Olhando daqui de longe onde técnicos são chamados de Managers, pois tem muito poder na mão, inclusive o orçamento e decisão de ir ao mercado comprar, percebe-se um non sense terrivel é muita irresponsabilidade por parte de alguns setores dos que comandam o Colorado a respeito de Paulo Roberto Falcão.
Arsene Wenger, só pra citar um treinador daqui , está no cargo há mais de uma década e faz mais de 4 ou 5 anos, se não me engano, que não levanta um trofeu.O Arsenal tem uma filosofia de trabalho orientado pelo seu treinador, explicada e entendida pelos apaixonados fãs e todos que vivem o ambiente do Clube. Ele é o “cara” para a nação dos Gunnars, independentemente do sucesso imediato, pois todos sabem das dificuldades em vencer Manchester United (Fergunson há mais de 20 anos no comando), Tottenham, Chelsea, Liverpool, Manchester City e por aí a fora.
Temos que parar de avaliar nossos comandante por resultados, é hora de termos uma filosofia de trabalho e isso requer tempo, paciência, compreensão e muito trabalho. Falcão chegou ontem, não conseguiu sequer colocar em prática seus infinitos conhecimentos sobre futebol, avaliar, analisar , trabalhar e por fim colher os frutos com sua prática e todos os corneteiros de plantão já falam em sua saída se não obtiver um bom resultado contra o próximo adversário. Sinceramente, muito provinciana e imatura visão do que é o mundo serio do futebol. Temos que parar de deixar apenas a parte emocional para analisar o que acontece, isso é coisa de torcedor, o profissionalismo tem que estar acima de tudo, com bons ou maus resultado, por favor DEIXEM FALCÃO EM PAZ e proporcionem a ele pelo menos 1 ano de adaptacao a sua filosofia de trabalho.
Gostaria imensamente que esta diretoria convocasse nosso Manager para renovar seu contrato por 5 anos sem direito a demissão por simples resultados negativos e pressão daqueles que conseguem enxergar um futuro de sucesso com isso porque, honestamente, são torcedores fanáticos do arqui-rival.
Walter Durr – Londres/INGLATERRA
Colorado das plagas distantes
Grande Walter, muito bom teu texto, espero que um dia o Brasil evolua e todos possam pensar desta forma sem criticar ou “tocar a corneta”. Todo mundo olha o futebol europeu como exemplo de modernidade e estilo, mas ninguém repara nesses “detalhes” e na continuidade dos trabalhos. O próprio Ferguson, se não me engano, demorou 3 ou 5 anos até o primeiro título. Inimaginável algo desse tipo aqui no Brasil.
O bom é que a torcida está do lado do Falcão, teu texto foi enviado muito antes da divulgação da manifestação da Popular no sábado, o que mostra a sintonia da nossa torcida aqui ou fora do país! 😉
Grande abraço e volte mais vezes à nossa arquibancada.
Concordo plenamente sobre esta posição. Mas, é necessário uma mudança radical na perspectiva de todos os torcedores colorados. Afinal, aqui no maravilhoso Brasil, vivemos o futebol com uma paixão pouco igualada no mundão. Conseguirias ficar 1 semana longe da sua enamorada? Quiçá 1 mês ou 39 anos? Não, obviamente. A paixão que se firmou de forma praticamente irremediável obriga o motivo desse sentimento uma presença constante aos olhos do apaixonado. Isto é, lutas e conquistas. E, para triunfos são necessários resultados. Quero muito que o Falcão fique. Ele está sob pressão que não imaginava; talvez cambaleado, mas não se entregará se derem o apoio necessário. Acredito que nas maõs dele o nosso amado Inter chegará num patamar enlouquecedor para qualquer torcedor brasileiro. Porém, os resultados urgem, e mais do que isso, o time precisa aprender a jogar diferente do que faz nos últimos 4 anos.
Olha Walter, a comparação é justificada mas não vejo (a médio prazo) como ser aplicada ao futebol brasileiro e sulamericano. Por quê? Simplesmente por razões culturais, históricas e, principalmente, organizacionais. A administração dos clubes não é profissional, sabemos disso. Talvez devêssemos começar pensando nos mandatos dos presidentes, pois 2 anos é um prazo muito curto para que as filosofias possam ser planejadas e postas em prática. Temos os fatores políticos que também afetam as estruturas dos clubes. E também nós, torcedores, vamos nos colocar junto aos entraves para que a continuidade, o longo prazo, seja obtido. Outra questão: – o que os Clubes oferecem aos seus associados? a paixão, os resultados, enfim, quando os resultados não vêm, algo precisa ser feito e na nossa cultura é a mudança a primeira opção. Mas é sempre oportuno esse debate. Será a partir disso que poderemos pensar em mudanças.
Não conseguimos nem manter o Aod (olha que a pressão sobre ele era só interna) imagina fazer isso com o Falcão. O pensamento é correto, mas acho uma utopia.
Olá Walter,
Realmente é doloroso ver esse imediatismo que se criou no futebol brasileiro.
Vejo colegas comentando que Falcão não deu certo com apenas 2 meses de trabalho. Muito pouco tempo para uma eficaz avaliação e isso que ele já dobrou o ídolo do rival da Azenha, conquistando o título Gaúcho.
E a pensar que o INTER já foi escola em manter treinadores por longo período. Só para lembrar: Daltro Menezes, Dino Sani e Minelli treinaram mais ou menos o período de 3 anos cada um e Minelli conquistou o nosso 1º título de Campeão Brasileiro no 2º ano de trabalho.
Percebe-se atrás de tudo isso uma campanha para derrubada de nosso treinador e muitos colorados estão entrando nessa onda.
Entendo, portanto, que nosso Ídolo Maior merece mais crédito e consideração, dando-lhe mais tempo e paz para que possa efetivamente realizar o seu trabalho.
Alô você, Walter!
Seu texto, vem de encontro a alguns comentários que tenho feito. Essa paz que o “Bola”, precisa, deveria ser dada pelo próprio pessoal da “casa”. Temos tres figuras básicas no futebol do Inter: o presidente, o Vice de futebol e o treinador. Esses homens precisam de tempo, espaço e tranquilidade para trabalhar. Estamos necessitando com urgência do conselheiro do Rei e dos mosqueteiros do Rei.
Bem vindo ao BAC, e…
SC