Na mesma prateleira em que guardo amuletos e lembranças do meu INTER, tais como Revistas mensais, certificado de Campeão do Mundo FIFA, réplica da Taça da Libertadores, miniatura do craque Fernandão, bolas (sempre cheias) das Libertadores 2006 e 2010, da Sulamericana 2008 e do Mundial 2006, diversas faixas de Campeão e o radinho personalizado do INTER, guardo também duas pulseiras de plástico, uma vermelha e outra branca, nas quais se lê em relevo a expressão ALMA COLORADA.
Pois outro dia vi na tv uma rápida entrevista do ex-goleiro uruguaio Rodolfo Rodriguez. Ele, que defendeu o Santos e hoje reside no Uruguai, ao ser perguntado sobre as possibilidades do time do Penharol em conquistar a Libertadores 2011, não hesitou em responder que a maior qualidade dos carboneros tem origem anímica: o espírito de luta e a vontade de vencer estão na alma de cada um dos jogadores, e isso reflete na atuação coletiva, pois tecnicamente se trata de uma equipe com muitas limitações.
No momento em que ouvi essa declaração não pude evitar que as imagens daquela noite de 04/05/2011 invadissem meus pensamentos. Pude perceber que a Alma Colorada ficara no passado, impressa nas pulseiras, enquanto a alma uruguaia nutria de força e determinação cada um daqueles adversários de amarelo e preto. E assim se impuseram dentro de nossa casa, e depois diante de outros adversários, chegando à final da competição.
E nós, Colorados, que em 2006 acreditamos em cada lance, em cada disputa de bola, na capacidade de reverter resultados adversos, na superação que nos levou à máxima glória diante do poderoso Barcelona no distante Japão; que em 2010, em meio a fumaceira argentina, vimos Andrezinho lançar Giuliano e este mandar para o fundo das redes do Estudiantes a bola da esperança, da confiança renovada de que era possível ser Bi da Libertadores; nós, sócios e torcedores Colorados, bem como jogadores, treinador e Diretoria, estamos todos novamente à procura de nossa identidade, da verdadeira Alma Colorada!
Ouvimos aqui e ali que “o vestiário está fechado”, que “o treinador está no caminho certo”, que “o grupo é qualificado”. E isso nos dá muitas esperanças. Mas também temos acompanhado as declarações polêmicas do Vice-Presidente de futebol, a deselegância de nosso Treinador nas mais recentes entrevistas, em especial ao se referir à imprensa gaúcha, e um constrangedor silêncio do Presidente Colorado, quando deveria tomar as rédeas do Clube para colocar ordem na Casa. E isso muito nos aflige.
Urge que se faça internamente o que se tem que fazer. É o papel da Diretoria, que acompanha o dia a dia do Clube. Quanto aos sócios e torcedores, temos que continuar cobrando melhor desempenho dos atletas em campo. Tecnicamente, sabemos, nosso elenco é de bom nível. Mas está faltando algo, aquilo que faz com que as dificuldades sejam superadas, as barreiras sejam transpostas, as vitórias sejam alcançadas. Falta força, grito e vibração! Falta suor, pancada e indignação! Falta sangue, coração e união!
Precisamos muito mais de atitudes do que de palavras. Não se pode deixar o medo e a desconfiança tomar conta da torcida e do time. Temos que reencontrar e “vestir” novamente a Alma Colorada! Com ela alcançamos nossas maiores conquistas. Com ela retomaremos o caminho das vitórias!
Aquidaban Flores Machado – Ijuí/RIO GRANDE DO SUL
INTER: VERMELHA PAIXÃO!
Volta Fernando Carvalho!!!!!!!!
Pois é, Mauren, nosso INTER deu uma demonstração daquilo que queremos ver sempre, no último greNAL realizado na Azenha, pois lutou sempre, sem se entregar, errando e acertando, mas acreditando sempre. É certo que mudanças precisam ocorrer, mas o mais urgente é que se reflita com Bertold Brecht:
“Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis.”
E ser imprescindível não significa ser craque. O Penharol está aí para provar isso. Que volte a indignação, e as vitórias surgirão, sem dúvida alguma. SC
Grande Melo! Nosso Presidente é uma pessoa ponderada. Precisa apenas exercer o comando que se espera do cargo. Internamente, deve identificar os nós e desatá-los um a um. Discursos externos é tudo o que não precisamos nesse momento. O grito, o brado, a garra devem ser demonstrados dentro de campo, e com certeza a torcida saberá reconhecer essa mudança. E assim o time vai melhorar, com certeza. A coisa tá feia, mas temos que acreditar. SC
Alô você, Aquidaban!
Perfeita tua observação. Eu acredito muuuiito na capacidade do Luigi. Eu tenho dito dito as pessoas com as quais converso que algumas delas estão enganadas com ele. Ele é extremamente competente, tem ótimas idéias. É educado e não “bobinho” como algns pensam. Quando falei em timoneiro, estou querendo dizer que o que falta é o conselheiro do Rei. Estão faltando os Mosqueteiros do rei. Esse pessoal é o que deveria estar “dando assunto para a imprensa” e desviando o foco para que o presidente pudesse agir.
Alô você Aquidaban!
Em síntese, está faltando timoneiro nessa nau! Falta alguém para indicar o rumo e, “TODOS” seguirem na mesma direção. Unidade é o que falta. Definir o que é economia interna e só ser discutidfa internamente. Trazer para fora um só discurso. “Tá feia a coisa”.
Concordo com o blogueiro. nao importa quao qualificado o grupo seja, quao profissional o clube administra, sem alma, sem sangue fervendo, nao havera conquistas. A derrota e a vitoria nao doi, nao machuca, e normal. Esse “profisionalismo” demasiado tbm prejudica, nao criando lacos fortes, vinculos de “familia”, eles nao se ofendem, eles nao se orgulham, eles nao sentem dor nem paixao. O discurso e repetido sem nem sentir o q se fala: Somos profissionais e estamos trabalhando forte, estamos unidos, respeitamos o colega… tudo repetido sem sentimento, sem a alma necessaria para realmente sentir vergonha ou raiva, colocar o coracao na ponta da chuteira e nao desistir nunca… A tristeza e ver um cancer como Bolivar ser o porta voz desse mediocre discurso e ver o proprio individuo troteanto em 80% dos gols sofridos, sendo espelho do proprio discurso sem alma e fajuto de fora do campo. Quero a longevidade do Falcao, mas ira morrer abracado com o capitao mais sem alma e sem bola que ja tivemos. O zagueiro que nao machuca, nao toma cartao, nao desmarca, nao cabeceia, nao antecipa! E BRABO
Pois é Mauren, nosso INTER deu uma demonstração de tudo o que queremos no último greNAL realizado na Azenha, ao lutar o início ao fim do jogo, e mesmo tendo cometido falhas graves jamais se entregou. Virou o jogo, venceu nos pênaltis e nos deu o Gauchão 2011. Alguns deverão ser substituídos de suas funções, mas penso que o mais correto agora é pensar sobre a lição de Bertold Brecht:
“Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis”.
E ser imprescindível, Mauren, não significa necessariamente ser craque! O time do Penharol tem provado isso na Libertadores. Queremos que nossos jogadores, treinador e diretoria sejam imprescindiveis, lutando sempre e em qualquer situação, com todas as forças, pela Glóra do nosso INTER!