1 X 1 = FRUSTRAÇÃO

Já comprou a sua?

Domingo lindo, tarde de sol. Minha camisa nova do BAC (publicação do dia 20 de outubro – confira aqui), o líder em Porto Alegre, pronto. Com todos esses ingredientes lá fomos nós, eu e mais 40 mil Colorados para o Estádio Pinheiro Borda.

O Jogo

O jogo foi muito bom. Foi jogo de equipes grandes, credenciadas. O adversário começou o jogo justificando sua condição de líder controlava o jogo embora sem arremates perigosos. Entenda-se por controlar o jogo o impedimento de avançar que empunha ao Inter, fruto de sua marcação adiantada. Não permitia ao Colorado trocar três passes tamanha era sua obsessão em marcar no campo adversário, no caso o nosso campo.

Voltas quando, meu Rei? Por favor não demore! (Imagem: Site Terra)

O Campeão de Tudo não conseguia se desvencilhar e em consequência o jogo era brigado, disputado, mas amarrado. Em uma escapada pela direita Andrezinho cruzou e Oscar perdeu “na cara do goleiro”, praticamente errando em bola e mandando a “gorducha” pela linha de fundo. Jô perdeu duas oportunidades de marcar. A primeira ao receber um passe arrematou para o gol ou passou para o Andrezinho e não obteve êxito em nenhuma das duas possibilidades, pois o zagueiro corintiano impediu o sucesso da jogada aliviando. Na segunda recebeu uma bola açucarada de Bolatti e chutou em cima do goleiro que defendeu com as pernas.

O Corinthians também andou perdendo oportunidades. O volante Paulinho em um escanteio subiu sozinho à frente de Muriel e cabeceou fraco. Liedson errou em bola na risca da pequena área e também perdeu oportunidade de abrir o marcador, após cochilo da defensiva Colorada. No final da primeira etapa o lateral corintiano cometeu uma falta violenta em Andrezinho e foi expulso.

O segundo tempo o Inter voltou com João Paulo no lugar de Bolatti. DJ com essa providência deixou evidente que seu propósito era atacar, deu resultado.  O Inter passou a ser o senhor absoluto da partida. Tinha posse de bola, rondava a área adversária, mas não arrematava. Passou a tentar as jogadas pelos lados do campo com Kleber, João Paulo e D’Ale de um lado e Nei, Oscar e Andrezinho no outro. A movimentação era correta, mas o penúltimo passe não saia ou saia com imperfeição, tanto que não propiciou nenhuma jogada que pudesse ser aproveitada (?) pelo centroavante em condições de alvejar o arco alvinegro. Foi numa dessas tentativas que Kleber ergueu uma bola para área com endereço certo.

Mais uma vez Nei foi destaque. (Imagem Clic RBS)

Nei surgiu por trás da defensiva adversária tal qual um bólido e fulminou o bom goleiro Júlio Cesar, 1 x 0. Os críticos do nosso lateral devem ter percebido que bastou ter a seu lado um zagueiro competente para que parassem as críticas infundadas que recebia por conta do fardo que tinha que carregar. Mas a vida é feita de aprendizados, é assim mesmo. Agora o cara é até goleador.

Entretanto quando se prenunciava uma vitória maiúscula veio uma falta na entrada da área. A falta foi providencial, pois Alex ajeitava para o arremate. D’Ale, que já tinha o cartão amarelo, tomou o segundo e foi expulso. Vi com muita clareza o DJ gesticulando para que não fosse feita barreira. Isso deveria ser combinado como situação de jogo durante a semana. Não precisaria ficar gritando ao lado do campo sem ser ouvido. Segundo alguns entendimentos a barreira em alguns casos é alça de mira para o bom batedor. Muriel não viu nem ouviu e pediu três homens na formação da barreira. Os seus companheiros não ouviram e puseram dois. O batedor era Alex e Jô que desceu para ajudar a marcação, saiu da frente da bola na sua trajetória. Somem-se tudo isso e o resultado só pode ser um: Gol, 1 x 1. Não havia tempo para mais nada.

As individualidades

Muriel – foi atrapalhado pela barreira insuficiente e pelo corta-luz do Jô: atenuante, mas a meu ver saltou atrasado. Nei – grande atuação e com mais um belo gol. Moledo e Juan – atuações seguras, quase não deram chance aos atacantes adversários. Exceção feita ao cochilo no primeiro tempo que propiciou a Liedson ficar em condições de arremate. Kleber – a tarja de capitão está lhe fazendo bem , ótima atuação. De seu pé esquerdo saiu à bola açucarada que resultou no gol do Nei.

Guina mais preso a função defensiva, raramente saiu do lugar, especialmente no segundo tempo, não dando oportunidade para que o espaço fosse ocupado. Bolatti vinha tendo uma atuação de razoável pra boa. Saiu em nome de uma alteração tático estratégica. JP entrou no segundo tempo e ainda não luziu como se espera. É verdade que deu mais movimentação, mas isso não redundou em situações de gol. Efetuou dois arremates de fora da área que não levaram nenhum perigo. Andrezinho fez um bom jogo, articulou pela direita no primeiro tempo e no segundo atuou mais recuado para dar robustez ao meio que havia perdido o Mário B, por substituição. Tinga substituiu o André sem brilho ou comprometimento. Oscar esteve muito aquém do que pode produzir (parece que a seleção lhe fez mal).

Ilsinho entrou no lugar do Oscar e pouco acrescentou. D’Ale foi interessado participativo e de suas articulações saíram ou iniciaram as boas jogadas do Inter. Um cartão amarelo por reclamação no primeiro tempo e mais um pela falta que originou o gol de empate. Está fora do jogo contra o A Goianense. – desperdiçou duas oportunidades no primeiro tempo. No segundo tempo a equipe não produziu sequer uma jogada que lhe propiciasse situação de conclusão.

Nota: no segundo tempo, além do gol mais nenhuma bola foi arrematada ao gol corinthiano, assim é difícil não, é impossível  fazer gol.  Agora ficou difícil. Mas eu só jogo a toalha quando a matemática me disser que é impossível.

Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Vamo, Vamo INTER

8 thoughts on “1 X 1 = FRUSTRAÇÃO

  1. Olá Paulo,
    Triste empate. Me frustou muito. Estava super animada com uma vitória, mas as coisas deram muito errado. Uma pergunta: Você não acha que com a saída de Bolatti, o time perdeu um pouco de marcação, forçando até mesmo D’alessandro distribuir carrinhos pelo campo?

    Até mais. Escreverei um texto em breve.

    1. Alô você Jéssica!
      A saída do M.Bolatti, foi uma tentativa de armar um time mais ofensivo em função de ter um homem a mais. Evidentemente ficamos sem um homem de marcação, concordamos, e isso na hora do ataque adversário forçava todos a marcarem, inclusive o D’Ale. com referência a falta, Jéssica, acho
      que se o Cabezon não fizesse a falta o Alex arremataria dali mesmo com muitas chances de fazer o gol, estava armado.
      SC

  2. Paulo:
    Nem vou escrever sobre o jogo em si, pois tu sintetizastes tudo o que aconteceu, até o medo que o Jô teve da bola no chute do Alex e com isso traiu o nosso goleiro (o Muriel não pode ser execrado como andaram fazendo, pois ele tem nos salvado muitas vezes). Para mim, o que faltou a ele foi arrumar a barreira melhor e mandar os outros marcarem os adversários para evitar o chuveirinho para dentro da área e o resto era bola pro mato, que era jogo de campeonato.
    Algum tempo venho escrevendo sistematicamente, que o Inter precisa rever sua mecânica de jogo e isso é urgente. O esquema tem que favorecer as características dos nossos melhores jogadores e não precisa montar esquema para contentar todos os grupos, pois ao fazer isso o Dorival Júnior acaba repetindo aquele esquema nefasto do Mundial, onde deixa o atacante na solidão precisando buscar jogo e quando precisa ele na área ele não está ou chega atrasado. Outro problema o Guiñazu e o Bolatti não são primeiro-volante, ou seja, centro-médio e quando o nosso camisa 5 fica muito atrás o time não tem velocidade e jogo fica amarrado como ontem. Estes dois tem a característica do desarme, tocar a bola e deslocar para receber, quando não fazem isso é melhor trocar o jogador senão fica um time muito previsível. Para resolver este problema para mim o Dorival deveria colocar um centro-médio mais fixo liberando os dois para poder tabelar com o D’Alessandro dando uma maior mobilidade e alternativas ao nosso melhor jogador. Fizemos um gol ontem na sorte, pois no momento do gol eu estava preocupado se nós perdemos a bola de tomar um contra-ataque em velocidade, pois no lance do gol (de novo) os dois laterais apoiavam ao mesmo tempo e mais o Moledo, enquanto atrás tinha só o Guiñazu e o Juan. Outro detalhe importante, que só equilibramos o jogo depois da expulsão errada do lateral do Corinthians, pois até ali o time paulista dominava e marcava a nossa saída de bola impedindo que o Guiñazu, o Kléber e o Bolatti saíssem com bola dominada e evitando que a bola chegasse com qualidade aos meias, principalmente, ao D’Alessandro. O melhor esquema ainda acho que é o “442” e em losango não em quadrado, que no inicio do trabalho o Dorival colocou em prática, mas depois acabou mudando.
    Agora é orar para sairmos vivos de Goiânia, pois não reclamo de quem não pode jogar, porque faz parte do jogo. A minha preocupação é outra, quem vai entrar no lugar e se esse vai dar conta do recado. Apesar de tudo isso, continuo sendo um otimista e tenho esperança que os Deuses do Futebol estejam do nosso lado.
    Como colorado, sei que as coisas sempre são díficeis, mas sonho ainda com o penta este ano, se por acaso não vir, a vaga da Libertadores (do nosso Tri) é bem provável. Para isso, basta que os jogadores, comissão técnica e direção continuem lutando e nós, colorados, continuamos unidos na arquibancada, como foi ontem.
    Saudações Coloradas!
    Cláudio R. Vidal

    1. Alô você Vidal!
      Gosto muuuuiiito do teu otimismo. Tens a CARA de um verdadeiro colorado. To contigo, como escrevi no final do texto só me vergo quando a matemática me indicar.
      SC

  3. Já estou cansado de falar: aquela camisa do Muriel é muito feita e muuuito azarada!
    O que custa substituí-la?
    O Muriel não conhecia o Alex? É claro que conhecia! E sabia da sua capacidade!
    Mas o que foi aquilo? Mandar somente DOIS jogadores formarem a barreira?
    Somente alguém desnorteado (tlavez por vestir uma camisa tão horrorosa como aquela) poderia pedir apenas dois na barreira.
    Agora deu. O Botafogo perdeu. O Fluminense perdeu. Mas o INTER não venceu!
    É Sulamericana. Acabou a esperança da LA 2012. O Título? Esse está cada vez mais distante: Vasco 2 x 0 Bahia.
    É brabo!
    E o D’Ale, hein? Nem vou falar…
    E quando o Leandro Damião voltar já será tarde, infelizmente.
    Saudações Coloradas!
    Aquidaban.

  4. Alô você Débora!
    Concordo contigo que o Jô em sido uma decepção. Ontem teve duas bolas no primeiro tempo e…nada. O atacante de ofício tem que fazer gol, vive disso. Se não tiver competência para tal que dê espaço, Mas a bem da verdade, no segundo tempo o time não produziu nenhuma situação para que ele pudesse arrematar. Aliás tirando o gol mais nenhuma.
    SC

  5. Para mim, se tivéssemos jogado com o mesmo esquema de jogo que fizemos no segundo tempo contra o Avaí, poderíamos ter feito mais um gol. Ilsinho sempre se movimenta bem e o time marcou três em 20/25 min. Jogamos com um a menos… xô Jô!

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