Depois do fim do sonho do TRI, para achar uma forma de consolo pensei: “Ok, não se pode ganhar sempre!”. Lembrei dos “anos de chumbo”, aqueles que o Inter não ganhava nada, que vivíamos de glórias de um passado tão distantes que eu mal era nascida para dizer que vi a última grande conquista de Brasileiro. Foram tantos tropeços até chegar à maturidade dos anos 2000, tivemos que viver um novo século para a história mudar de vez e nos encontrarmos com a felicidade de TUDO!
Os jovens de hoje já nascem campeões, então não sabem bem o que é a derrota, muito menos o que é não ganhar nada. Entretanto isso não serve de desculpa para nos consolarmos com insucessos previstos ao longo do tempo. Quem errou e quem acertou, agora não importa mais, pois a desclassificação já chegou e nada mais poderá ser feito. As exigências são maiores, as expectativas também, chegar ao alto pode ser até “fácil”, mas manter-se lá é o mais complicado, por isso os tombos são também maiores e mais fortes. Os tempos mudaram e o torcedor não se conforma mais com o “quase” ou com desculpas esfarrapadas, tudo é diferente desde 2006.
Entretanto, se tudo é diferente e queremos sempre mais, porque depois de cada insucesso o torcedor diz que não vai mais pagar a sua mensalidade? A mentalidade é a mesma do século passado, a visão é míope e a curtíssimo prazo… não consegue ver o amanhã, muito menos planejar o futuro. Ele só quer exigir, só quer cobrar, mas não quer colaborar. Depois de uma desclassificação quantas pessoas entram “de mal” com o time? Quantas deixam de pagar porque o técnico é A ou B?
O que ninguém percebe é que para mantermos um elenco com grandes jogadores, experientes, precisamos de dinheiro. Se você deixar de pagar a sua mensalidade, como vai querer exigir depois que o time continue a vencer títulos, a contratar craques e tudo mais que a torcida gosta? Vejo muita gente dizer que não vira sócio, pois quando chega à final não consegue ingresso pro jogo. Mas como pode, uma final super lotar e o jogo contra o Santa Cruz, o 15 de Campo Bom não chegamos a 10 mil torcedores? O custo de mantermos um dos melhores estádios do Brasil é o mesmo em abrir ele para 1 ou 100 mil pessoas. O estádio está aberto para todos em todos os jogos, mas aí o torcedor só quer o filé, roer o osso não é para ele. Seja o time Z ou o time A, é o Inter que estará em campo, vestindo a mesma camisa vermelha, buscando a vitória da mesma forma.
Sendo assim torcedor, antes de dizer que vai deixar de pagar a sua mensalidade até que resolvam o problema da área X ou do jogador Y, pense que quem vai perder é você que não terá mais um time de ponta e sim um time “meia boca”. Você que ainda não é sócio, não venha depois dizer que “é por isso que não me associo” cheio da razão, pois quem não está apoiando no crescimento da instituição Sport Club Internacional é você que acha que é esperto. O Inter perde, mas quem deixa de festejar no final somos nós! Lembrem-se sempre do sucesso dos times Europeus, vendem os famosos carnês para o torcedor assistir aos campeonatos e a fila de espera é quase de lotar outro estádio… essa é a vida dos grandes: Barcelona, Real Madrid, Manchester, Benfica, Porto, Bayern, Milan, Internazionale, etc. Olhem o Benfica, maior clube no mundo em relação a sócios, não ganha nada de relevância há algum tempo, mas nem por isso a sua torcida diminui, mesmo perdendo competições e clássicos para o seu maior rival. São quase 200 mil sócios, mais de 500 mil nas rede sociais e sabem porque fazem tudo isso sem terem grandes conquistas: na minha humilde opinião, além da paixão eles sabem que o time depende deles. Nós temos a consciência da paixão que temos pelo Colorado, mas e o resto, estamos juntos nessa?
Débora Silveira – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
INTER, para sempre eu vou te amar!
Concordo Debora, so acredito que saber quem(ou o que) errou/acertou seja muito importante. So iremos continuar conquistando se tbm continuarmos questionando os “porques” nas derrotas e conquistas. A receita do sucesso passa por conhecer as nossas fraquezas. Nao tenho duvida que nao podemos ganhar sempre, mas acredito que cobranca e atencao deve estar sempre presente. Espero das arqubancadas muito apoio no Grenal, sem vaias, com pressao neles para levantar-mos a taca! E tbm espero em campo muita dedicacao, raca e vontade de vencer! Gde abraco
Alô você Debora!
Essa é alinha de raciocínio que adotei. A mais de 30 anos sou sócio e jamais deixei de contribuir com minha mensalidade. Realmente, tudo está interligado e o produto final tem significativa parcela do torcedor, sócio. É bem verdade que nossa base administrativa funcional está está um pouco distante de bem tratar seu sócio. Podemos ver entretanto, uma preocupação do primeiro escalão com esse estado de coisas e uma sinalização de que as coisas estão mudando. Assim todos fazem a sua parte e o Inter é o grande vencedor.
Débora e amigos(as) não há como desprezar a passionalidade que o futebol mais do que qualquer outro esporte traz em suas mais profundas raízes e essências. Então, essa alternância de emoções, alegrias e tristezas fazem parte do cotidiano deste esporte, desta cultura. Porém, concordo contigo quanto à condição diferenciada do sócio, independentemente de eventuais momentos de “vacas magras” ou de insucessos. Isto não exime nunca o dever e o direito de se manifestar seja nos pleitos eleitorais, seja encaminhando suas críticas e sugestões aos colorados que estão dirigindo o Clube. O sócio é uma espécie de quotista ou acionista do seu Clube, entretanto seu “Lucro” ou “Prejuízo” está mais para o campo das emoções, da auto-estima, enfim, é um entendimento que tenho, os amigos devem ter os seus. Fico impressionado quando algumas pessoas que não fazem sua parte no que se refere a se associar ao Clube, em jogos decisivos ficam perguntando aos seus amigos sócios, você vai no jogo? me empresta a carteirinha? Vale uma reflexão a todos não acham?
Com certeza Luciano… o sócio não deve aceitar tudo de forma passível que lhe imponham, mas deve saber separar o “joio do trigo”. Ele tem poder de mudança, de reclamar, de mudar diretoria, mas se ele não for sócio não poderá nada disso, além, é claro, de não ajudar em nada com o Clube. Vejam Corinthians e Flamengo, maiores torcidas do país, mas torcidas que pouco contribuem financeiramente com eles.
Grande abraço e vamos que vamos!
Debora, fiquei puto com a derrota contra o Penarol, mas penso mais ou menos como vc, quando lembramos da maldita década de 90 é uma situação perdoável. Quem viveu essa década não tem noção como amaldiçoada ela foi e chega agora uma nova era no clube. Detalhe importante, nasci em Porto Alegre em 84, nossa familia mudou para São Paulo em 85 e eu lembro de acompanhar futebol em São Paulo, aguentando no colégio Palmeirenses e São Paulinos durante meados de 92, 93 e os Curintiano no final dos anos 90, sem contar a parte gremista da familia.
É uma nova era para nós, e se analisarmos o modo como o clube cresceu é diferente, por exemplo, daqueles times que montam um time num ano e no outro não são nada, como aconteceu com o Botafogo em 95, São Caetano em 2000 e 2001, Atlético-PR em 2001, Fluminense no último ano e entre outros muitos “fogos de palha”. O Inter conseguiu crescer de maneira sustentável financeiramente, foi uma reviravolta incrível feita por Fernando Carvalho e temos que refletir sobre isso. Acho que durante os novos anos de ouro colorado o único vacilo mesmo, de verdade, foi o ano passado, a maneira como chegaram no Mundial, a soberba, a falta de interesse no Brasileiro e tudo mais, isso sim eles devem para nós, e muito. Quanto ao resto não podemos reclamar, temos que agir e apoiar. Morando em São Paulo não vi vantagem em ser sócio, porém sempre comprei produtos oficiais, então me considero um grande contribuidor.
É isso aí Guilherme, temos que contribuir d ealguma forma com o crescimento do nosso Clube.
Débora, teu raciocínio está correto. Eu mesmo no desabafo falei que pararia de contribuir. Foi no calor da hora, mas por óbvio que não deixarei de pagar minha mensalidade e de incentivar meu querido INTERNACIONAL. O único porém é que o Beira-Rio está virando uma Brasília. Explico: todo mundo sabe o que de errado acontece mas parece que ninguém faz nada!!!!!Até quando? Não é um pensamento pós-eliminação, é uma indignação que toma parte da torcida. Ricardo Goulart (preterindo Sobis e Cavenaghi)? Num jogo decisivo no lugar do Oscar? Bolívar, Nei (que simpatiso muito, mas não tem condições de vestir a vermelha), Kleber (quase fazendo um favor pra jogar?)????? O Beira-Rio não pode ser um local de desova de ex-jogadores!!!! Se for assim, coloquem o André no gol e o Anderson pra centro-médio! As vezes parece que falta QI como diria meu amigo lajeadense Delmar Giongo. Um forte abraço e conte comigo, sempre!
Oi Fábio, realmente nesta hora o sócio tem que reivindicar e protestar de forma inteligente, forçar a mudança para que a retomada do rumo correto. Temos que ser fiscalizadores, mas jamais deixarmos de apoiar, pois aí o Clube se enfraquece e todos perdemos. Não somos o maior da América por acaso, temos grandes valores e temos que arrumar os itens que sairam dos trilhos.
Forte Abraço