Eu acho que se deve impor um limite aos salários dos jogadores de futebol. Um teto salarial evitaria os abusos e distorções que existe atualmente e que pode acabar prejudicando o esporte, criando uma bolha inflacionária e também obrigaria nossos “craques” a posturas mais profissionais. Os salários de Kaká (9 milhões de euros, aproximadamente R$ 24 milhões) e de Cristiano Ronaldo (13 milhões de euros) é um bom exemplo disso. O presidente do clube merengue disse que dinheiro pago a craque “não é despesa, é investimento, pois eles se pagam com sobras”. E esse é exatamente o ponto central da controvérsia. Pouca gente se importa se os super craques ganham bem, eles são as estrelas maiores de um negócio cada vez mais milionário. Mas ninguém é inocente. O valor do passe, acrescido de salários, bônus e lucro saem da receita dos clubes, o que no final das contas vale dizer que são pagos pelos torcedores, que vão aos jogos, que compram camisas e outros badulaques com a marca do clube, que veem as partidas pela TV, que consomem os produtos das marcas estampadas nas camisas, nas placas de publicidade dos estádios e nos comerciais de TV durante as transmissões dos jogos. É a regra do jogo.
A folha de pagamentos do Chelsea no ano passado passou dos R$ 540 milhões. E o fenômeno não se limita aos times de ponta. O West Ham, que terminou em nono lugar no último campeonato, gastou com salários dos jogadores e técnicos 75% de tudo o que arrecadou na temporada. Talvez o melhor exemplo da distorção que os altos salários têm provocado se encontre no Newcastle United, que foi rebaixado para a segunda divisão. O clube tem encontrado muita dificuldade em vender pelo menos 10 de seus jogadores que estão sendo cobiçados por outros clubes simplesmente porque ganham salários inflacionados, que segundo o mercado, não condizem com a capacidade técnica que demonstram em campo. Isso tudo vem acontecendo no nosso Inter. Ao especular uma renovação diversos jogadores entraram no mira de interesse de outros clubes. Exemplos de Andrezinho e Índio, que tiveram suas despedidas abolidas pois os clubes interessados acharam altos os salários pagos aos jogadores (que são reservas). Edu,na época, preferiu ficar aqui escondido à ir jogar no Flamengo. Mais da metade do time B foi emprestado com o Inter pagando metade dos vencimentos dos “craques de amanhã”.. Alecsandro demorou pra ir pro Vasco por causa disso também.
Essa inflação do mercado que tanto eleva o salário do craque como o do jogador medíocre, tem aumentado constantemente o custo para o torcedor que acompanha seu time.
Resta saber até quando o torcedor vai se conformar em financiar salários desproporcionais. E quando eu vejo um jogo como Santos x Inter e tantos outros do nosso colorado e noto jogadores bem pagos, e em dia, sem motivação pra jogar 90 minutos eu fico desesperada. Tem muito dinheiro no colorado saindo pelo ralo, só espero que este mesmo ralo não leve junto o torcedor que apóia e paga por tudo isso.
Beijocas…
Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!
Voltou a jogar o time de Santos. O resultado foi o mesmo: fracasso e apatia…tbem com esses salários, como se motivar pra jogar?
é, eu tbem ficaria desmotivada ganhando esses salários por mês…..
Simone e Melo,
Não dá nem para comentar o aspecto salarial.
O Brasil no futebol vive num surrealismo pleno. Dias atrás um Jornalista da Guaíba comentou: O que o Técnico Renato ganha num mês de trabalho, um modesto trabalhador de Salário Mínimo levaria mais de 60 anos (SIC) para ganhar. Façam os cálculos e verão.
Não precisa dizer mais nada.
Pois é Heleno… dá pra se viver num pais desses. E o padeiro ainda RECLAMAVA QUE NÃO QUERIA VIAJAR AO INTERIOR POR “SER MUITO DESGASTANTE” com um salário nivel A+ NÃO EXISTE DESGASTE…
Alô você Simone!
Também entendo que é uma “barbaridade” esses salários. Veja que o pessal da imprensa por exemplo, considera que fulano ou beltrano não ganha bem pois sua remuneração não chega sequer a R$ 50.000,00 mês. O detalhe é que êle muitas das vezes não ganha R$ 5.000,00. Mas isso passaria por um entendimento muito amplo (que precisa começar logo) Mas em um país em que se cria um estatuto do torcedor que na maioria das vezes só é lembrado para punir (e especialmente o próprio torcedor) vai ser muito dificil.E quando aparece alguém que descobre um profissional que quer tentar ordenar isso, falta-lhe o braço forte e o profissional vai embora. Estou falando do AOD. Precisar é preciso, concordo contigo, mas vai demorar muito.
Alô você….estou cada vez mais desgostosa com as coisas que ouço advindas da beira do rio…