Este Campeonato Brasileiro é o campeonato mais incerto que já assistimos na era dos pontos corridos.
Entre as reclamações de arbitragem e alguns benefícios incompreensíveis, como adiamento ou transferências de jogos, o que me chama atenção é o atual estágio do futebol brasileiro. Se alguém pensa que o campeonato está disputadíssimo porque os times estão nivelados acertou! O problema é que nivelamos por baixo. Daí as dificuldades de quase todos os times em estarem firmes, avante diante da meta principal.
São craques que não são craques, marketing puro em cima dos jogadores e qualidade mesmo, ainda não vimos. Não tem um time para quem eu olhe e pense: este é o meu escolhido para ser o Campeão Brasileiro 2011. Claro que minha escolha é sempre o INTER, mas no início do campeonato quando afirmei que tínhamos time para meio de tabela, pensei em toda a inconstância da equipe, do futebol, atingido em cheio pela políticagem no grupo. Politicagem sim, exercida sem o menor constrangimento por todos os lados dentro do Beira-Rio. E nosso time, ainda que aos tropeços e em jogos irritantes como este contra o Atlético Paranaense, pode ser que bilisque a Libertadores. Mas também nesta condição estão times como o Atlético Goianense, que são infinitamente menores na relação tática e técnica se comparados ao INTER.
É que esta inconstância dos times passa pela grande crise de técnicos que temos no país. Esta é a nossa principal crise. Não temos mais grandes técnicos. E quero exemplificar com a frase do meu amigo Melo que afirmou: “O Vasco vai ser campeão. Não tem técnico para atrapalhar“. Esta não é uma critica e o início de uma campanha contra o Dorival.
Mas vamos lá: Porque o Oscar continua jogando numa posição que não é aquela onde mostrou melhor desempenho? O que faz o Jô em campo? Se o Delatorre era o cara quando estava lá na frente, porque agora tem que ser o segundo ou permanecer no banco? O que faz Ricardo Goulart arrebentar nos treinos e nos jogos perder três gols em sequência e errar a maior parte dos passes?
Alguém tem que olhar para isso. Este alguem é o técnico. Existe uma corrente crescente de opiniões afirmando que os técnicos não acertam mais porque além de aprenderem as características dos jogadores que possuem a disposição e armar um esquema, precisam ainda contemplar cartolas e cartolinhas e etc e tal.
Não acontece só aqui não. Foi no que se transformou o futebol brasileiro. Tem outra explicação para o Bolívar continuar em campo? Como capitão? Ascendeu a luz vermelha. Olhem para isso enquanto há tempo!
Adriana Paranhos/Porto Alegre – RIO GRANDE DO SUL
Conselheira do Sport Club Internacional e Fundadora da FFC (1º Torcida Organizada Feminina)
Será que depois de ontem nosso time vai pegar no tranco? Acho que quarta saberemos a resposta! Temos que devolver os 3X0 pro São Paulo.. se eles podem, nós tb somos capazes, certo? 🙂
Abraço
Oi Diretoria, show de Post, concordo com tudo.
Queria ver inclusive o Delatorre no lugar que ele destacou-se na base, como Centroavante e não segundo atacante, correndo pela lateral, lugar que também não é do Oscar.
Abç.
Concordo. É inquestionável que o Inter tem um grupo bom (não fantástico). Também é fato, sendo pontual, que perder para o atl-pr na arena não é nada estranho. A questão é como se perde. Deveríamos ponderar inclusive nas muitas chances criadas e desperdiçadas. Fica a percepção se a teoria é fato ou apenas uma fuga dos nossos receios, no que tange a equipe colorada – O que afeta o Inter já foi o elemento estranho de muitas equipes vitoriosas, nacionais e mundiais. Pegue um grupo “amadurecido” que já ganhou tudo, que vive sem muita pressão… Estamos, nós colorados, mal acostumados com diversas conquistas. Mas, se ponderarmos, veremos que o Inter vai mui bem em copas e não em campeonatos (exceção 2005 e 2006). Creio que se der uma pegada no vestiário (Dorival parece estar fazer isto, aos poucos) e mudar a visão da diretoria, talvez possamos pegar uma vaga na libertadores.
Adriana:
Em vários aspectos tu tens razão, quando tu escreves sobre a politicagem do vestiário e a influência de pessoas de fora da comissão técnica.
Agora por outro lado, devemos ser racional ao analisar o trabalho do técnico antes de simplesmente pedir a saída dele.
Vou enumerar e te pergunto de quem é culpa.
1º Qual a semana que o técnico pode trabalhar as suas ideias com o grupo todo e lembrando que a maioria do tempo em que ele está no cargo ou teve jogo no meio da semana ou não pode contar com o grupo inteiro (atletas convocados para amistosos caça-níquel de alguma seleção ou atletas machucados sem a devida peça de reposição).
2º Como barrar o lider do grupo e da direção sem ter o devido respaldo.
3º Renovar com jogadores que visivelmente não tem condições de serem atletas do clube. Mesmo nos momentos de glória certos jogadores já eram questionados.
4º Ele já é o quarto técnico do ano e os anteriores tinham uma visão de futebol totalmente oposta a sua.
5º E se um jogador treina bem durante a semana, conforme a própria imprensa escreveu e falou, e na hora do jogo não rende.
6º Mudanças no Departamento de Futebol durante o ano sendo que o primeiro diretor tinha ideias divergentes em relação a condução das políticas da´própria direção que ajudou a eleger tanto que falou em ser oposição quando saiu do cargo.
A minha crítica ao nosso técnico é dele colocar jogador a fazer função que ele não tem intimidade e ainda não está pronto para jogar no profissional, para dar exemplo o Delatorre, enquanto outros jogadores da função são deixados de lado como Siloé (que o Melo fala bem, que eu ainda não conheço direito), Gilberto, Lucas Roggia ou mesmo o João Paulo (este entrou no último jogo e apesar do pouco tempo jogou mais que alguns atuais titulares, pois se movimentou e distribui o jogo). A outra crítica é colocar em campo o esquema nefasto (4-2-3-1) e conjuntamente um meio campo com dois meias de criação e três pontas-de-lança sem um centro-médio, ou seja, sem nenhum cão-de-guarda na frente da zaga. E a última crítica foi a volta nesta última partida do nosso zagueiro-capitão na qual este já devia estar longe do Beira-Rio (para mim nunca deveria ter voltado), pois a sua liderança só atrapalha e também porque eu gosto mais de ver o Índio jogando, que apesar de ser 5 anos mais velho, este corre, pula e desarma melhor, mas desde que ele jogue na sua como zagueiro-central pela direita. Existem erros por parte do nosso atual técnico, Dorival Júnior, mas não são exclusivos dele e também não podemos esquecer que atualmente ele ainda é um dos melhores do Brasil e que se deve dar tempo para ele desenvolver o seu trabalho, pois ele também tem alguns méritos e bons resultados como a conquista da RECOPA que estava quase perdida pelas lambanças do técnico interino anterior.
O Índio começou a receber críticas quando foi deslocado para esquerda para que o Bolívar pudesse jogar na zaga. Lembrando que o técnico com esta brilhante ideia foi o seu Adenor Leonardo Bachi, o Tite, que é adorado pela imprensa gaúcha e que esta prestes a perder mais um campeonato dado de graça para ele.
Caso tivesse que apostar (e o Inter ficasse excluído do processo) quem seria campeão brasileiro deste ano. Eu apostaria no time do Abel Braga, o Fluminense, para ser campeão. A minha explicação para isto e só ver a campanha do segundo turno, principalmente nos últimos jogos.
Saudações Coloradas!
Cláudio R. Vidal