude dentro do INTERNACIONAL. Ponto para a atual direção.

E aí, num abalo tão grande e provocador quanto os últimos acontecimentos em terra japonesa (que desastre, que catástrofe!) percebi as mudanças pelas quais estamos passando e vivendo intensamente no clube do povo. E a comparação é essa mesma, porque não são apenas mudanças de “modelos e planejamentos”, são mudanças de paradigmas. De uma cultura conservadora, para uma mais aberta, moderna. Quando na nossa história nos registramos como o clube do povo, sabíamos que nossa torcida tinha uma influência grande no clube, que por sua vez dava pinta, trazia em campo esse jeitão forte das massas. Continuamos assim, porém, via conselheiros.

Ouvi e vi nas manifestações de muitos conselheiros ontem, as dúvidas, os questionamentos e as idéias que se discute nas arquibancadas do Beira-Rio. Fico feliz assim. Ainda que algumas intervenções nos pareçam débeis, outras desproporcionais, a maioria tem a alma e a paixão Colorada nos tons mais quentes! O fato do Convergência Colorada ter sugerido uma parceria, porém em outras bases, como opção de voto do conselho, definindo este caminho difícil que temos que escolher, propondo processos ainda mais democráticos e abrindo a possibilidade da Presidência do Clube ter margem para negociação, era tudo o que eu esperava deste grupo, por onde me elegi conselheira.

O fato do presidente ter entendido a situação, ter aberto a possibilidade de considerar alguns pontos, me enche de orgulho, na certeza de que temos sim um clube do povo, que se modernizou e está acompanhando o futebol nas suas premissas modernas, mas que na essência entende o colorado e nosso coloradismo. Foi tenso, foi pesado, foi cansativo, mas É o INTER.

Tenho que certeza que no dia 21 decidiremos com mais tranquilidade e chegaremos muito, mas muito perto do que cada Colorado gostaria para o INTERNACIONAL. Um clube mais moderno, uma reforma de processos transparentes, legais, com o objetivo de mostrar para o mundo, na Copa ou antes ou depois dela, a nossa força, sem contude deixar de olhar para o sócio, para o torcedor que mantem viva esta paixão vermelha.

Adriana Paranhos/Porto Alegre – RIO GRANDE DO SUL
INTER, minha paixão verdadeira!

8 thoughts on “Conselho muito democrático

  1. Acompanhar teus posicionamentos tem me deixado profundamente esperançoso em relação ao futuro do nosso Ínter, Adriana, principalmente, quando percebo que eles estão alicerçados em bases firmes, do que bem dás mostras na tua resposta ao Nolci (6:34H). Por favor, inclui o meu e-mail na tua lista e me mantém informado dos teus posicionamentos junto ao Conselho Colorado.

    1. Zé,
      meu posicionamento sempre foi este e quero continuar assim.Sinta-se a vontade para questionar quando achar necessário, e para me contrariar tambem quando pensar que deves. Eu e o Nolci temos suficiente entendimento do bem que nós dois podemos e queremos fazer pelo Inter, para podermos trocar idéias e discordar quando assim achamos justos. Mas todos somos colorados e isso é maior.
      Vou acrescenta-lo sim na lista de e-mails.

  2. E aí Adriana, tudo bem? Continuo, conforme te disse no jogo em Caxias do Sul, acreditando que a parceria ( com um contrato bem amarrado) a melhor saída. Outra opção, no meu ponto de vista, vai acabar ocasionando um grande prejuízo ao futebol, que é o que interessa. Abraços.

  3. Acho muito bacana essa democracia, dando direito a todos a expressarem as suas opiniões. O que não entendo é como tem gente que quer só aparecer nessas horas, fala sobre o vazio no nada, não agrega pro Clube e só faz tumultuar.

    Achei muito inteligente essa nova proposta de parceria, mostrou que o pessoal estudou as possibilidades antes de propor. Bacana ver que tem gente séria nesse meio onde muitos estão “à passeio” ou querem tirar algum proveito. Parabéns a todos que elaboraram esse documento.

  4. Eu vi tudo isso Nolci. Mas sei também que entre oposição e situação quem precisa vencer é o INTER. Eu não sou contra Afattato, nem contra Pífero e nem contra Sandro Farias, por isso não sou contra Luiggi. Sou colorada. Vou trabalhar e facilitar sempre a relação entre sócios e clube, como conselheira . Vejo as coisas acontecendo de uma forma diferenciada, pois assim como eu e tu ressaltamos pontos diferentes de uma mesma reunião, dentro da diretoria, cada uma das pessoas devem tambem olhar as coisas de ponto de vista diferente. Agem de forma diferente. Isso é democratico. Penso que anti democratico seria não termos a oportundiade do olhar diferenciado, de poder falar sobre isso e de sobretudo poder interferir na situação..

  5. Oi Adriana, belo relato. Todos queremos o INTER grande, forte mas acima de tudo Moderno e Atual e isto deve acontecer também com as cabeças que administram ou ajudam a administrar o clube. O INTER não é de ninguém, o INTER é de todos nós, e são relatos e atitudes como as tuas, de Conselheira, que nós associados esperamos ver levado o INTER para as Glórias.
    Grande abraço.

  6. De fato, ontem foi um dia histórico para o nosso clube. Teu relato, Adriana, foi fiel aos acontecimentos. No entanto, tenho idéia diferente em alguns pontos, em relação às ações da Diretoria. Inicio afirmando minha admiração pelo trabalho que o Giovanni Luigi está realizando. No entanto, não consigo desvinculá-lo à gestão que saiu, uma vez que foi eleito sob aquela diretriz. Inclusive, a sua lista para o Conselho chamava-se FERNANDO CARVALHO. Só serviu para obter votos ou era a sinalização de continuidade? Voltando à reunião de ontem, se não fosse a confusão com datas, que levou a postergação da votação para o dia 21, a SITUAÇÃO exporia o seu poderio para votar ontem mesmo. E isto nos levaria, obrigatoriamente, para os braços da Andrade Gutierrez, opção defendida pelo Giovanni Luigi. Com isto, o CONVERGÊNCIA COLORADA teve tempo de expor a sua 3ª via que, posteriormente, foi assimilada pelo próprio presidente do Clube. Lembro, também, que um dos principais nomes da SITUAÇÃO tentou impedir a participação dos sócios na assembléia de ontem. Isto não é democrático. Até sou favorável a alguma reunião sem as presenças de associados, uma vez que naquele se discutem assuntos, por vezes, confidenciais. Portanto, palmas para o Presidente Giovanni Luigi. Mas com as ressalvas acima descritas.

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