O 1º tempo
Quando vi a escalação e vi que o nosso jogador de melhor aproveitamento em jogadas de velocidade não estava balancei. Teoricamente jogando fora de casa o time visitante sofre ao menos, inicialmente, no mínimo insistentes assédios à sua área defensiva. Entendendo que eu, por exemplo, pedia uma definição na cabeça da área como diriam os antigos. Pareceu muito claramente que toda a mexida foi para propiciar que o articulador (D’Ale) viesse para o meio e por fim articulasse. Bem se assim fosse, que assim fosse. Só que isso não aconteceu. O Glaydison que entrou por opção tática creio eu, no lugar do Oscar, entendia que fosse ser o volante centralizado, acabou fazendo a mesma função que o Oscar fez em outras partidas, foi jogar pelo lado direito e ai eu não entendi. Não fosse a atuação do Muriel, tão pedido por esse espaço e por mim particularmente desde meu post em 23 de Novembro de 2010 (veja), a vaca tinha ido pro brejo. Juan entrou, como se queria, mas o Bolívar foi mantido.
2º tempo
A equipe voltou com a mesma formação e disposição tática. Voltaram os três volantes. Três volantes? É três volantes. A criatividade por conta do D’ale sucumbiu à marcação do “Coxa”. O Inter achou um gol. Um gol não, um golaço do Glaydson. Tirando uma jogada, eu disse uma jogada de linha de fundo com o Kleber cruzando para uma cabeçada do Damião, nada mais aconteceu. Depois disso foi uma sucessão de desperdícios de contra-ataques. Não encaixamos nenhum. E aquela bola pererecando ali pela cabeça da área sem que algum dos três volantes dominasse o pedaço. Aí uma bola foi levantada para a área e Kleber ao invés de afastar de cabeça foi dominar no peito a acabou fazendo um pênalti. O goleiro do Inter defende duas vezes e nenhum jogador de vermelho e interpôs aos três jogadores do coxa que foram conferir o rebote. O que é isso? Essa não tem perdão nem explicação.
Síntese
Muita dedicação e transpiração, mas confesso que não consegui entender a pretensão tático-extratégica do PR. As duas modificações na defesa foram providênciais, oportunas, mas três volantes, sem que nenhum jogador se apresentasse junto aos jogadores de frente, ou seja, não se notou nenhuma artimanha ofensiva para isso. Tudo muito confuso. Entendo que talvez o PR tenha tentado buscar uma maior solidez, mas na medida em que posicionou o Glaydson pelo lado, continuei sem entender. E depois fez entrar Matias e Ricardo e o Oscar não entrou. Não entendi.
Individualidades
Muriel, o nome do jogo. Duas defesas extraordinárias e mais a defesa do pênalti, somadas as perfeitas intervenções em bolas alçadas fizeram dele o destaque do jogo. Nei ganhou parceria para encarar as escaramuças e foi bem. Ao Bolívar falta a velocidade e energia de outrora. Nota-se isso lance após lance. Juan deu ao miolo da zaga a energia e o vigor que a defensiva, necessitava. Foi muito bem. Kleber vinha tendo uma atuação de razoável para boa até cometer um pênalti que se fosse cometido pelo Juan, por exemplo, diríamos que foi fruto de sua inexperiência, mas de um jogador rodado, não poderia. Comprometeu.
Tinga está em um ponto que não consegue produção física, dinâmica e enérgica durante 90 min. Andou jogando paridas muito boas, ainda é muito útil em alguns momentos. Não foi bem. Acho que passa por aí a arrumação e equilíbrio do setor. O Guina é um jogador que serve para que saibamos se as coisas estão indo bem. Quando ele começa a aparecer dando combate na frente, do lado esquerdo, direito é porque tem coisa errada. foi o caso. Desgastou-se e não produziu.
Glaydson, não teve culpa de ter sido escalado. Tática (importante apoio ao lado direito) e individualmente foi bem e até marcou um lindo gol. D’Ale teve uma atuação individual muito apagada, em que pese ter dado sua contribuição defensiva, preenchendo espaços. Desta feita lhe foi dado o centro das operações e não funcionou. Ofensivamente foi envolvido pelo Coxa. Zé Roberto novamente foi o jogador que levou mais perigo, desta feita, a retaguarda do time do “Alto da Glória”. Envolveu-se em uma jogada em que os jogadores o Inter reclaram pênalti. Salvou-se pela aplicação e pela insistência. Damião fez a sua parte bem feita e ainda apareceu vez por outra tirando bolas de nossa área. Na parte ofensiva só lhe foi proporcionada uma chance em que em velocidade cabeceou com perigo, ainda no primeiro tempo. No mais só apanhou, pois recebia bolas mascadas e só de costas para o gol, tornando-se presa fácil para a retaguarda verde e branca. Matias… Sem comentários.
Lugar de Colorado no domingo próximo é no Beira-Rio. Quem tiver de mal com a vida, por favor, não vá. Precisamos vencer e só o faremos se juntos estivermos, sob o manto Escarlate.
“Pense nisso enquanto lhes digo, até domingo!” ( Sérgio Jockymann)
Débora, conte comigo na campanha! E acho que poderia ser treinador, não auxiliar!
Melo, sei que as coisas vão se ajeitar, mas é brabo ver o que estão fazendo lá no Gigante. Tem jogador e dirigiente que deveriam ter a hombridade de pedir pra sair. Lamentável!
Abraços e bom feriado a todos!
Grande Prof. Paulo!
Como sempre, perfeito tuas anotações. É sempre bom poder aprender um pouco mais. Quanto ao INTER? Bom, dá pra ver que a coisa não vai mudar. Se eu estiver errado, me cobrem no fim do campeonato!
Abraços!
Fábio, vamos mandar o Melo para ser auxiliar técnico, quem sabe ele “liga” a nossa comissão, hehehe!
Abraço
Alô você Fábio!
Não vamos nos entregar. As coisas vão se ajeitar, não sei se ganharemos o campeonato, mas que vão se ajeitar, isso vão. As vezes esse sentimento nos bate, mas não vamos deixar que nos domine. Nós somos mais fortes. Dá-lhe Colorado!
SC
Comentário “pontual”
Olá pessoal,
A partir da análise do Melo e comentário dos demais colegas todos os pontos prós e contras foram abordados.
Apenas uma observação e indagação complementar: Por que essa vocação tão defensiva e falta de ambição ofensiva do INTER?
Se observarem atentamente, especialmente no 1º tempo, o time jogou acuado, como time pequeno, permanecendo quase que inteiramente no seu campo. Grande parte do 2º tempo até o Centroavante Damião e atacante Zé Roberto estavam recuados no campo colorado dando cobertura à defesa. Desta forma, a jogada de contra ataque quase não aparecia, pois não havia ninguém na frente. E quantas vezes o D’Alessandro recebeu a bola, olhava para os lados e não havia ninguém para o passe.
Afinal, o INTER com toda sua histórica grandeza e sendo o atual Campeão da América (ao menos até 4ª feira) deveria se impor mais, jogando como time grande e sem esse medroso cuidado para não perder.
Por favor Falcão, estou ao teu lado, mas espero mais ousadia daqui para a frente!
Alô você Heleno!
Está só faltando cortar uns cordões umbilicais para que o PR tenha completa liberdade. Parece incrível que isso aconteça, mas é o que transparece.
Bom dia Nação colorada,
Observando os comentários acima, vejo que não estou errado na minha condição de técnico de arquibancada. Ainda não entendi porque da insistência em manter o Bolívar no Time, quando a seleção sub 20 convoca de nosso clube 2 zagueiros, e um deles nem teve oportunidade de jogar no time principal.
Quanto ao Kleber, faz tempo que vem mantendo altos e baixos, escolhendo jogo para atuar melhor e fazendo muita bobagem, como a de ontem e errando muitos passes, principalmente os curtos, que dão condições de contra ataques ao adversário.
O Damião precisa de jogadores indo a linha de fundo para facilitar suas finalizações, mas não adianta deixar o Ney cruzar que ele não sabe botar a bola na cabeça do centro-avante, talvez por falta de treinamento…
Do resto, continuamos aqui torcendo e acompanhando os jogos pela internet.
Um grande abraço.
pontos positivos:
– Muriel… não sai mais do time… excelente… só tomou o gol de penalti pois a zaga ficou dormindo no rebote.
– Juan… novo ar na zaga
– Glaydson… o melhor volante do inter há tempo presenteado com golaço.
pontos negativos:
– Kleber… não esta afim de jogar… joga sem compromisso
– Dalessandro… sozinho no meio de campo não tem como jogar
– Bolivar… deu.
– Wilson Mathias… errou muitos passes… não contribiu com nada… não tem culpa de ser escalado… só faz falta quando esta jogando.
– Falcão… medroso não querendo perder o emprego deixou o Dalessandro sozinho no meio e deixou o Oscar no banco. Conseguiu colocar 4 volantes. Encarnou o Celso Juarez e perdeu a moral.
Saldo: negativo
Alô você Jorge!
Só discordo do adjetivo “medroso” para o PR, eu substituiria por pouco ousado, sem convicção, exageradamente cauteloso, conservador e até controverso. Nas outras observações estamos fechados. Bom, mas afinal somos diferentes e pensamos diferentes. Externar, pois é um direito de cada um. Um abraço.
SC
Acho que apesar dos pesares, temos a consciência de que um resultado melhor escapou por entre os dedos, mas que tb erramos infaltimente alguns lances e isso poderia nos custar muito caro… o resultado final acabou sendo “adequado”.
Para mim, o melhor do jogo foi a segurança do Muriel, se tivesse conseguido não tomar o gol de penâlti, hoje já teria gente levantando estátua dele na frente do Beira-Rio, hehehe. Embora o gol não tenha sido culpa dele, mas sim da zaga que não deu cobertura, o guri se saiu muito bem e espero que continue assime e venha se firmar de vez como o camisa 1 do Colorado.
Alô você Débora!
Concordo integralmente com o teu primeiro parágrafo. Quanto ao segundo tenho uma divergência. O Muriel não tomou gol de pênalti. Fez uma linda defesa que não se consolidou por inércia de toda a linha defensiva que ficou assistindo os atacantes do Coxa entrarem em bloco e apanharem o rebote. Mesmo assim ele ainda fez uma intervenção que, agora sim, não foi suficiente. Mas pensamos da mesma forma. O cara é Muriel.
Grande Melo! Será que o INTER de Falcão vai engrenar? Ontem fiquei mais esperançoso por dois motivos: a escalação de Muriel no gol e a entrada de Juan na zaga. Ambos foram muito bem. Tomara que sejam mantidos no time! Que não haja retrocesso naquilo que está bem. Por outro lado, escalar apenas o D’Ale na articulação foi um grande erro! Toda vez que ele pegava a bola (geralmente de costas), havia pelo menos tres adversários na marcação. Somando-se a carcaterística de prender a bola que o D’Ale possui, fica difícil demais. E a implicância do Falcão com o Oscar voltou com tudo! Primeiro ele não estava pronto, depois era fraquinho fisicamente, depois virou titular no papel, e agora fica no banco os 90 minutos! É brabo! Trata-se do articulador mais veloz que temos no plantel! Deveria ter entrado no lugar do Tinga, e o Glaydson ter ficado mais preso no meio, mantendo o D’Ale, pois só assim aliviaria a marcação sobre o argentino e poderíamos construir alguma jogada mais produtiva no ataque. Vamos ver no próximo domingo. Chegou-se ao limite. SC
Alô você, Aquidaban!
As entradas de Muriel e do Juan foram alentadoras. Vamos dar tempo para ver se se firmam. Me parece que o PR fez uma espécie de pacto de sustentabilidade (mesmo que velado) com os veteranos e por essa razão não encontra uma maneira de sacar alguns do time. Tomara que encontre logo um jeito.
SC
Inadmissivel não colocar nosso melhor jogador ( oscar) para jogar! Depois de ser destaque nos jogos anteriores, o premio foi ficar no banco. (coisa de roth)
PIOR, colocar o câncer wilson mathias que nunca fez nada, e nunca fará, a não ser faltas. (coisa de roth)
PREFERIA PERDER LUTANDO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS DO QUE EMPATAR ¨CAGADO¨ COM MEDO.
Conseguiram acabar com minha semana! E o pior é que depois desta, até a esperança se foi.
Alô você Jorge!
Perfeito! Demonstrar querer vencer, no mínimo serve de conforto quando não se vence.Aí o negócio passa a ser bíblico: “Não basta ser, tem que parecer ser”
SC
Depois de uma semana conturbada, afinal, reapareceu FC, para ajudar a apagar o incêndio, e – tchã, tchã, tchã, tchã – Wilson Mathias também reapareceu!!! Só uma (infeliz!) coincidência?…
Alô você, Zé!
Brilhante observação.
Parece que fazer gol continua sendo um problema para os treinadores do INTERNACIONAL. Ao invés de consolidar uma vitória novamente vimos o comandante recuar o time, recheando ainda mais o meio de campo de volantes que só sabem desarmar e se desfazer da bola rapidamente. Não há entrevistas e explicações táticas e filosóficas que justificam que o Oscar, em meio à falta de inspiração (para não dizer coisa pior) do nosso meio de campo, não entrasse no jogo ao menos no segundo tempo. Me preocupa o nosso treinador que foi um excelente jogador hoje estar encontrando razões em estatura, marcação, função tática, etc, preterindo o talento na maioria das vezes. Enquanto isso, o São Paulo disparando. Com jovens talentos do meio pra frente. Vamos até onde?
Alô você, Luciano!
Tens total razão quanto ao aproveitamento do Oscar. As explicações não foram convincentes.
Paulo,
Analisando o jogo pelo resultado, o local da partida e a equipe adversária (vice da Copa do Brasil e um único resultado no Couto Pereira negativo no ano). Devemos concordar com o Falcão: o resultado foi bom.
A análise do cobertor curto continua, mas devemos elogiar as entradas do Muriel, Juan (que já tinha ido bem contra o Santos) e Glaydson, pois amenizou os problemas defensivos do time o problema constinua sendo a manutenção de Nei, Bolívar e Tinga, bem como a volta de Wilson Mathias (pena que não foi para o time mexicano). A ideia do Falcão ao criar uma linha na frente da zaga com Glaydson (pela direita), Tinga (centralizado) e Guiñazu (na esquerda) foi boa, apesar do controle da partida pelo Coritiba e de algumas boas defesas do Muriel. O Inter com este sistema teve uma equipe um pouco mais equilibrada, principalmente pela direita e isto ocorreu com a entrada do Glaydson com a finalidade de ajudar o Nei. A prova disso foi que o Guiñazu, até a saída do camisa 8, quase não foi dar combate na direita.
Sei que é fácil escrever depois do resultado, mas a comissão técnica errou nas substituições realizadas. Wilson Mathias é um jogador nulo em campo, pois não desarma, faz faltas seguidas e erra muitos passes e com isso o técnico queimou uma substituição, pois acho quem deveria ter entrado naquele momento era o Fabrício no lugar do Tinga. Ao cometer esse erro, infelizmente, ele chamou o Coritiba para nosso campo, pois dos vinte do primeiro tempo até a entrada do Wilson tinhamos um equilibrio no jogo e o Coritiba não conseguia levar mais tanto perigo ao nosso goleiro. O outro erro, foi a entrada do Ricardo Goulart, pois este jogador me aparenta ter futuro (lembrando que no Inter “B” era o destaque ao lado do Moledo), mas tem sido colocado na fogueira e não tem conseguido dar conta do recado. Com estes dois erros cometidos, Falcão acabou queimando duas substituições que impediram de entrar o Gilberto e o Oscar ou pelo menos um dos dois.
A minha torcida que o Falcão tenha analisado os acertos e tome coragem para corrigir os defeitos do time. Volto a dizer que não são muitos, mas precisa ter coragem para fazer as mudanças.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal
Alô você, Claudio!
Em que pese a sua boa atuação, se era pra colocar o Glaydson pela ala direita ou flanco direita ou volância direita, poderia ter deixado o Oscar que vinha fazendo isso e é mais ofensivo não achas? Eu entenderia caso ele tivesse colocado o Glaydson de volante centralizado, mantendo o Oscar e retirado o Tinga. Oremos!
Paulo:
Pela deficiência na marcação do Nei e do Bolívar, o Glaydson entrou fazendo aquela função. Para demonstrar isso é só lembrar o baile que o Luan deu no Nei e no Bolívar no jogo contra o Palmeiras. Falcão deve ter vistos os jogos do Coritiba e prestou atenção que eles tem mania de fazer o “um, dois” em cima do lateral. Como eu citei no jogo contra os palestrinos, com este elenco, defendo que o Inter deveria jogar com o losango no meio campo, ou seja, um centro-médio (Bolatti), dois armadores (Oscar e Guiñazu) e um ponta-de-lança (D’Alessandro). Trocaria também o zagueiro central (ainda prefiro o Índio a Bolivar, senão testar o Moledo que foi bem no elenco “B”) e se não contratarem nenhum lateral direito, pois não tenho muitas referências sobre o Alissom (além de um bom Gauchão pelo Caxias), Falcão deveria improvisar o Glaydson. Nesse sentido, quem sabe não foi o inicio das mudanças que o Falcão irá implementar no Inter. Prefiro ver este Inter, que empatou com o Coritiba, do que aquele das rodadas anteriores do Brasileiro, na qual tinhamos falhas nos três setores do time.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal
Ãlô você Claudio!
É salutar, saudável que a gente discuta e coloque nossas idéias a respeito do nosso Inter, afinal somos todos nós um pouco treinadores. Respeitosamente vou divergir do irmão de alegria no que diz respeito ao baile do Luan sobre Nei e Bolívar. Vi o jogo no estádio e depois em casa assisti o vídeo. O Nei em disputa direta com o Luan ganhou todas menos em uma situação em que foi driblado, e originou o gol, é verdade, mas isso é do jogo, me parece que era hora da cobertura essa sim e aí concordo com o irmão, era hora do Bolivar que chegou não chegando(não só nessa e nem só nesse jogo). Sem achar o Nei sensacional, o acho prejudicado por um jogador que ja teve seus momentos gloriosos e que hoje é insuficiente. Observe que o Nei tem o melhor aproveitamento aéreo na defensiva do Inter. Mas enfim é só uma observação pessoal, sigamos observando torcendo e conversando a respeito do nosso Inter. Um abraço