A contratação de um ídolo

O atual treinador chegou com mais de 4 meses de atraso. Sua contratação deveria ter acontecido ainda em dezembro após o fracasso do Mundial. Daí surge a indagação: Teria sido Falcão a solução mais adequada?

Bem, não dá para negar que nesses meses iniciais do ano, a desilusão e auto-estima da torcida Colorada andava em baixa diante do insucesso acontecido, admitindo-se ainda a manutenção do contestado treinador Roth e o conseqüente mau desempenho do time, sob a iminência de perder os dois títulos em andamento no semestre. Ouvia-se de todos os lados a necessidade de um novo treinador. Em especial, que mexesse com o ânimo do torcedor Colorado, restabelecendo sua auto-estima que estava abalada. Dentre os nomes mais ouvidos e cogitados pelo torcedor ressoava o de Paulo Roberto Falcão.

E aí surge outra indagação: Qual deles, o Jogador Ídolo ou simplesmente um treinador? E neste quesito parece-me que as coisas se confundem.

Não resta dúvida que como jogador, Falcão encantava. Jogava  de cabeça erguida e com uma elegância ímpar em qualquer posição do meio de campo. Suas jogadas e passes eram precisos e tratava a redondinha com o carinho merecido de um craque e ainda chegava com facilidade lá na frente. Quem o viu jogar, como eu que tive o privilégio de acompanhar toda sua carreira, não tem dúvidas de que foi entre os maiores, senão o maior jogador Colorado de todos os tempos. Até lembro de um torcedor idoso que sempre me dizia: “Jogar como o Falcão, só mesmo o Tesourinha e olhe lá”. E mesmo os mais jovens, que não o viram jogar, ao assistirem os vídeos ficam deslumbrados com suas jogadas, a exemplo dos dois gols de virada contra o Palmeiras no Pacaembu, deixando-nos na final do Brasileiro de 79 e nesta mesma final o 2º gol contra o Vasco no Beira-Rio, que selou com a conquista do TRI invicto de 79.

Sua grande atuação na Seleção Brasileira de 82 encantou o Mundo, pena que o título não veio. E o futebol apresentado com o gol que deu o título a Roma, conquistado após 41 anos de jejum, de falta batida pelo próprio Falcão, deixou os romanos tão eufóricos, que passaram a chamá-lo: O Rei de Roma”. E quem vai esquecer da mágica jogada na tabelinha feita de cabeça com Escurinho no 2º gol de virada contra o Atlético Mineiro em 76 (vídeo anexo), para muitos o mais belo gol no estádio Beira-Rio. Poderíamos citar outras inúmeras e brilhantes jogadas feitas pelo craque. Para quem quiser se deliciar com a magia das jogadas de Falcão é só acionar o vídeo do youtube anexo. Assim será contemplado com uma verdadeira antologia que vale a pena ser vista pelos Colorados amantes da arte do belo e eficiente futebol. Que saudades!

E assim, por tudo que fez como jogador, Falcão passou a ser o grande ídolo da torcida Colorada. Ao que tudo indica foi em sua figura de grande atleta que veio a inspiração de vê-lo treinador. É evidente que seu trabalho feito em 16 anos como comentarista esportivo também contribuiu para enriquecer sua imagem de exímio conhecedor de futebol. Talvez em seu subconsciente coletivo a torcida pudesse imaginar que o grande craque, na função de treinador, viesse a transmitir o seu inato talento aos jogadores por ele comandados.

E dentro de suas reais possibilidades, com o acúmulo de conhecimentos teóricos adquiridos, pudesse colocar em prática, a idéia de um time compactado, organizado e ofensivo como tem sustentado em suas entrevistas e palestras. O problema é saber se Falcão agora na função de treinador, conseguirá atingir a tais objetivos. Isso é uma incógnita que só o tempo irá responder. Nada fácil converter idéias à realidade, que dependem não só do talento e capacidade de uma pessoa como Falcão, mas de um grupo de jogadores aliado a uma série de fatores que permeiam o mundo do futebol.

O fato de ter sido um grande jogador pode ser um bom indicativo para vir a ser um consagrado treinador. Dentro dessa linha de raciocínio, tivemos destacados jogadores, a exemplo de Telê Santana, Enio Andrade e Muricy Ramalho que também se tornaram grandes treinadores. Mas tal condição não parece ser suficiente para assegurar o êxito na nova função, eis que também encontramos jogadores que não tiveram tanta afinidade com a bola e vieram a se inserir no rol dos grandes instrutores, a exemplo de Luiz Felipe Scolari, Mano Menezes, Rubens Minelli e Wanderlei Luxemburgo. Vê-se, portanto, que essa condição é muito relativa.

Falcão está no cargo há quase dois meses e os resultados pretendidos ainda não apareceram. Verdade seja dita, é pouco tempo para imprimir grandes mudanças e nova filosofia a um grupo de jogadores habituados, para não dizer viciados, numa forma desaprovada de atuar (defensiva e lenta demais, excesso de toques de bola, sem verticalidade e pouca objetividade) bem diferente do que o treinador pretende implantar, em consonância com o que ele tem apregoado.

Tem a seu favor, além dos atributos antes referidos, tranquilidade, postura e identificação com o Clube, aliados a grande vontade de voltar a treinar o INTER, seu time de coração. Já angariou dividendos ao vencer a disputa direta no regional com o ídolo maior do rival da Azenha. Mantém-se no apreço da torcida, basta observar a ovação que recebe ao ser anunciado seu nome nos alto-falantes do estádio Beira-Rio.

Em contrapartida, possui em seu desfavor o recente insucesso na Libertadores, a pouca experiência no cargo e os primeiros resultados  obtidos no Campeonato Brasileiro, acrescidos do insatisfatório futebol apresentado.

Apesar da pressão e intranquilidade emergentes por bons e imediatos resultados e a tensão aumentada nos últimos dias, após a inesperada derrota frente o Ceará, tem tudo para reverter a atual situação. Se a Direção suportou 6 meses com Fossati e 10 meses com Celso Roth, não há motivos para não ter paciência e consideração com nosso grande ídolo Falcão, pois, com menos de 2 meses de trabalho, por mera questão de justiça, seu crédito deve permanecer em aberto por um período maior.

Com tempo, trabalho e dedicação que lhe são peculiares poderá sedimentar, ao menos em boa parte, suas idéias junto ao grupo que recebeu, o qual, há de se convir, bastante heterogêneo, eis que nele encontramos médios, bons e até alguns muito bons jogadores, porém outros, que sequer poderiam estar no grupo e muito menos vestir a camisa do Clube. Depois do que se tem visto, ajustes e contratações pontuais são indispensáveis. O próprio Falcão tem se manifestado a respeito disso.

Não podemos esquecer que estamos tão-somente no início do Campeonato Brasileiro e penso que a figura de Paulo Roberto Falcão para seu êxito final, poderá ser de grande valia, uma vez que nesta modalidade de disputa o Bola-Bola tem autoridade suficiente, haja vista que nos três títulos conquistados, o INTER contou com sua presença marcante, vestindo o manto vermelho. Quem sabe seja o símbolo e orientador de novos triunfos.

Não custa, portanto, a Direção e a nós torcedores Colorados, sem precipitação, disponibilizar mais tempo e paciência com o trabalho que Falcão está desenvolvendo.

Eu, particularmente, continuo acreditando em sua capacidade e vocação vencedora, agora, na função de Treinador.

 

 

Heleno Costi – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado é a minha paixão!

13 thoughts on “A contratação de um ídolo

  1. Oi Minossi,
    Tenho lido tuas postagens no blog “vamovamointer”, mas infelizmente tem faltado tempo para comentar.
    Bem, não restam dúvidas que as contratações da atual gestão não supriram as saídas que ocorreram no ano passado. Ainda espero uma resposta do Bollati e até do Cavenachi que não tem tido maiores oportunidades devido aos 4 estrangeiros.
    Aliás, 5, eis que nesta semana soube que o BUSTOS ainda está enconstado lá no Beira-Rio, ganhando 80 mil por mês. Incoerência plena, pois o INTER anda a procura de um lateral direito e temos um que foi titular da seleção equatoriana e fez sucesso lá pelas bandas da Azenha e por isso foi contratado. Segundo li na ZH desta semana o Luigi consultou o Falcão para aproveitamento do Bustos e concluíram de sua impossibilidade, porque já existem 4 no Beira-Rio. Que planejamento!
    E quanto ao Fernando Carvalho, que fazia contratações cirúrgicas em 2006, tal o seu acerto, nos últimos tempos quebrou a cara em certas contratações como o Edu, Ilan e tantos que não deram certo, ah e bancou o Roth.
    Mas, como citaste em teu comentário também espero resultados do Falcão, aliás, o que foi referido em meu post.
    Abraço

  2. Grande amigo, creio colocaste de maneira muito coerente o que aconteceu no Inter pós Libertadores 2010. Mas tem uma pergunta que sempre me sobressalta: – Roth realmente foi o principal culpado? A Direção vendeu Sandro, Tison, depois Giuliano e embora tenha trzido outros jogadores, nenhum deles tinha nem perto a característica destes que foram embora, tornando o time capenga e torto. Creio foi um erro da Diretoria anterior, leia-se neste caso o nosso maior Presidente, Fernando Carvalho que de forma unilateral, teimosa e contra todo o sentimento da torcida resolveu bancar o Roth. Pior ainda quando o Roth estava já moribundo e poderíamos ter trazido o Muricy a Diretoria perdeu tempo e a oportunidade.
    Também creio que o Falcão é capaz e pode trazer bons resultados, o que não sei é se temos grupo para isto e também se o grupo que lá esta, vai fazer força para mante-lo no cargo. Me parece que o vestiário esta muito dividido e tem jogador mandando mais do que deve. Grande abraço

  3. Débora,
    Realmente há coisas acontecendo. E, segundo tomei conhecimento de figura bastante ligada internamente, que são lá de dentro do próprio vestiário, entre jogadores. Assim, fica difícil

  4. Cláudio,
    Muito bom o teu comentário e realmente estão acontecendo coisas lá dentro que só um muito hábil dirigente para contornar e auxiliar o Falcão.Lembraste do saudoso Balvé. Esse era um mágico na política de bastidores. Também lembraste do bom nome do Ibsen que já foi comentado. Hábil para administrar conflitos.
    O Sigman, ao que tem demonstrado, tem autoridade e ação, mas, ao que tudo indica, lhe falta todo aquele conhecimento necessário de futebol, ao nível de um Fernando Carvalho.
    E como bem citaste, nos últimos meses tem aparecido rixas entre correntes lá no Beira-Rio. Antes estavam todos do mesmo lado. Agora, um verdadeiro concurso de beleza. Isto tudo é muito negativo para o Clube que acaba repercutindo dentro do campo.

  5. Bela reflaxão Heleno, grande texto. Uma coisa é fato, tudo é muito cedo para avaliar o trabalho do Falcão, agora que ele vai ter tempo de trabalhar com calma, sem uma decisão a cada 3 ou 4 dias. Mas enfim, acho que coisas muito da errada estão nos bastidores, só não sei bem identificar o que seriam… falta a certeza antes de criticar qualquer coisa.

    Abraço

  6. Heleno:
    Concordo contigo quando escrevestes sobre o longo tempo que deram ao Fossati e o Roth cometerem seus equivocos e, por isso, também deveriam ter um pouco mais de paciência com o Falcão.
    Só que a minha posição, desde o inicio, era para que o Falcão deveria ter voltado para o Beira-Rio não como técnico e sim como Coordenador (Diretor) Técnico. Com esta função, ele não teria tido o desgaste de ser o técnico e teriamos ganhado a liderança de vestiário, que nos está faltando. Além disso, teriamos a contribuição do seu conhecimento sobre futebol, este trabalho foi desenvolvido muito bem pelo Claudio Duarte em 1979 e 2005.
    Torço para que atmosfera do Beira-Rio mude, pois o que eu vejo hoje é um Falcão acuado, um time desmobilizado e ele não conseguindo implementar a sua filosofia de futebol. Por exemplo, precisamos renovar a nossa defesa e para isso temos dois bons quartos-zagueiros, que são novos e de ótimos serviços prestados as categorias de base do nosso clube e a seleção (Juan e Romário), também temos o Moledo para a zaga central, pois ele foi uma das exceções a jogar bem no Inter B no inicio do ano. Se é perigoso fazer uma zaga tão jovem, o Índio mostrou no Gre-Nal que ainda tem capacidade de ser o nosso zagueiro central ao lado de um jovem para que este pegue mais experiência e tenha o equilibrio necessário, mas o que vimos são os dois zagueiros titulares mal tecnicamente e ele não tem força para mudar ou não encherga o problema. Esse é só um exemplo dos problemas enfrentados. Fora isto, com este elenco atual dificilmente iremos ser campeões brasileiros devido a algumas carências no grupo, pois a posições que não temos reserva a altura do titular e a outras que até o titular é questionável, exemplo: goleiro, lateral direito e segundo atacante.
    Também quero lembrar um fato histórico na qual o Inter precisaria que acontecesse novamente. No final da década de 70, o Internacional vivia seu processo eleitoral para presidente em que o Sr. Marcelo Feijó se elegeu. Na oposição tinha a figura de um extraordinário conhecedor de futebol, Sr. Frederico Arnaldo Balvé. O que fez o presidente eleito em sua humilde sabedoria: convidou o conhecedor de futebol para assumir a vice-presidencia de futebol, com isto ele consegui a paz para administrar o clube e ao mesmo tempo teve ao seu lado um excelente vice-presidente de futebol, que resultou no título invicto de 1979. Como colorado, eu penso sempre em prol do Inter e eu gostaria de fazer uma sugestão a atual direção para tentar acabar com as rixas, que busquem o melhor para o clube, seja ele o nome que for, desde que este seja um colorado que tenha a capacidade de levar o clube ao rumo das vitórias e que queira contribuir de verdade sem as vaidades da disputa ou do cargo. Vou dar exemplos de nomes como o Carvalho, o Ibsen (que foi citado) ou mesmo o Vitório, que foi o Vice-Presidente de futebol de 2006 e, com isso, quem sabe selar as pazes no Beira-Rio e com novos ares acabar reflitndo favoravelmente no nosso vestiário, pois é disso que estamos precisando.
    Saudações Coloradas!
    Claudio R. Vidal

  7. Ôlá Arquidaban,
    Confesso-me nostálgico daquele futebol arte do INTER de 1970, em que Falcão despontava como ídolo maior. E acredito que muitos colorados encontram-se na mesma situação, projetando na figura do Falcão o retorno do bom futebol que o colorado está nos devendo. E veem na figura do ídolo, como um passe de mágica, que tal viesse acontecer. Foi colocado como numa especie de salvador. Isso é quase ficção. E como os resultados estão custando aparecer, havendo um certo desapontamento da torcida, passamos a fazer uma cobrança exagerada em relação ao mesmo Falcão, talvez bem maior do que já tivemos com os Zé Mários, Joeis Santanas,Fossatis e os Roths da vida que treinaram o nosso INTER, sem deixar qualidade.
    Mas, quem sabe, ainda mantenho esperanças, que o bola-bola com seu conhecimento, dedicação e inteligência possa nos dar uma resposta satisfatória.
    Bem, já que fizeste referência, torço para que teu pessimismo em relação ao nosso treinador estejam equivocados e ele dê a volta por cima.
    E quanto ao treinador experiente e com curriculum, embora fosse o ideal, além da escassez no mercado, os poucos que se encontram nesta situação já estão empregados e com salários milhonários. Tá difícil.
    Sendo assim, restam poucas alternativas. Se não forem em apostas em novos e menos experientes, acho que o mais viável é termos paciência e continuarmos dando mais um pouco de crédito ao Falcão. Conforme referi acima, acredito que ele ainda dará uma boa resposta. Quem sabe a gente espera um pouco mais para ver. O que achas?
    Abraço

  8. Oi Luciano,
    É verdade. A Direção perdeu tempo demasiado para trocar o treinador anterior, que não deveria ter continuado. E hoje mesmo comentava com um grupo de colorados no almoço, que o planejamento até aqui não foi bom. Lembro que na avaliação do grupo diziam que a contratação dos três: Zé Roberto, Bollatti e Cavenaghi era o que o INTER necessitava para fechar o grupo e fazer frente as necessidades do ano. O dinheiro gasto nos dois argentinos foi muito grande. E por que dois argentinos se já tínhamos dois? Só para a Libertadores? Com o limite de 3 no time para o Brasileirão, um, geralmente o Cavenaghi vai ficar sempre fora. Um reserva de luxo, que nas condições citadas sequer tem ficado no banco. E recordo que na época não quiseram o Dagoberto que não estava nos planos do S.Paulo.
    Agora vem o Sigman e informa que não tem dinheiro para contratar. E aí começam a vir apostas às pencas. Já vi esse filme.

    Alô Melo,
    O problema que nossa torcida acostumou-se com o sucesso.
    Veja bem, há pouco mais de duas semanas, com a vitória sobre o pessoal da Azenha, o bola-bola era o cara certo. Bastou dois jogos maus e vem tudo água abaixo.
    Todos nós queremos as vitórias, mas um pouco de paciência nunca é demais.
    Vamos esperar mais um pouco e deixar o Falcão tentar implantar suas idéias.
    Tens comentado da necessidade de um bom assessoramento no futebol e dias atrás citaste o nome do Ibsen Pinheiro. Cairia como uma luva. Nunca esquecendo que, em 2002, quando veio a ameaça do rebaixamento, Fernando Carvalho foi buscá-lo e chegou muito bem. O mesmo Ibsen que em 1969, com as mãos no bolso, no intervalo daquele Grenal decisivo, deu o recado ao Zeno Escobar Barbosa, que antes havia anulado um gol legítimo do Valdomiro, e a partir de então, passou a apitar direito. E aí fomos campeões. Imagina, hoje com toda corrida e experiência do Ibsen? Acho que ele terminou seu mandato político e poderia muito bem contribuir. Só não sei se as correntes políticas afinariam com ele, pois tem uma personalidade forte, mas muito jogo político, ingrediente necessário nos maus momentos.
    Um abraço

  9. Prezado Heleno: fiquei desconfiado desde o anúncio do nome de Falcão para substituir o Roth, mas como Colorado que acredita sempre, pensei que nosso grande ídolo como jogador poderia tornar-se ídolo também como treinador. Quero muito estar errado, mas já estou descrente em relação a um bom desempenho do Falcão na função de treinador. Não serve a desculpa de que não houve tempo suficiente para arrumar o time, uma vez que o mesmo tempo foi suficiente para desarrumar aquilo que estava relativamente bem, por exemplo, o toque de bola do INTER, mesmo que fosse improdutivo, e o sistema defensivo, que não era tão vazado como é atualmente. Em minha opinião, para ser treinador do INTER o pretendente tem que ter currículo de treinador, tem que ter histórico de treinador, âlguma experiência bem sucedida como treinador. Não é o caso do nosso ídolo Falcão. Por essas razões, repito, desejando estar errado, perdi a esperança em um bom desempenho do Falcão como treinador. Se é para fazer apostas, que seja em alguém com currículo e histórico de treinador, para quem falte, quem sabe, apenas uma oportunidade de treinar um grande Clube.

  10. Em Tempo:
    Em meu comentário foi feita menção de uma seleção das jogadas do Falcão contidas num vídeo, que denominei antológico. Dada sua extenção não consegui anexá-lo ao texto, mas para quem quiser apreciá-lo e vale a pena é só acessar o link abaixo:

    http://www.youtube.com/watch?v=F-R3IQbn9Fs

    Quem sabe a equipe de suporto do Arquibancada (Débora, Adriana e Melo) consigam colocá-lo diretamente no BLOG.
    Abraço

  11. Alô você Heleno!
    Temos tido (nós colorados), nos últimos 10 anos uma convivência estreita com o sucesso. Estamos onde gostaríamos de estar, onde julgamos que um time grande deva estar, sempre entre os candidatos ao título, seja lá que tipo de competição for. Isso nos leva a uma ansiedade nunca antes vivida. Vencer é possível! Vencer é preciso! Só a vitória nos interessa. Não acho que o Falcão esteja pronto, entretanto acho que no universo de profissionais disponível, seja talvez a melhor solução. Isso não significa que tudo o que ele fizer estará certo. É preciso que humildemente se reconheça que é preciso a participação de figuras sobre as quais não recaiam dúvidas quanto a sua capacidade de desatar alguns nós, e que possam assessorar nessa tarefa de atualizar o PR quanto às “novidades” do lado de dentro. Isso passa por escolha de jogadores adequados a sistemática de jogo a ser implantada, quanto ao filtro de assuntos que devam ser tratados tão somente pelo pessoal que dirige o clube.
    SC

  12. Heleno, não queria mais mencionar o nome daquele treinador que inexplicavelmente a Direção anterior e atual manteve no cargo após o fracassado planejamento para o returno do Brasileirão 2010 e Mundial Fifa. Claro que MUITO daquele planejamento se deveu também à DIREÇÃO. Mas alguma tinha coisa tinha que ser feita e a mais ÓBVIA era a demissão imediata do treinador e a revisão do grupo de jogadores. Isso não aconteceu e tivemos que amargar quatro meses de atraso em nosso trabalho e toda uma pré-temporada e fases iniciais de campeonato gaúcho e Libertadores (principalmente) com aquela teimosia toda daquele outro treinador. Acontece que o INTERNACIONAL atingiu um estágio que não admite mais ter TEMPO para “experiências”. Ou o Falcão é um treinador pronto e consegue trabalhar com o grupo que tem e requer à Diretoria novos nomes em nível de titularidade, ou não pode seguir no comando. Prefiro ficar com a primeira alternativa. Em sendo um treinador pronto seu trabalho deve ser cobrado por suas decisões, por suas filosofias, por suas escolhas, por sua capacidade de armação tática do time e por sua capacidade de mobilização. NÃO podemos também esquecer das obrigações da DIREÇÃO suprindo as flagrantes carências do time que todos nós sabemos quais são. Esses pontos perdidos no início costumam ser lamentados no final, tomara que revertamos isso imediatamente, pois o perde-e-ganha existe, mas quem quer ser campeão deve ter mais REGULARIDADE que os demais.

    1. Prezado Heleno, muito bem colocado a tua matéria acima. Mas uma pergunta me faço. Será uma síndrome Celso Roth que toma conta de todos os treinadores? Por que como comentarista Falcão agia de uma maneira, e como técnico faz tudo de outra. Um exemplo: Só ele não enxerga que o Oscar está pronto para ser titular do Inter. Outra. Só ele não enxerga que Rodrigo não é zaqueiro para o Inter, enquanto isso fica queimando o jovem Juan na lateral. Bem, como bons Colorados vamos torcer para que o Falcão mude, e volte ser o Falcão dos tempos de comentarista. Abraços, Valmor.

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