O medo entre a vitória e a derrota

Assim esperamos
Como se descobre a real vitória e a triste derrota ?  Como podemos provar do mel ou do  fel? Uma coisa é fato: Só se descobre tais coisas se perdermos o medo de vencer.   O famoso arriscar.  Se você não arrisca com medo da derrota, jamais vai conhecer o gosto da vitória, pois assim como amor e ódio, vitória e derrota andam juntas, quase que de mãos dadas.  E é humanamente impossível dizer antes de se arriscar que se vai ganhar ou perder. O medo da derrota nos torna frágil, insensatos, incapazes de talvez um dia chegar onde realmente queremos.  O medo afasta você de suas maiores conquistas, o medo de arriscar algo que pode dar errado, afasta você do que era certo.  Pense em tudo o que o Inter já conseguiu até hoje.  Quantas coisas o Clube  arriscou no exato momento em que decidiu lutar e pagar para ver onde poderia chegar ? Agora pense nas que perdemos, o gosto amargo da derrota, amargo? Até que ponto? Acho mais amargo o gosto de não saber nunca qual seria o resultado, de não querer enxergar a verdade que estava bem diante de nossos olhos o tempo todo, e que o medo de arriscar nos tornou impotentes no ímpeto de almejar de verdade alguma coisa .  Então, se o máximo e o mínimo estão em nossas mãos, por que temos tanto medo de saber qual deles virá no exato momento em que decidirmos arriscar? A derrota te ensina o caminho da vitória, a vitória nos  ensina que acertamos  o caminho, e o medo? O medo não te ensina nada, apenas te faz incapaz de descobrir se é bom  ruim .  A eliminação prematura do Inter na Libertadores levanta uma questão muito forte: Neste time os jogdores são preparados para vencer ou para serem vencedores?   Educar para perder: preparar o Clube para perder, estamos acostumados que se deve vencer sempre, aprender com as derrotas, saber porque se perdeu e como a derrota pode ser evitada. Sofrimento não deve ser levado em conta, afinal estamos aqui ensinando a VENCER, mas a derrota também faz parte do jogo.

Educar para ser um vencedor:  ensinar o valor da perseverança, ensinar a se levantar a cada queda, ensinar o sabor da vitória e ensinar principalmente a “aprender com as derrotas”. Isso mesmo, deve-se aprender a aprender.

Então o que isso tudo tem a ver com a Libertadores e com o GreNal de logo mais?  Tudo! Somos em grande maioria levados a querer vencer e não sermos vencedores. Nossa equipe veio de uma campanha mediana, mas não convencia. Partidas horríveis onde “pelo menos vencíamos”. Mas não éramos um  time vencedor.  Ser vencedor consiste em se entregar, em entender a extensão de uma conquista, em superar obstáculos e ter força pra seguir. O jogo contra o Peñarol foi uma mostra disso. Um gol no primeiro minuto que nos levava a crer em uma “lavada fácil”. Basta um vacilo em cinco minutos no segundo tempo, desestrutura todo um trabalho que é colocado a perder. É o momento do:

Brasileirão não é obrigação! Obrigação é lutar sempre

Opa, eu estava ganhando, tudo bem, mas e agora?

Nossos jogadores não habituados a contornar situações adversas, jogadores ansiosos que não entendendo a importância do seu papel no todo, na equipe, ficam nervosos e prejudicam o time todo em um fato isolado.  Buscando na história, os espartanos são sinônimos de excelência em luta, aprendiam inclusive que morrer em combate por Esparta seria a maior glória que poderiam ter na vida. Em uma passagem histórica um oficial espartano revela que a sua esperança é encontrar em um combate (Termópilas) alguém a sua altura para que lhe seja dada a honrada boa morte. Isso mostra cabeça erguida até o final, preparação para serem vencedores. As consequências são certas e encaradas com racionalidade e equilíbrio. Não precisamos ser tão radicais como as rotinas espartanas nos sugerem, apenas precisamos saber nos entregar, ser vencedores, saber que o mérito está na batalha, e a vitória é a consequência da boa preparação. A vitória quase sempre é resultado da oportunidade somada à boa preparação, então estar preparado para tudo, nos ajuda a vencer, nos ajuda a ter um norte, nos ajuda a ser melhores.

Hoje podemos notar que nossa cultura não privilegia essa educação, temos medo das perdas, temos medo da dor e do sofrimento (inevitáveis), somos acomodados. Os que gostam de desafios sobressaem-se perante os demais. Há algo errado com esses conceitos. Ou aprendemos a lidar com isso desde cedo ou será na prática, os golpes mais duros que levaremos.

Beijocas….

Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!

10 thoughts on “O medo entre a vitória e a derrota

  1. Apagão não é a palavra certa. O apagão é algo momentâneo. Isso vem acontecendo de forma recorrente. Parece que ninguém enxerga. E agora ? Vamos de Muriel, Juan e Rodrigo Moledo? Melhor dar uma chances pra esses caras pois os outros estão de brincadeira….

  2. Simone,
    Acho que o Campeonato Gaúcho terminou para o INTER. Para reverter o quadro na casa deles tería que realizar uma façanha similar ao feito de Leônidas e os 300 de Esparta na Batalha de Termópilas a que fizeste referência em exemplo de bravura.
    Veja bem, tomamos 3 gols em casa e no saldo qualificado pesa muito. Agora teremos que fazer 2 de diferença. Se levarmos 1 teremos que fazer 3. E você, como os demais colorados, acreditam que essa defesa que vaza como água não irá tomar nenhum gol? A essa altura quase um milagre.
    É possível mas pouco provável.
    A história está aí para mostrar e ensinar os caminhos. E parece que a Direção não aprendeu ou veio a fazê-lo tardiamente. O Gaúchão deste ano é uma cópia fiel dos erros cometidos no ano passado. Perdemos o 1º turno com INTER B, na decisão com time totalmente descaracterizado e fomos com tudo no 2º turno para recuperar o terreno perdido. A duras penas ganhamos, mas nas duas finais, contra eles, sendo a 1ª no Beira Rio, revertemos totalmente para o lado deles, necessitando da diferença de 2 gols lá na Azenha.
    A par disso, examinando as 3 últimas decisões (Mundial, Libertadores e hoje) o apagão do início do 2º tempo se repete. É demais!
    Eu já havia referido em comentário, após o jogo contra o Peñarol, que o time do INTER está sem garra e determinação. Muito toque de bola infrutífero, inicia bem, faz o gol no início, depois deixa de matar o jogo, perdendo gols feitos. Começa, então, um processo de relaxamento ou desligamento da partida, com aparente desinteresse ou vontade de ganhar. E aí chega o apagão, com gol relâmpago e virada do adversário, sem demonstrarmos qualquer capacidade de reação
    E como bem citou o Luciano, os gols de bola alta alçada na área se repetem.
    Bem, meus amigos, estou indignado sim e se não forem feitas algumas contratações e mudanças pontuais com relativa urgência lá atrás muito difícil acreditar no Brasileiro que daqui a uns dias irá começar.
    Ah, também necessitamos de um líder (verdadeiro capitão) dentro do campo e que luzes iluminem o Falcão.

  3. Perder com dois Gols de cabeça por cobertura do goleiro em casa, se fosse de um craque, um gênio…mas…de um jogador de terceira linha, reserva do fraco time do nosso rival…isso é demais…Ainda bem que nossa torcida é diferente da torcida do nosso coirmão…o técnico é um ídolo, mas não estamos acostumados a nos conformar com más atuações, falta de vontade, falta de orgulho de vestir a camisa do INTERNACIONAL. Espero que o Falcão não seja amigo desses jogadores, mas cuide dos interesses do nosso Clube, da nossa torcida…Eles (os jogadores) são funcionários do Clube e devem ser cobrados como tal.

    1. Sim… veja o absurdo. Dois gols do Viçosa foram quase identicos. O gol do Leandro muito parecido com o segundo do Peñarol (até no tempo de jogo) e teve dois gols do Peñarol (um lá no Uruguai e outro aqui identicos também). Isso é uma tremenda falta de vontade e desatenção….

  4. Ridícula, sem alma, sem gana, sem organização, sem espírito…Podem buscar qualquer outro adjetivo, mas este grupo de jogadores está ENVERGONHANDO a todos os verdadeiros COLORADOS.

  5. Alô você, Simone!
    Não se pode deixar de se dedicar ao máximo em todos os campos (No de jogo ou na aquibancada). Ao término das partidas ninguém poe ficar com a sensação de que poderia ter dado um pouco mais.
    SC
    Melo

    1. É Melo, mas não foi isso que aconteceu. Não podemos reclamar pois o clube botou o tecnico que a torcida pediu. Aconteceu que o pensamento do Falcão comentarista (que eu achava tão certo) não está refletindo com o Falcão técnico (que tá parecendo Celso Roth)…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.