Os últimos resultados de campo na Libertadores trouxeram a tranquilidade que precisávamos de volta ao Beira-Rio. Tivemos a sorte de cair em um grupo relativamente fraco que nos permite gradualmente adquirir ritmo de jogo. Mas ainda temos dificuldades de impor uma forma de jogar objetiva, como alguns comentaristas gostam de dizer o tal “jogo vertical”. Sem contar a constância de lesões em todo o grupo.
A quantidade de gols perdidos é impressionante. À exceção do Damigol e da grata surpresa do Oscar, os outros atacantes e meio-campistas tem tido enormes dificuldades, sejam eles o Sóbis, Cavenaghi ou outros. Se pode dizer que temos conseguido criar, o que é um sinal positivo. Ao menos, o Sr. Roth tem revisto algumas das suas certezas, sacando Wilson Matias e Alecsandro das condições de titulares inquestionáveis. E colocar os titulares na Taça Farroupilha vai ajudar a ganhar confiança.
Mas a reflexão que eu gostaria de levantar para a nação alvirrubra aqui no Arquibancada Colorada é: colocando a paixão de lado, quais as chances reais dessa equipe que vem se formando sob a direção do Celso Roth e Giovani Luigi? Você está confiante de que quando chegar a fase quente da competição intercontinental estaremos no nosso ápice para enfrentar adversários mais contundentes?
Enquanto isso, o Abel e o Muricy podem estar se acertando com outros clubes…
Francisco Johnson – Austin, Texas/EUA
Cônsul do SPORT CLUB INTERNACIONAL
Alô você, Johnson!
Colocando de lado os fatores passionais como sugeristes (embora pra mim seja quase impossível falar de Inter e não envolver paixão), eu acredito sim. Ser campeão ou não depende de muitos fatores. Analisando o elenco do Inter e comparando as demais equipes da mesma linha, chego fácil a essa conclusão. Aqueles que eram tidos como prováveis finalistas da LA estão muito próximos da desclassificação. Falo de Santos e Fluminense. E quanto aos nomes de Abel e Muricy, lembro ao caro irmão de alegria que apesar de terem participado de campanhas vitoriosas no Inter, ambos foram a exemplo do atual treinador taxados de burros e vaiados, lembras? Abelão por escalar Michel e Gabiru (durante toda a libertadores) e deixar A. Pato no banco era vaiado até quando era pronunciada a escalação, no B. Rio, e Muricy, tinha até musiquinha: Ih! Ih! Ih! Fora Muricy! Quem entende?
As chances são as mesmas de todo mundo. Acontece que o time do Cuca, lá em minas,vem jogando regularmente e nós aqui se preservando pois somos canelas de cristal…
acho que o INTER está se sentindo muito “pequeno”. ontem, contra o são josé, parecia um time do interior, sem força e perdendo gols. deve se impor, mostrar que é grande. voces já notaram que o gremio aje de outra forma? nem parece que são clubes daqui de porto alegre, tal a diferença. o gremio tem mais garra, mais vontade, embora algumas vezes seja “pequeno” também. mas na maioria da vezes não. a diretoria deve rever tal postura, para que nos sintamos GRANDES, como o INTER é! se continuarmos assim, não ganharemos título algum de 2011. e olha que temos um torneio na europa, ao qual o INTER foi convidado…
Grande Francisco, respondendo as suas perguntas… acredito que temos sim um dos, se não o melhor, elenco das Américas. A direção contratou nos pontos em que tínhamos mais carência e os jogadores que chegaram não são nenhuma aposta, são rodados e experientes. Confio na gestão Luigi e tenho muitas esperanças de que irá fazer o melhor para o Inter, sempre. Já em relação ao Celso Roth, tenho o pé atrás. Se algum dia ele deixar a teimosia de lado, de querer inventar e ser cabeça dura, quem sabe obteremos melhores e maiores resultados. A vida bate no nosso técnico, o futebol tenta explicar que não se pode querer inventar a roda, mas mesmo assim ele teima em querer fazer diferente. Espero que ele não insista no duvidoso e aprenda de uma vez qual a postura de um grande técnico.
Por fim, confiança tenho sempre, se no ano passado com Fossati e todos os tropeços fomos campeões da Libertadores, pq não acreditaria novamente agora? Nosso elenco evoluiu, temos peças que podem desequilibrar qualquer partida, só precisamos achar o esquema de jogo certo e parar de “pirar na batatinha”! 😉
Abraço